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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Determinados jogadores de futebol parecem prometer, sistematicamente, que desta vez é que vão renascer das cinzas qual Fénix. Acontece isso com André Souza, contratado pelo Sporting ao Corinthians, que garantiu elevados voos no início da sua carreira no Santos quando jogou ao lado de Neymar, Ganso e Robinho, entre outros. Agora, em Alvalade, vai empreender um novo processo da recuperação da sua identidade como atleta profissional.
Em 2010 André era uma grande esperança do futebol brasileiro e o Dínamo de Kiev contratou-o ao Santos. No Dínamo permaneceu apenas quatro meses e foi emprestado ao Bordéus onde ficou o resto dessa época. Não conseguiu marcar um único golo nos dois clubes europeus e, sem honra nem glória, regressou ao Brasil contratado pelo Atlético Mineiro. A partir de 2012, o clube mineiro emprestou-o sucessivamente ao Santos, Vasco da Gama e Sport do Recife.
Após o regresso, a carreira de André entrou num impasse que mais parecia uma montanha russa em virtude da sucessão dos empréstimos. Só no Sport do Recife é que deixou algumas saudades. Em Fevereiro de 2016 foi contratado pelo Corinthians. Por vezes foi aplaudido ao marcar golos preciosos, como aquele golaço ao São Bento que evitou a derrota dos paulistas, ou quando marcou ao Coritiba, contribuindo para uma difícil vitória por 2-1. No final deste jogo afirmou aos jornalistas que “acho que por tudo o que venho passando aqui, precisava desse golo para dar confiança, para continuar trabalhando”.
No entanto, o seu mau desempenho desportivo levou a que a ‘Fiel’ (a torcida corinthiana) o vaiasse em Maio passado quando foi substituído no embate com o Grémio. Aconteceu a seguir ao clamoroso falhanço no penalty contra o Nacional do Uruguai, nos Libertadores da América. Isso e o conhecimento geral da vida boémia que parece ser uma imagem de marca do avançado brasileiro. Três meses depois do início de uma nova aventura tinha chegado ao fim o caminho no Corinthians.
Aos 25 anos de idade, depois de tantos clubes e de tantas desilusões, André confronta-se com um novo desafio. Por vezes, nestas alturas, diz-se que é a última oportunidade. Provavelmente até será porque o tempo urge e a carreira de futebolista não é eterna. Resta a esperança que ele desminta o alívio manifestado publicamente pelos corinthianos nas redes sociais após o conhecimento da sua partida para Lisboa. E fica para memória futura que Jorge Jesus deu o aval e que Bruno de Carvalho contratou.
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