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Apreensões em tom de azul

Rui Gomes, em 25.02.21

Numa chuvosa noite de Janeiro de 2002 fui, com amigos, ver o Sporting jogar às Antas, com o FC Porto.

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O meu clube do coração com a contratação de Jardel despontava na classificação e aquecia o coração dos adeptos. O Sporting empatou a dois, embalou para o título, mas acabou aflitivamente o jogo com oito elementos, por força da arbitragem de Martins dos Santos, talvez das mais tendenciosas a que, alguma vez, assisti.

No Verão de 2007, Anderson Polga quer jogar a bola mas, estorvado por um adversário, esta vai parar ao guarda-redes, que a recolhe com a mão. O senhor Pedro Proença (esse mesmo!) assinala um inacreditável atraso intencional, e do livre dentro da área nasce o golo com que o FC Porto derrotou o Sporting.

Em 2012, Cédric está caído na área do Sporting, procura levantar-se e a bola vai bater na sua mão. O sr. Jorge Sousa marcou um penálti clamoroso e o FC Porto ganhou esse jogo.

Estes são alguns exemplos de que me lembro, outros haverá, que ilustram uma realidade incontornável: Antas/Dragão é o estádio de futebol do país onde o Sporting mais tem sido prejudicado.

Não tenho quaisquer angústias sobre o que vai ser a exibição do Sporting no Dragão; à semelhança do que aconteceu na Taça da Liga, vai jogar como nos tem habituado este ano, com muita serenidade e coesão, sofrendo quando tem de sofrer e brilhando quando tem oportunidade. O que me causa apreensões é a arbitragem, por três ordens de razões.

A primeira, é que esta época o nível das arbitragens tem sido preocupantemente baixo. Só de pensar nos nomes dos ilustres Luís Godinho, Fábio Veríssimo e André Narciso, fico compreensivelmente de pé atrás.

A segunda é a questão do quinto árbitro, ou seja, aquele conjunto de pessoas que se senta no banco do FC Porto e, do princípio ao fim, procura audível e porfiadamente condicionar o trabalho dos quatro restantes árbitros; já vi, este ano, muitos cartões mostrados por pressão do quinto árbitro.

A terceira é esta sensação incómoda com que fiquei do jogo de Alvalade que, quando o FC Porto está aflito, há sempre uma mão amiga e providencial que o ampara.

Eu bem me quero convencer que as coisas mudaram, que o presidente do FC Porto já não prodigaliza conselhos matrimoniais e outras coisas que o país conhece, só que este jogo é de crucial importância para o FC Porto – muito mais até do que para o Sporting – e os antecedentes que referi não me ajudam nada a ficar descansado.

Para além das duas equipas, que sei que vão dar o seu máximo, há outra que estará em alto escrutínio: a da arbitragem. Nos dérbis já jogados, houve erros técnicos e disciplinares que influenciaram, de algum modo, o resultado.

Por uma vez, que não prevaleça a tradição e que, por via de uma arbitragem corajosa e competente, ganhe o melhor.

Artigo da autoria de Carlos Barbosa da Cruz, em Record

publicado às 03:18

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11 comentários

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De Greenlight a 25.02.2021 às 10:29

Carlos Cruz, era assim que se apresentava, quando o conheci, há muito tempo, diz o que todos sabemos. É uma vergonha para o país, que Pinto da Costa, o qual perpetrou, reiteradamente e activamente, corrupção desportiva, ainda se mantenha como presidente do FCP. É também uma vergonha que a maioria dos comentadores afectos ao FCP o classifique como o dirigente mais titulado. Mas enfim, no ranking que elenca o desenvolvimento dos países, Portugal é puxado para baixo, entre outras coisas, pelo (mau) funcionamento da Justiça. Há por aí muitos bandidos que, infelizmente, nunca passaram pela cadeia, mas, a maioria, fica em casa, não se mostra, tem algum decoro. Mas este senhor ainda tem o desplante de vir ameaçar outos com o seu Basta. Espero que no próximo Sábado, Tiago Tomás faça de Rodrigo Tuí (atenção TT é muito melhor que o Tuí) e espete duas batatas na baliza da corrupção.
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De Greenlight a 25.02.2021 às 10:30

Apenas uma correcção o antigo jogador do Sporting chamava-se Tiuí.

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