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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Na 12.ª edição desta rubrica, o leitor tem assim a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que o nosso colaborador Julius atribuiu aos jogadores do Sporting e a outros intervenientes do encontro de ontem com o Portimonense - a contar para a 20.ª jornada da Liga NOS - que o Sporting venceu por 2-0, com golos de Zouhair Feddal (27') e Nuno Santos (31').
"Os rapazes pressentiram o perigo e não vacilaram, carimbando mais três pontos nesta longa caminhada para as estrelas. Com a inesperada ausência do Paulinho, por lesão, e um relvado pesadíssimo, a equipa respondeu com muita responsabilidade, conseguindo afastar qualquer desconfiança que um adversário que nunca se rendeu tentou provocar até ao apito final do árbitro. E já são vinte jogos sem perder. O primeiro 'match point' poderá jogar-se na próxima jornada no Dragão?".
DESTAQUE - JOÃO PALHINHA - 5 - Voltou a realizar uma das suas patentes grandes exibições, mas também contou com um João Mário a seu lado nas suas melhores noites, os seus tentáculos foram elásticos e fundamentais na destruição da construção do jogo do Portimonense. Secou tudo à sua volta.
ANTONIO ADÁN - 4.5 - É de uma frieza extraordinária este nosso 'keeper' espanhol, qualquer furacão que ameaça vir na direcção da nossa baliza morre ali, nas suas mãos ou nos seus pés. Reagiu sempre com muita segurança nas ocasiões em que teve que intervir e como um felino saiu aos pés de Salmani no momento certo, salvando um golo que parecia iminente.
ANTÓNIO PORRO - 3 - Mais seguro a defender do que eficaz no ataque, mas muito por culpa do treinador adversário que preparou bem a lição aos seus jogadores para que fechassem o seu corredor. Foi impedido de brilhar.
GONÇALO INÁCIO - 4 - Grande exibição. Mais uma deste muchacho que começa a ter pinta de craque. Não lhe encontrei ainda defeitos; o Quaresma vai ter que marinar e assim como as gafes do Luís Neto. Num ressalto, até teve o terceiro golo nos pés; muito forte com bola e na antecipação, ganhamos um central com explosão, com reacção e que sabe ler muito bem o jogo.
SEBASTIÁN COATES - 4 - Autêntico manual de como se coloca o adversário em fora de jogo, "aquilo" funciona em automático sempre na perfeição, assistiu no golo do Feddal e como sempre, também muito seguro nas dobras.
ZOUHAIR FEDDAL - 4.5 - O que mais deu nas vistas pela positiva na defesa, tanto a defender como a sair com bola, está também a fazer uma grande temporada, muito focado na responsabilidade em todas as suas acções; sabe ler muito bem o jogo do adversário e surpreende com cortes de grande nível; aproveitou muito bem o ressalto vindo do Coates e marcou o sempre difícil primeiro golo do jogo.
NUNO MENDES - 3 - Tal como Porro, não conseguiu brilhar; esteve num registo mais modesto do que o habitual; oportunidade soberba para marcar quando solto e dentro da área atirou ao lado não dando o arco que se exigia à bola.
JOÃO MÁRIO - 5 - Foi ontem, a par de João Palhinha, o que de melhor se viu na equipa a lembrar os velhos tempos. Muito seguro com bola, com critério e eficácia no passe, apresentou-se mais rápido, o que pode indicar que está a subir de forma; praticou futebol de qualidade.
NUNO SANTOS - 4 - Voltou a prometer mas hoje cumpriu, foi mais constante durante todo tempo que esteve em campo, sempre com intensidade e velocidade, aproveitou muito bem aquela tremenda asneira do adversário e fez um bom golo.
POTE - 3 - Treinou toda a semana as movimentações com o Paulinho para esta partida e sem ele acusou muito o ter que se ajustar à ultima hora; passou mais tempo ao lado do jogo aparecendo só quando o adversário decidiu arriscar com jogo mais directo e com isso abrindo mais espaços; teve também o terceiro golo nos pés após uma excelente jogada individual, mas falhou na apontaria.
TIAGO TOMÁS - 4 - O nosso puro sangue voltou a galgar por toda aquela zona da defesa do Portimonense, ganhando muitos duelos na raça e na velocidade; teve uma enorme chance de fazer o primeiro golo do jogo, mas chegou um nadinha atrasado, merecia ter marcado; manteve sempre em sobressalto a defesa adversária.
JOVANE CABRAL - 2.5 - Não entrou tão bem como se exigia, falhando alguns passes e raramente conseguiu soltar-se das amarras dos polícias de serviço. Sempre esperamos dele algo extraordinário, uma 'galopada' ou um remate bem direccionado mas ontem não teve inspiração para essas coisas.
BRUNO TABATA - 2 - Com mais espaço podia e devia fazer notar-se a sua presença quando entrou, mas também não trouxe melhoria ao ataque da equipa.
MATHEUS NUNES - 2.5 - Devia ter entrado mais cedo, mas o Rúben pensou no Dragão e na ausência provável do Palhinha e com o Matheus com quatro amarelos seria um risco desnecessário, mostrou nos poucos minutos que jogou que faria hoje um bom jogo.
DANIEL BRAGANÇA - 2.5 - Este muchacho, sejam 5 ou 30 minutos, nunca joga mal, porque não sabe jogar mal. Merece uma aposta do treinador mais firme com mais tempo de jogo; a bola nos seus pés parece ter íman e comando teleguiado, teremos no futuro um novo João Mário versão avançada?
RÚBEN AMORIM - 4.5 - Treinou uma estratégia que não pôde colocar em prática pela inesperada lesão do Paulinho, mas tem sempre um plano B e que funcionou bem, pelo menos com muita segurança. E assim conseguiu ultrapassar um obstáculo que muitos sportinguistas pareciam não dar como certo e conquistou os três pontos. Hesitou nas substituições; ficou a ideia que deviam ter acontecido um pouco mais cedo.
PAULO SÉRGIO - 3.5 - Confirmou-se o bom momento que a sua equipa atravessa, lutou até ao último segundo mostrando ambição e coragem em olhar o líder de frente; montou uma estratégia ousada mas o Sporting está num excelente momento e tinha logo à partida uma missão quase impossível.
RUI COSTA (Árbitro) - 4.5 - Surpresa pela positiva a sua actuação, pecando no excesso das paragens, muitas delas sem necessidade; não andou à caça dos amarelos aos jogadores do Sporting e merece uma nota alta.
RUI OLIVEIRA (VAR) - 4 - Muito bem no fora de jogo que confirmou a ilegalidade do golo do Portimonese.
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