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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Alberto Giacometti, “Praça”, 1948
O Sporting está em campanha eleitoral para os seus órgãos sociais. Para muitos sportinguistas Bruno de Carvalho iniciou a campanha logo no dia seguinte à sua eleição em Março de 2013. Para outros, começou quando o presidente do Sporting anunciou que se recandidatava ao cargo numa entrevista ao jornal Record em 27 de Março de 2015. Em qualquer dos dois casos, a recandidatura já se verifica há muito tempo e nunca chegou a ser um grande segredo.
Bruno de Carvalho chega a parecer o maior inimigo de si próprio. Quando venceu as eleições teve condições excepcionais para unir os sportinguistas. Fez o contrário. Catalogou os adeptos, processou judicialmente sócios, ameaçou antigos dirigentes com auditorias. Dividiu em vez de unir, caminhou sempre no fio da navalha. Em várias ocasiões o presidente do Clube fez lembrar Calisto Elói de “A Queda dum Anjo”, de Camilo Castelo Branco. A farsa e a comédia de braço dado.
Por estes dias, os jornais anunciaram os nomes de candidatos à presidência do Sporting. Há muita expectativa em Alvalade. Por um lado, parece ser cedo. O final do mês de Janeiro seria o momento adequado para isso. Mas, Bruno de Carvalho desgastou-se e esgotou-se no seu próprio labirinto de incoerências incapaz de perceber as prioridades estratégicas do Clube. E muitos sportinguistas defendem uma candidatura de apaziguamento que os una da cisão provocada pelo actual presidente.
Se alguém aparecer antes de Janeiro consegue grande visibilidade e o apoio de muitos adeptos que desejam a mudança. Mas, ficará sujeito a um elevadíssimo desgaste físico e emocional, terá a vida escrutinada e será ameaçado nas redes sociais. Não é para qualquer um. No final de Janeiro ainda há tempo para construir uma alternativa. Mas, esta será a altura para um peso pesado, isto é, alguém que os sportinguistas já imaginam como presidente.
Uma coisa é certa: quem tiver a coragem de avançar agora poderá ser o denominador comum que tantos e tantos desejam!
A “coragem de construir” decorre de uma coerência atitudinal, de uma acção dinâmica, de uma persistência interactiva e de uma utopia inspiradora. Os sportinguistas estão atentos e exigem aos candidatos propostas realistas e audazes, ambiciosas e transparentes. Estão cansados de uma lógica primária dos “bons" e dos "maus" de um e do outro lado, com pouco ou nada pelo meio e de cartilhas de ocasião sobre verdades absolutas. Quem for coerente com a história, a identidade e a matriz leonina e explicar ao que vem de modo cristalino, directo, convicto e fiável terá o voto da maioria dos sócios.
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