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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Na 14.ª edição desta rubrica, o leitor tem assim a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que o nosso colaborador Julius atribuiu aos jogadores do Sporting e a outros intervenientes do jogo de ontem com o Santa Clara - a contar para a 22.ª jornada da Liga NOS - que o Sporting venceu por 2-1, com golos de Pote, aos 22', e Coates aos 90+3'.
"Estrelinha? Hoje foi toda a constelação da Ursa Maior. Esqueceram que têm que jogar à bola para ganharem os jogos? Escaparam de boa e na verdade fizeram tudo para não merecer, mas quem tem o Santo Coates, tudo pode vir a acontecer e aconteceu mesmo, outra vez. Não podem deixar o jogo correr daquela forma; é exporem ao sofrimento os adeptos e a si próprios. Amorim vai ter que lhes falar a todos com voz de macho. Terá que o fazer".
DESTAQUE - ( SANTO) SEBASTIÁN COATES - 5 - Dos menos culpados do apagão geral da equipa em praticamente todo o jogo. Cumpriu sempre a sua parte e ainda teve que ir lá marcar de novo o golo da vitória carimbando os três pontos. Momentos antes teve outro cabeceamento com a bola a passar junto ao poste. Acaba por ser o herói do jogo, o adversário tem nome de santa mas o santo foi ele.
ANTÓNIO ADÁN - 3 - Não foi obrigado a fazer uma única defesa e sofreu um golo quase no final do jogo; noite muito inglória.
MATHEUS NUNES - 3 - Pouco se viu neste jogo. Andou quase sempre longe da bola e também poucas vezes a procurou; não fez a diferença no novo alinhamento à direita. A ligação com Tabata foi quase sempre inexistente.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Esteve bem nos duelos a defender e a fechar mas desastrado no passe na profundidade e o Tomás foi quem mais sofreu com isso.
ZOUHAIR FEDDAL - 2.5 - Jogo sofrível. Teve noite muito complicada, hoje o Nuno Mendes não fez a sua parte na esquerda e sobrou para ele maiores dificuldades; foi baixando o rendimento deixando-se contagiar pelo mau jogo dos companheiros; no golo sofrido podia ter feito algo mais e na hora do tudo ou nada foi o sacrificado a sair.
NUNO MENDES - 1 - O Nuno está com muitos problemas físicos; já entrou cansado e percebeu-se que nem devia ter jogado; raramente conseguiu subir no seu corredor e pior, nunca ligou o jogo de forma que criasse espaços de desequilíbrios no adversário.
JOÃO PALHINHA - 3 - Lutou muito nas acções defensivas, mas foi algo ineficaz nas tentativas de empurrar a equipa para a frente. Na segunda parte também foi um dos que deixou o jogo correr defendendo a ilusão de uma vantagem que se perdeu no golo do empate. Tinha muitas razões para comemorar daquela forma o golo do Coates .
JOÃO MÁRIO - 4 - Seria ele o destaque não fosse o golo do Santa Clara quase no final e que provocou a forte reacção de toda a equipa que levou ao excelente golo do Coates. Foi dos mais esclarecidos mas viu-se muito desacompanhado na hora de levar a equipa para a frente. Fez o cruzamento que resultou no golo de ouro.
TABATA - 3 - Descobriu aquela linha de passe que desmarcou o Pote e mais nada se viu; pareceu quase sempre perdido em campo, nunca entendeu onde tinha que estar. A sua assistência acabou em golo e arrancou por isso a nota positiva à tangente. Desaproveitou a oportunidade que o treinador lhe deu.
POTE - 3 - Marcou um bom golo ainda cedo no jogo. Pensámos todos que o jogo estava desatado, mas puro engano e pouco fez depois para contrariar o bom jogo de muito acerto do adversário. Foi dos primeiros a desistir do risco e acomodou-se a ver o jogo correr e o adversário a jogar.
TIAGO TOMÁS - 2.5 - Jogo fraco. Raramente a bola lhe foi lançada em condições e andou quase sempre muito desapoiado, muitas vezes uma ilha deserta lá na frente; pouco incomodou os centrais do Santa Clara.
MATHEUS REIS - 2.5 - Características diferentes do Nuno por não ter a sua velocidade; preocupou-se sempre muito mais em fechar e acudir aos apelos de Feddal; vê-se que sabe proteger muito bem a bola e transportá-la, mas necessita de mais minutos de jogo depois de longa paragem.
NUNO SANTOS - 2 - Entrou para trazer mais velocidade ao ataque da equipa mas foi pólvora seca, falhou duas saídas de contra ataque em superioridade numérica por péssimo critério no passe.
DANIEL BRAGANÇA - 3 - Não sabe jogar mal e veio melhorar o meio campo da equipa; o jogo estava mesmo a pedir a sua entrada mas o Santa Clara estava com o bloco subido e na largura no risco total, acabando por fazer o golo do empate já depois de ter entrado; foi fundamental depois na hora do abafo ao adversário para a fé no golo da vitória que acabou por surgir no último lance da partida.
JOVANE CABRAL - 2.5 - Ainda a bola estava dentro da baliza do Adán e já o Rúben Amorim pedia ao Jovane que tirasse o fato de treino; entrou porque é o talismã da equipa e a verdade é que quase marcava pouco depois de entrar; a bola foi-lhe metida demasiado em cima do espaço do guarda redes e pouco depois foi o golo do Coates. Deveria ter sido titular em vez de Tabata.
RÚBEN AMORIM - 5 - Atingiu nesta noite o maior número de jogos sem perder na história do Sporting e sem ter uma equipa de super craques; vai ter que falar a todos com voz de macho porque se querem de facto ser campeões não podem repetir o jogo que fizeram ontem; têm que aprender a lidar com a ansiedade e não se deixarem dominar por ela. Só o treinador pode resolver esse problema.O contentamento só durou mesmo nos momentos do golo do Coates porque depois disso vão ter muito que conversar e muito a sério.
DANIEL RAMOS - 4 - Tem uma boa equipa e muito bem trabalhada. Todos sabem gerir muito bem os momentos do jogo. Quase que fazia história em Alvalade, mas o Santo Coates teve mais força que a Santa Clara. Jogou o jogo em todo o terreno anulando bem os pontos fortes do Sporting; só não conseguiu manter a mesma organização defensiva nos instantes finais quando o Sporting alterou tudo e se atirou à procura do golo da vitória.
MANUEL OLIVEIRA (Árbitro) - 4 - Boa arbitragem no geral, com justa dualidade de critério.
FÁBIO VERÍSSIMO (VAR) - 3 - Sem casos para analisar.
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