Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Os sócios votantes escolheram, por maioria, Frederico Varandas para dirigir o Sporting. Se foi a melhor escolha entre as disponíveis só o tempo o dirá. O Presidente Varandas está no exercício das suas funções há cerca de trinta dias. Ainda nem teve tempo para conhecer os cantos à casa, de estudar os complicados dossiês que tem que resolver, e já andam no ar poeiras de contestação.
O Presidente e a Direcção têm nas mãos, entre outros dossiês urgentes, o problema das rescisões, o lançamento do empréstimo obrigacionista, e a necessidade de conseguir meios financeiros para gerir o dia a dia. A importante questão da resolução das rescisões é, no imediato, a melhor forma de conseguir dinheiro para satisfazer compromissos. O pior que pode acontecer, é deixar arrastar, por anos, os processos nos tribunais, sem ter a certeza de os poder ganhar.
A situação financeira do Sporting é muito difícil. Exige medidas imediatas. Contudo, os adeptos concentram-se num mar de discussões - com todo o respeito - de "lana caprina", com questiúnculas à volta da prestação da equipa principal de futebol, que apesar da situação existente, vai fazendo o seu percurso. Compreendo a ansiedade do adepto por títulos, mas não se pode ignorar a situação real em que se encontra o Clube.
O ex-candidato Ricciardi, passado um mês, sublinhe-se, veio a terreiro pôr mais achas na fogueira. A sua intervenção tem duas faces. Uma em que descreve a situação financeira do clube, que tem o condão de alertar os associados para as sérias dificuldades que existem, e que parecem ignorar, outra, onde ataca o Presidente eleito, quase o responsabilizando pela situação de que não é responsável. Como sportinguista, melhor faria, em se disponibilizar, para ajudar esta Direcção, com o fez em relação a anteriores. Mas o espírito de vingança prevalece. Mesquinho. E digo-o com toda a propriedade, pois cheguei a ter simpatia pela sua candidatura.
O Sporting é um Clube mesmo muito grande. Só assim se explica que vá resistindo, a este permanente espírito de "harakiri".
Muitíssimo pior do que os nossos adversários, são os amigos internos, que consciente e inconscientemente, se degladiam em lutas fratricidas. Não é hora de dissensões, é hora de união para recuperar o Clube. Não há bons resultados no plano desportivo, sem finanças sólidas e sem unidade na acção. Era aí que se deviam concentrar as energias. O sucesso desportivo é uma consequência.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.