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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
"As duas leis mais irresistíveis das leis da vida fizeram as suas respectivas aparições: a lei do mais forte, porque Vinicius, que custou €17 milhões, fez o seu 19.º golo e sagrou-se o goleador da Liga; e a Lei de Murphy, que atirou com o Sporting para o quarto lugar, com os mesmos pontos do Braga e derrotado no confronto directo com o adversário. E quem treinava os bracarenses no triunfo (1-0) de Fevereiro de 2020? Um tal de Rúben Amorim. Que perdeu os dom da invencibilidade e da intocabilidade: duas derrotas e um empate nas três últimas jornadas da Liga.
Agora que já sabemos que Rúben Amorim sabe como é, porque ele nos guiou pelo ciclo de vida de um treinador - “estado de graça, bluff, o anterior é que era bom”, disse ele -, passemos à fase seguinte: aquela em que Rúben Amorim não sabe como vai ser.
Como em muitas coisas, o que vai ser depende muito da sorte e sobretudo do dinheiro, pois apesar de todas as boas intenções de Amorim - cada lance começa lá atrás, da linha de três, e daí progredir em posse até à baliza do adversário; em sentido contrário, pressiona-se alto -, há um problemazito para resolver.
É que estas ideias interessantes, boas e bonitas de se verem, são as mais difíceis de pôr em prática; exigem bastante jeito para jogar à bola, muito além da experiência e da repetição obsessiva do treino. Em Alvalade está uma classe ainda jovem e francamente curta para grandes objectivos.
E assim o Sporting perdeu o jogo, em que os miúdos de Amorim jogaram francamente melhor do que o rival na segunda parte, pois conseguiram ligar as frases interrompidas, construindo bons argumentos perante a falta de coerência do Benfica, que emudeceu a espaços".
Pedro Candeias, em Tribuna Expresso
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