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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Algumas considerações de Diogo Pombo, num artigo publicado em Tribuna Expresso...
"Havendo nesta temporada mais jogos (cada equipa terá, no mínimo, oito na fase regular), a UEFA vendeu mais caros os pacotes dos direitos televisivos a cada país. Em Portugal, terão rondado os 20 milhões de euros para o ciclo 2024-2027, um aumento de 30 ou 35% face ao anterior, estimou Jorge Pavão de Sousa, director-geral da DAZN. Pagando os operadores mais pelas partidas da Champions, mais será exigido à carteira dos adeptos, ou melhor dizendo, dos consumidores. Quem paga para transmitir o futebol tem de reaver o investimento algures e tal vai recair em quem deseja ver futebol pela televisão, quiçá não se preocupando de imediato no que este aumento geral dos euros causa no ecossistema da bola.
Longe de ser um problema de agora, esta reformatação da Liga dos Campeões acaba por ser uma resposta da UEFA em moldes não tão distantes assim dos que 12 clubes quiseram, em Abril de 2021, levar avante na então assustadora e criticada ideia da Superliga, enterrada quase à nascença pelo alvoroço geral que suscitou por ser uma competição fechada e a convite, casulo que esta ‘nova’ Champions que arranca esta terça-feira não o é, por definição, mas cada vez mais o será por elitismo.
Existindo um lote de uma dezena e pouco de clubes com orçamentos gigantes e receitas anuais enormes, repletos de uma capacidade em pagar e gastar quantias absurdas, não só as etiquetas do preço coladas aos futebolistas aumentam, como os melhores jogadores tendem a ir para estas equipas, reforçando a probabilidade de se qualificarem para a prova europeia mais apetecível e de nela chegarem longe, recebendo então mais dinheiro por cada vitória (€2,1 milhões esta época) e fase da competição galgada. É um efeito cascata que esta Liga dos Campeões não amenizará. Indo mais dinheiro para o grupo selecto previsível, mais esforço será exigido a quem, como os clubes portugueses, tem de acompanhar os custos de vida no futebol".
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