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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
***Este texto é da autoria de Nação Valente.
Já tive ocasião de escrever num outro texto que estes tempos extraordinários que vivemos, com condicionamentos e reflexos imediatos, nomeadamente na economia mundial, não vão mudar nada nos comportamentos e atitudes.
Se agíssemos de acordo com bons princípios e reflectíssemos à luz do que se está a passar, perceberíamos que a nossa condição humana é extremamente frágil, e deveríamos chegar à conclusão que, para bem de todos, devemos ser mais solidários, mais humildes, mais racionais.
Mas nós somos o que somos... egoístas, arrogantes,com baixos níveis de formação cívica, porque é essa a genética da natureza humana. Muitos pensadores através dos séculos têm defendido que a natureza humana pode ser melhorada através da educação, mas até agora a evolução é muito reduzida.
Tudo isto e mais se reflecte na incapacidade de nos colocarmos no lugar do outro para o compreender e respeitar. Estes jovens que praticam agressividade gratuita, mostram até que, em certas camadas populacionais, estamos perante uma séria involução. As claques dos clubes são um refúgio de jovens sem valores, que se associam, não tanto em função do apoio ao desporto, mas muito mais para formarem grupos radicais, que funcionam com gangues violentos.
Desta vez foi (supostamente) um grupo associado ao SLB que atacou adeptos do SCP, possivelmente a comemorar publicamente, sem autorização, em tempos de confinamento. Foram os agredidos. Mas, noutra altura, poderão ser agressores. Quando é que os adeptos ordeiros percebem, de uma vez por todas, que esta gente não faz falta ao futebol?
Por outro lado, o Rui Gomes diz que o mal não está só nos dirigentes, mas também está nas autoridades. Veja-se o que se passa a propósito da utilização dos estádios no recomeço do campeonato. Não aprenderam nada e nem sequer vão aprender. O nosso futebol, com raras excepções, está inundado por mau dirigismo. E é também graças a isso que estas situações violentas continuam.
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