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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Um artigo de opinião da autoria de José Manuel Ribeiro, intitulado "A fatalidade vezes três", que faz sentido, apenas e tão só por reflectir a actual realidade do Sporting:
«Não é só por ter de comprar jogadores nos saldos que o Sporting parte bem atrás de Benfica e FC Porto em qualquer candidatura.
O dinheiro manda. Bruno de Carvalho pode culpar os empresários, os fundos, os jornalistas e o míldio da batata (e ter razão nos dois primeiros casos, não sei se no terceiro), mas nenhum deles teve a mínima influência na verdadeira fragilidade do Sporting. Com as rebeliões de Rojo e Slimani, já são três as ocorrências típicas de uma fatalidade de que falei várias vezes neste espaço, porque não havia volta a dar: a miragem de um salário multiplicado por dez ou vinte, ou de usar o emblema do Manchester United, não se desarreda com espírito de grupo, nem amor clubístico.
A resposta dura aos comportamentos de Rojo e Slimani tinha de existir, ou o Sporting arriscaria uma escalada de insatisfeitos, mas a parte fraca já estava à vista há um ano. Aliás, está nos livros de gestão. Chegados ao rompimento, ou Bruno de Carvalho se conforma a desvalorizar os jogadores, obrigando-os a respeitar os contratos de má vontade, ou os deixa sair, com mais umas centenas de milhares de euros embrulhadas no negócio, para não parecer que cedeu.
O Sporting não tem dinheiro num mundo em que o dinheiro manda. Encontrar craques é apenas uma parte do sarilho, como os manter e, sobretudo, como os manter bem-dispostos é a chave do puzzle. Então com os bolsos vazios e o hálito dos bancos no pescoço... »
É evidente que a componente que o artigo não aborda e que fica por analisar é a que diz respeito ao também real estado do Benfica e do FC Porto e os meios a que esses emblemas recorrem, que lhes permite, pelo menos teoricamente, partir à frente do Sporting em qualquer candidatura. Análise para outra ocasião, decerto.
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