Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Na 11.ª edição desta rubrica, temos a oportunidade de ler e comentar as notas (0-6) que o nosso leitor Julius atribuiu aos jogadores do Sporting e a outros intervenientes no jogo de ontem com o Paços Ferreira - a contar para a 19.ª jornada da Liga NOS - que o Sporting venceu por 2-0, com golos de João Mário (20') e João Palhinha (48').
"O Sporting não fez um jogo espectacular, mas ganhou três pontos espectaculares. Mais um objectivo cumprido contra uma excelente equipa, muito bem organizada e muito bem distribuída no campo, com capacidade de posse e argumentos para manter o resultado imprevisível até o final. Foi a vitória do trabalho, de operário numa enorme entre-ajuda colectiva. A jogar como equipa, acabou por ser a sua principal força. Esperávamos mais intensidade, mas as constantes paragens cortaram o ritmo".
DESTAQUE - ANTÓNIO ADÁN - 5 - Hoje foi o melhor elemento da equipa. Fez sentir enorme segurança, passando a mensagem que não brinca em serviço; estava no sítio certo na única flagrante oportunidade de golo do Paços, transmitindo confiança e tranquilidade, principalmente nos cruzamentos, onde foi perfeito.
PEDRO PORRO - 3.5 - Cresce a velocidade supersónica e tem tudo para vir a ser um dos melhores laterais do mundo; tem uma força inesgotável e cada vez mais está confiante no que faz. É um dos indiscutíveis da equipa.
GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Teve uma noite tranquila, muito concentrado e a chegar sempre primeiro que o adversário; a certa altura vimo-lo correr de uma ponta à outra da área para dobrar uma falha do Feddal e cortar com êxito uma bola perigosa.
SEBASTIÁN COATES - 4 - A equipa voltou a não sofrer golos e Coates mais uma vez a mostrar que está em grande forma; teve uma saída vistosa individual passando por toda a gente e só falhou no último passe já perto da área adversária.
ZOUHAIR FEDDAL - 3 - Não começou bem e levou um amarelo injusto já depois do Nuno Mendes também ter sido admoestado, tememos aquele corredor mas foi aos poucos subindo de produção e ainda fez uma assistência para o golo da noite.
NUNO MENDES - 3.5 - Foi amarelado muito cedo que lhe sacou a irreverência do seu futebol, sentiu a falta do Nuno Santos e teve que se virar sozinho, teve uma daquelas fugas que já nos habitou mas tem que crescer e aprender a ser mais perspicaz no último passe, é comum o último homem pela frente atirar-lhe com o engodo oferecendo-lhe uma aparente linha de passe e ele cai muitas vezes nessa trampa e a bola e o seu esforço acabam por morrer aí.
JOÃO PALHINHA - 4 - Hoje teve um adversário mais complicado e sentiu-se muitas vezes desamparado também pelas dificuldades do João Mário numa zona em que o Paços joga com muita qualidade e critério, foi tampão quando chegou a hora de gerir a vantagem do marcador, marcou um grande e importantíssimo golo num momento crucial e merece por isso nota 4.
JOÃO MÁRIO - 3.5 - Tentou pautar o seu jogo mas era logo rodeado de adversários, o Paços trouxe a lição bem estudada que era não deixar o João ligar o jogo, impunha-se mais rapidez na decisão, mostrou frieza no penálti muito bem marcado.
POTE - 3.5 -Teve um bom início e prometia uma daquelas noites de nota 5, fazendo boas diagonais e triangulações com o Paulinho mas com as frequentes paragens foi baixando o ritmo e a intensidade; excelente movimento na área a amortecer uma bola lançada de trás que provocou o penálti.
PAULINHO - 3 - Missão muito ingrata dado que raramente foi servido pelos colegas; também prometeu no inicio e foi caindo juntamente com o resto da equipa, a bola andou quase sempre longe, tornando a vida mais fácil aos polícias à sua volta.
TIAGO TOMÁS - 2.5 - Aposta falhada. Compreendemos que o treinador quis dar profundidade com ele e as tabelinhas curtas com diagonais com o Paulinho, mas nem uma coisa nem outra e também não foi dessa forma que chegaram aos golos. Hoje teve um adversário que corria tanto como ele (Maracás); até nisso o Paços vinha bem preparado.
NUNO SANTOS - 2 - As substituições hoje não trouxeram melhorias e o Nuno pouco se viu; ajudou no final a guardar o ouro conquistado.
MATHEUS NUNES - 2 - Entrou mais com a missão de fechar as portas ao Paços e nunca ousou aventurar-se, mas também já não era hora para isso.
JOVANE CABRAL - 1.5 - Pensou o treinador que iria trazer maior capacidade já com mais espaço para empurrar o jogo para mais longe da nossa baliza, mas também se deixou engolir pelo melhor acerto do meio campo adversário.
BRUNO TABATA - 1.5 - Na mesma linha exibicional do Jovane; a ideia era refrescar com jogadores mais rápidos e versáteis já com o jogo mais partido, mas falharam nessa missão.
MATHEUS REIS - 1 - Oito minutos em jogo, mais estratégico para o relógio naquela altura.
RUBÉN AMORIM - 4 - Jogo difícil contra um adversário de respeito. A verdade é que jogou três vezes esta época contra o Paços e ganhou as três, não sofrendo nenhum golo. Hoje errou ao tirar o Paulinho precisamente quando com mais espaço ele parecia estar a fazer a diferença, ganhando várias bolas num curto espaço de tempo. Depois quem entrou pouco ou nada veio melhorar. Ganhou um jogo que era muito importante ganhar por isso merece nota alta.
PEPA - 4 - Cresceu muito como treinador. Arma bem as suas equipas que praticam bom futebol em toda a largura do terreno, com muito critério e com movimentações difíceis de contrariar. Imagino que estará a treinar um grande num futuro próximo, quiçá, talvez já na próxima época. Melhorou também os seus discursos.
ANDRÉ NARCISO (ARB) - 3 - Complicou bastante apitando muitas vezes; quis ter um critério restrito logo de inicio e depois viu-se em apertos entrando na zona vermelha das compensações, tanto nas faltas como disciplinarmente.
LUIS FERREIRA (VAR) - 3 - Dois lances duvidosos nas áreas que mereciam outra atenção do VAR; pareceu penálti claro sobre o Nuno Mendes, já no lance em que o Coates tenta o corte de carrinho, o adversário acaba por ir contra as suas pernas e depois de já ter rematado à baliza.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.