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As Notas de Julius (20)

Julius Coelho, em 22.04.21

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Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting e a outros intervenientes do jogo de ontem com o Belenenses - a contar para a 28.ª jornada da Liga NOS - que terminou num empate por 2-2, golos leoninos de Sebastián Coates (84') e Jovane Cabral (90+6').

Quarenta e cinco minutos e dois golos oferecidos ao adversário, dão de certo modo a ideia de masoquismo de uma equipa que parece não ter assim tanta necessidade de ser campeã. Com uma segunda parte de um só sentido, viu-se muito desacerto e gritante falta de eficácia nas zonas de finalização. Mas o onze inicial trazia equívocos; Tiago Tomás perdeu condição para a titularidade, parece desgastado e não consegue ter reacção. Chegou a hora do Jovane? 

DESTAQUE- NUNO MENDES - 5 - Carregou a equipa às costas a maior parte do tempo, voltou à sua grande forma e foi o maior desequilibrador da equipa, foram dele as melhores movimentações e iniciativas que mais danos provocaram no adversário, esteve sempre uns furos bem acima dos colegas da equipa.

ANTONIO ADÁN - 2 - Acontece, mas ao Sporting nestas alturas acontece sempre tudo; um tremendo disparate aquele deslize em que ofereceu de bandeja o segundo golo ao colombiano Cassierra. Ficou então mais difícil dar a volta ao resultado.

PEDRO PORRO - 2 - Continua uma sombra do que já lhe vimos fazer, voltou a ser dos mais fracos da equipa e viu de novo uma bola a sobrevoar-lhe para as suas costas e que acabou em golo do adversário (o primeiro) e já vão três em 4 jornadas seguidas.

GONÇALO INÁCIO - 2.5 - Também muito hesitante nos duelos com o Miguel Cardoso e deu-lhe demasiado espaço no lance do primeiro golo; deixou a imagem de alguma perda de confiança.

SEBASTIÁN COATES - 3.5 - Se jogasse a ponta de lança seria por esta altura o melhor marcador da Liga. O treinador, a perder por 0-2, deveria ter logo arriscado e colocá-lo na frente. Jogo muito ingrato, anda preocupado com aquele lado direito da equipa. Marcou um bom golo e foi ele que rompeu o esquema defensivo que o Petit trabalhou durante a semana para este jogo.

MATHEUS REIS - 3 - Não consegue fazer esquecer o Feddal quando em forma, esforça-se bastante mas com pouca utilidade visível; menos mal a proteger as costas do Nuno Mendes mas também porque o adversário raramente lá chegou.

JOÃO PALHINHA - 2.5 - Ainda em recuperação daquela queda de forma que tem vindo a apresentar nos últimos jogos, melhor no jogo aéreo em que já conseguiu ganhar vários lances mas sem dar à bola a direcção da baliza. A velocidade e intensidade que se exigia logo na primeira parte esbarraram na sua lentidão em resolver.

JOÃO MÁRIO - 3 - Fala-se da falta de estofo que os jovens da equipa ainda apresentam com excepção do Nuno Mendes, neste momento mais crítico ao nível exibicional colectivo, e por isso esperava-se que os mais velhos e experientes como o João Mário empurrassem a equipa. Também mostrou algumas dificuldades e ainda falhou uma grande penalidade num momento chave, a acabar a primeira parte, em que poderia dar o golo do empate e melhores condições para a equipa dar a volta no segundo tempo.

POTE - 2.5 - Muito estático ao contrário do que fez e jogou em Faro, deixou-se amarrar e nunca se libertou, mesmo quando recuava a procurar jogo esteve lento e trapalhão e raramente decidiu bem. Tem que procurar ser mais constante e consistente.

TIAGO TOMÁS - 2 - Está a ser o maior equívoco do treinador ao trazê-lo para titular, está fora "dela"....e anda a maior parte das vezes perdido mostrando uma notável crise de confiança talvez porque se sente desgastado e perde por isso os duelos na velocidade que antes não perdia, teve pouco discernimento a finalizar quando lhe apareceu por duas vezes a bola em boas condições já dentro da área. 

PAULINHO - 2 - Ainda não foi desta e a falta de confiança que demonstra em cada lance contagia negativamente a equipa; parece que pode engatar a qualquer momento mas os jogos vão passando e os  pontos vão ficando pelo caminho; ainda há tempo, é um facto, mas......vai já ficando um sentimento de angústia nos adeptos.

NUNO SANTOS - 3 - Não foi tão consequente como se previa com a sua entrada para dar a volta ao resultado, mas foi dele o excelente cruzamento para Coates fazer o primeiro golo da equipa.

BRUNO TABATA - 2.5 - Entrou com vontade e quis ser protagonista; foi servido várias vezes mas raramente saiu dali bom sumo; desperdiçou bons lances ao rematar sem nexo e sem direcção, conseguiu espaço para alguns cruzamentos que acabaram por não ter efeito prático; tem de procurar ser mais pragmático e eficaz nas suas decisões.

DANIEL BRAGANÇA - 2 - Não foi muito feliz na ideia que trazia de ajudar a empurrar a equipa para a reviravolta, mostrou alguma precipitação e teve iniciativa de remate a alguma distância da baliza adversária mas se não olhar para ela no momento do remate dificilmente dará a melhor direcção à bola.

JOVANE CABRAL - 3.5 -Quiçá seja a hora do treinador apostar no Jovane a titular ou colocá-lo mais cedo em jogo; voltou a entrar bem e a conseguir espaços no meio da defesa adversária; teve o mérito do cruzamento que foi cortado pelo braço do Tiago Esgaio para penálti; assumiu a marcação dessa penalidade e fez o golo do empate no último lance da partida.

MATHEUS NUNES - 3 - Entrou nos 15 minutos finais quando o resultado ainda estava em 0-2, já se mostrou mais solto e ajudou a empurrar a defesa do Belenenses para trás e com isso teve papel importante por a equipa ainda ter ido a tempo de sacar o empate.

RÚBEN AMORIM - 3 - É o lider de uma equipa que ainda não perdeu e segue na frente a 6 jornadas do final, mas neste momento os adeptos anseiam por muito mais do que a equipa tem vindo a mostrar nos últimos jogos; na época passada deixou escapar 12 pontos nas últimas 10 jornadas e agora nas mesmas 10 jornadas finais em 4 já deixou escapar 6 pontos ;esperamos que não se repita o mesmo e comece a dar a volta já no jogo em Braga. A equipa apesar do empate mostrou ter condições de segurar a vantagem na tabela. Terá que analisar melhor tudo e todos na equipa e arriscar com quem se apresenta em melhores condições.

PETIT - 4 - O futebol que as suas equipas apresentam raramente agrada aos adeptos, mas ontem foi eficaz e quase tudo lhe saiu bem. Mesmo sem rematar à baliza do Sporting viu a sua equipa marcar dois golos e esteve a um fio de conseguir a primeira derrota do líder; e é importante registar que não recorreu ao odioso anti-jogo.

NUNO ALMEIDA (Árbitro) - 5 - Realizou uma excelente exibição o que surpreendeu com uma arbitragem sem erros e merece nota elevada, mostrou coragem de decisão nos lances das penalidades na área do Belenenses.

ANDRÉ NARCISO (VAR) - 5 - Um jogo com vários casos e todos a serem muito bem decididos. Merece levar nota elevada.

publicado às 06:00

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68 comentários

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De Luís Silva a 22.04.2021 às 09:52

Sinceramente acho que a maioria dos problemas advém dos maus posicionamentos dos jogadores.
- TT não pode jogar a extremo direito, pois influencia o jogo do Pote e do ataque em geral
- a não inclusão do Nuno Santos ou Jovane influencia a velocidade de jogo e o ataque em geral
- a inclusão do Paulinho ainda não está boa, o que influencia o jogo de ataque e o jogo dos colegas de ataque
- o João Mário está lento o que influencia o meio campo, influencia o jogo do Palhinha e a construção de jogo em si
- o Porro está em baixo, o que influencia o lado direito todo do jogo
- os centrais têm rodado muito (exceptuando o Coates), ora por lesão, ora por castigo, o que justifica também quebra de rotinas e mais golos sofridos

Resumidamente, isto nem é nenhum bicho de 7 cabeças, basta meter os jogadores a jogar nos seus sitios habituais e meter os que mostrarem estar em melhor forma.

GR: Adán
Centrais: Inácio, Coates, Feddal/Mateus Reis
Laterais: João Pereira/Mateus Nunes e Nuno Mendes
Médios: Palhinha e Bragança/Mateus Nunes
Ataque: Nuno Santos/Jovane, Pote e TT/Paulinho
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De Julius Coelho a 22.04.2021 às 12:47

caro amigo,

Tudo bem mas tem outros aspectos importantes, não existe estratégia por muito fantástica que seja que resulte se os jogadoreres não estiverem bem no fisico e mental, repare quando eu dizia aos meus jogadores "se todos fizerem a sua parte tudo ficará mais fácil" era com a consciência que um jogador representa pelo menos 10% de uma equipa e se 1,2 ou 3 não estiverem a conseguir fazer a sua parte é um rombo grande nessa equipa, na sua produtividade e é precisamente o que está a aconter neste momento na equipa do Sporting tem ali 2/3 elementos que não estão a conseguir fazer a sua parte.
Pelo lado direito tem-se consentido algumas fugas que geraram 3 golos sofridos nos ultimos jogos e consequente perda de pontos. Porro não está bem, Palhinha não está bem, TT não está bem, a saída do Feddal tambêm estão a trazer consequências, Pote anda muito intermitente e Paulinho ainda lhe falta entrosamento, já são coisas a mais.
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De Jose Viegas a 23.04.2021 às 07:59

Não é verdade que contra cansaço físico e fadiga mental pouco se possa fazer. Aqui é a responsabilidade do treinador, que a primeira coisa que tem de fazer é parar de insistir em aplicar novos movimentos ou insistir em treinar os movimentos que foram recentemente assimilados. Os jogadores são simples humanos, e nós quando estamos cansados voltamos ao básico. Quando a mente desliga o corpo faz o que sempre fez durante anos. Se o RA quer continuar em colocar os mesmos jogadores tem de mudar os esquemas e voltar ao básico. Os jogadores só poderão produzir nas posições que treinaram a vida toda. É nesta fase que a maioria dos treinadores perde o seu mojo e a confiança da equipa e dos adeptos.
O futebol é mais do que táctica...é gestão de pessoas. Vamos ver o que acontece.
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De Julius Coelho a 23.04.2021 às 11:31

Caro José Veigas obrigado pela sua participação neste debate,

Os jogadores não são todos iguais, à e haverá sempre uns melhores que outros seja tecnicamente ou fisicamente por muito bem treinados que sejam essas diferênças mantêm-se e no Sporting perante as circunstâncias financeiras permitiu-se a construção de um plantel e de uma equipa com vários desiquilibrios na qualidade dos seus jogadores, em que à posiçôes que não têm opçôes com mesma qualidade do titular, quando esses titulares passam por momentos menos bons numa competição tão larga como é o campeonato a equipa ressente-se e coloca problemas no treinador que ou mantem o titular mesmo em sub rendimento ou o substitui por outro jogador com menores capacidades, seja qual fôr a decisão a equipa ressente-se sempre.

Por isso reafirmo que não existe estratégia que resista quando num plantel curto na qualidade a condição fisica dos jogadores está em causa.

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