Camarote Leonino

Sempre olhei com reserva a alteração do sistema tático que nos deu tantas vitória, títulos e alegrias. Quando a máquina está afinada à perfeição como um relógio suíço, é arriscado mudar. Mas, pode ser que o Rui Borges consiga levar a melhor. Uma equipa de futebol deste nível requer arte pra se dirigir e manter o rendimento no máximo. Nestes anos de sucesso, começávamos sempre a todo o gás e tomávamos a dianteira.
No entanto, não vou cair na facilidade de pensar que os jogadores já não se esforçam, etc. Quando se fazem mudanças é preciso tempo. Espero que não se volte a pôr tudo em causa como em tempos não muito distantes.

Henrique Martins

Desde o início da época, mesmo antes do jogo da Supertaça que manifestei aqui a minha opinião que apesar de não ser o 3:4:3 o sistema favorito de Rui Borges, a equipa deveria manter o sistema “ montado” por Amorim. Porquê? Por duas razões para mim óbvias, o plantel estava talhado para esse sistema e se os resultados foram bons, para quê mudar? Não foi essa a opção, até agora os resultados indicam que a mudança de esquema tático não resultou. Além de que a mudança de sistema obrigou o Sporting a contratar jogadores que não seriam necessários, falo de Mangas e Vagiannidis, sobretudo do jogador grego que custou bom dinheiro e até hoje não justificou o valor pago. Também a SAD não está isenta de erros, falo da situação de Morten, que pela boca do Presidente FV todos ficámos a saber que sairá durante ou no final desta época. Repete-se de certa forma o episódio Gyökeres. Não defendo o afastamento do treinador, nem creio que isso seria benéfico para a equipa, mas é preciso que a SAD entre em ação, tente perceber o porquê de a equipa jogar sem aquela vontade de ganhar. Também creio que o afastamento de St. Juste do plantel, não ajudou em nada o ambiente de trabalho, quando a equipa, os colegas, entendem que o Clube está a ser injusto com um deles, o resultado pode ser desastroso. Haveria mais a escrever, mas por agora chega.

Como em todas as atividades, as pessoas são julgadas pelos resultados, no Sporting também é assim. Os espectáculos tirando um ou outro jogo tem sido pobres e se as coisas cotinuarem assim como nos jogos do Estoril e Braga tem que se mudar alguma coisa, se o técnico que é o responsável mor da equipa de futebol não o conseguir, tem que haver mudanças na chefia da equipa

Não me parece que as inconstâncias estejam relacionadas com o sistema tático, uma vez que o nosso Sporting continua a defender numa linha de 5 e muitas vezes tem uma saída a 3, tal como acontecia anteriormente. No ataque as combinações são necessariamente diferentes, para melhor, na medida em que o modelo de jogo não tem de passar necessariamente pelo avançado centro.
Aliás, a confiar nas estatísticas resulta provado que estamos a criar tantas ou mais oportunidades de golo, somente não as concretizamos, e aqui, sim, nota-se a ausência do Gyokeres.
Talqualmente foi dito, o motivo principal está relacionado com a manutenção do foco competitivo e com a união mental do grupo. Aí o Amorim era efetivamente muito bom, diria excelente. Também noto, uma vez que sou assíduo nos jogos em casa, que o nosso treinador hesita bastante nas substituições permitindo aos adversários ficarem demasiadamente confortáveis. Neste último jogo ficou claro que, quer o Morita quer o Trincão, não compareceram ao jogo e motivava uma alteração tática para explorar as debilidades dos laterais do SCB. Saudações leoninas.

Temo que a teimosia do nosso treinador em insistir num sistema que já provou que não dá, nos custe uma época perdida quando tínhamos tudo para lutar pelos títulos, ou seja, praticamente a mesma equipa (com exceção) do avançado. Esta equipa neste sistema não joga nada, concede enumeras oportunidades aos adversários, tem muito menos posse de bola e não é dominadora nos jogos sobretudo no meio campo, sendo este composto pelos mesmos jogadores.
Acho que Rui Borges não tem categoria para esta esta teimosia. A ver vamos!

Saudações leoninas.

João Paulo Gracio

Na última época Rui Borges também mudou o esquema e não estava a resultar. Regressou ao 3-4-3 a pedido dos jogadores.
Não há sistemas táticos milagrosos, Amorim é muito contestado em Inglaterra, sobretudo porque insiste no 3-4-3.
No entanto, esta equipa foi construída para o 3-4-3; os jogadores titulares, excepto Suarez, são os mesmos.

O primeiro golo do Antas em Alvalade não pode acontecer, o avançado estava completamente livre na área, até podia ter marcado “ de bunda”, como Jardel. Já muitos comentadores disseram aqui que Inácio, Debast e Quaresma não funcionam no esquema dois centrais quando Diomande não está.
Rui Borges tem de pesar tudo e fazer alterações sobretudo lá atrás. Aproveite a estadia em Mirandela.

Bom dia

Não sendo propriamente fã do treinador Rui Borges, acho que não faz sentido continuarmos a falar do antigo sistema do 3-4-3.
Rui Borges utiliza o 4-2-3-1, e se, no ano passado, teve de dar um passo atrás e utilizar o 3-4-3, foi porque o plantel tinha sido formado, por RA, para jogar nesse sistema e, no qual, os jogadores se sentiam mais à vontade. Potenciado pelo calendário e pelo pouco tempo disponível para treinar o 4-2-3-1.
Este ano, o plantel foi retocado para jogar no sistema preferido de Rui Borges (Vagiannidis e Mangas para laterais e não alas, dispensa de um central...) e, com tempo, nomeadamente pré época, trabalhar as rotinas deste sistema.
E, valha a verdade, até ao jogo com o Estoril e este com o Braga, a equipa estava a praticar o melhor futebol da Liga, inclusive em jogos que perdemos (Benfas, Antas e Nápoles).
Por isso acho que, nesta altura, devemos dar o benefício da dúvida a RB, se bem que ele não se pode "dar à morte" ao dizer que a equipa "ficou baralhada nas marcações, quem ia e quem ficava" no jogo com o Braga, porque isso subentende que preparou mal o jogo e foi incapaz de, no decorrer do mesmo, orientar os jogadores para fazerem face às dinâmicas do adversário.

Não acredito minimamente que o Sporting tenha escolhido o Rui Borges pelas maravilhas do seu 4-2-3-1, escolheu-o para através do seu bom senso e capacidade de liderança salvar uma época que parecia comprometida pela saída extemporânea do Rúben Amorim e aposta falhada no João Pereira.

E salvou a época metendo o tal 4-2-3-1 na gaveta e dando continuidade ao 3-4-3 do Amorim.

Para esta época o Rui Borges deixou de lado um sistema único na 1ª Liga que se tinha provado ganhador para dar lugar ao seu e de quase todos os treinadores portugueses 4-2-3-1, embora com nuances que fazem a ponte com o anterior.

O problema não está na mudança em si. O problema está em mudar sem reforçar o plantel de acordo com o novo modelo táctico.

Não há nenhum jogador contratado que viesse fazer esquecer o titular da época passada, todos inferiores em tudo. São os jogadores do ano passado que acumulam minutos e desgaste entre Champions e Liga. No ranking de minutos jogados temos:
Inácio, Hjulmand, Trincão, Pedro Gonçalves, Suarez, Debast, Rui Silva, Quenda, Fresneda, Maxi, Kocho, etc...

Do 3-4-3 para o 4-2-3-1, sai o central do meio e entra um médio nº 10, para jogar atrás do ponta de lança. E onde é que está esse nº 10 ? É o Trincão que basicamente pega na bola e vai por ali fora até ficar sem ela ou rematar à baliza. Isto jogo após jogo até cair para o lado como aconteceu contra o Braga.

Quando as coisas correm mal, quando se empata ou perde jogos, logo vem alguns falar em falta de atitude, que não querem correr, que isto e aquilo. Para mim não passa de conversa da treta, atitude sem competência não ganha jogos, dá é expulsões e penaltis contra.

A temporada é longa, a temporada é de Champions, é preciso rotação de jogadores, é preciso um modelo de jogo que permita controlar as partidas através da posse da bola e do desgaste do adversário, atacando pela certa e não deixando que o jogo entre em correrias constantes para um lado e outro do campo. Como acontecia quase sempre com Rúben Amorim e o seu 3-4-3.

A uma situação importante não devemos desunir quando aparece um resultado menos bom , isso é dar força aos adversários, adversidades todos nós temos , não vamos cair no erro passado, talvez alguns jogadores estejam acusar o psicológico, veio a paragem do campeonato é bom para por a cabeça a recuperar, isto não é fácil, se fosse fácil não era para nós, temos um bom plantel tomara os rivais terem o nosso plantel, que haja algum cansaço de alguns jogadores, á que afinar.