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As Notas de Julius 2021/22 (04)

Julius Coelho, em 29.08.21

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting e a outros intervenientes do jogo com o Famalicão da 4.ª jornada da Liga BWIN, que resultou num empate 1-1. Golo de João Palhinha (82').

A besta negra atacou de novo o Sporting em Famalicão. A equipa fez um jogo fraco com vários jogadores irreconhecíveis. Não atacaram o jogo deixando-o correr e com isso caíram no engodo do adversário que partindo de trás encontrou várias vezes uma defesa apática e lenta a responder às desmarcações para as suas costas. Valeu a grande frieza do guarda-redes que retardou ao máximo o golo do Famalicão. Com as substituições a equipa melhorou, mas já não foi a tempo de dar a volta ao jogo. 

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DESTAQUE - ANTONIO ADÁN - 5 - Retardou o golo do Famalicão com fantásticas intervenções, mostrando excelentes reflexos, foi o único elemento da equipa que esteve num nível muito elevado durante todo o jogo. Ajudou a salvar um ponto e ao mesmo tempo não merecia a perda dos dois pontos.

RICARDO ESGAIO - 3 - No Sporting não basta jogar 'benzinho' e com acerto no passe, tem que haver também a ousadia e o atrevimento e isso o Esgaio não deu quando a equipa o mais necessitava, exige-se mais e pode ter perdido o lugar.

GONÇALO INÁCIO - 2.5 - Por 3 vezes o adversário rompeu as linhas da defesa e apareceu isolado nas suas costas na cara do Adán; lento a reagir como todos os colegas do centro da defesa. Mostrou-se demasiado inquieto com o que se estava a passar.

SEBASTIÁN COATES - 2.5 - Foi o primeiro a dar o alarme a todos que algo não estava bem, viu-se várias vezes a gritar com os colegas para os despertar para a realidade, mas o adversário continuou a furar as linhas com e sem bola e a aparecer com facilidade nas suas costas. Todos lá atrás terão forçosamente que rever vários inaceitáveis aspectos do jogo numa defesa considerada a melhor da Liga da época anterior e a Champions está à porta.

ZOUHAIR FEDDAL - 2.5 - Não deu várias vezes a necessária cobertura ao Nuno Mendes e foi também lento na reacção e percepção aos movimentos dos avançados famalicenses que lhe apareciam pela frente e encontravam sistematicamente nas suas costas a profundidade com sucesso.

NUNO MENDES - 2.5 - Desastrado na maioria das vezes quando confrontado nos duelos com os Rodrigues (Ivo e Bruno) em que surpreendeu por não conseguir levar a melhor. Sentiu-se afectado por isso e perdeu a ousadia que sempre demonstra no ataque pelo seu corredor e a equipa ficou mais fragilizada ofensivamente. O amarelo também pesou e devia ter ficado no balneário ao intervalo.

JOÃO PALHINHA - 4 - Lutou de princípio ao fim como um leão apesar do amarelo precoce que o condicionou bastante o resto da partida; merecia melhor ajuda no meio campo, principalmente pelo "ausente" Matheus Nunes. Ainda fez o golo do empate e ameaçou a remontada, não foi por ele que a equipa não ganhou. 

MATHEUS NUNES - 1 - Do oitenta ao oito numa semana, irreconhecível, deixou que as histórias das selecções mexessem com ele e o afectassem, é agora que vai ter que mostrar afinal de que fibra é feito, se merece de facto uma selecção brasileira ou portuguesa ou se o melhor é voltar para a padaria; com o que fez ontem fica mais perto de voltar a vender pão e bolos. A família tem um papel importantíssimo neste momento em que vive a lua.

JOVANE CABRAL - 2 - Voltou aos seus registos misteriosos, teve nos pés logo no inicio da partida a possibilidade de dar uma história diferente ao marcador mas quis dominar a bola com o peito do seu pé cego naquelas circunstâncias... Não voltou a ter outra igual. Pediu protagonismo na equipa e foi-lhe concedido, pediu a camisola do seus sonhos e foi-lhe entregue e agora? Quando a equipa mais o necessita? Devia ter saído também ao intervalo.

PEDRO GONÇALVES - 3 - Quando realmente acordou para o jogo e percebeu que este lhe estava a passar ao lado tentou pegar nele, mas nada lhe saiu bem, umas vezes por lentidão na decisão, outras por alguma precipitação. A verdade é que as suas tentativas nunca tiveram sucesso. Por duas vezes teve nos pés a possibilidade de fazer o golo da remontada mas não foi suficientemente competente no remate.

PAULINHO - 2 - Foi o espelho da falta de inspiração e desacerto do ataque do Sporting na noite de ontem. De facto tem que melhorar em alguns aspectos importantes no momento de finalização. Muito precipitado, podia ter resolvido no último lance da partida quando já dentro da área rematou para a bancada; ao lado dele estavam dois colegas em posição de fuzilar a baliza. Teve um bom remate de cabeça em salto de peixe mas a bola foi direita ao corpo do guarda redes.

NUNO SANTOS - 3.5 - De facto fez mais e melhor que o Jovane, mais rápido sacou bons cruzamentos mas encontrou sempre pouca gente na área, quase que faz o primeiro golo poucos segundos depois de ter entrado, atirando ao poste uma bola com selo de golo. 

PEDRO PORRO - 4 - Entrou com todas as ganas para dar a volta ao jogo e notou-se logo melhoria geral da equipa. Devia ter entrado mais cedo, levou sempre a melhor nos duelos e conseguiu por várias vezes espaço para os seus cruzamentos tensos; num canto bem marcado saiu o golo do empate e ameaçou sempre a remontada até ao último segundo de jogo; pode ter recuperado o lugar.

DANIEL BRAGANÇA - 4 - Juntamente com o Porro foi o elemento que melhor mexeu com a equipa que estava amorfa e a perder soluções; finalmente se viu o Famalicão recuar as suas linhas até à sua grande área e a fazer pela vida para segurar a vantagem do golo, a remontava esteve à vista. Devia ter entrado muito mais cedo.

TIAGO TOMÁS 3 - Entrou já no melhor período da equipa e sai favorecido na nota por isso. Mostrou garra e querer para dar a volta ao resultado, mas também tem que melhorar no último passe; por duas vezes teve nos pés a possibilidade de passe de morte a colegas bem posicionados dentro da área e por precipitação não teleguiou a bola.

BRUNO TABATA - 2 - Fica sempre difícil de entender uma substituição aos 90 minutos de jogo quando a ideia é dar a volta ao jogo e não defender um resultado favorável. Rúben Amorim tem também que crescer neste aspecto. Quando quis tocar na bola com critério o árbitro apitou para o final do jogo.

RÚBEN AMORIM - 2.5 - E já lá vão três jogos sem ganhar ao Famalicão, mas pior que o resultado é a inexistência de uma exibição positiva que fosse claramente superior ao adversário. O Rúben mostrou tremendas dificuldades de armar bem a equipa no capítulo estratégico contra os famalicenses; terá que repensar tudo muito melhor quando voltar a defrontá-los. Ao contrário do que nos tem habituado, ontem foi lento a ler o jogo e a não perceber que tinha elementos da equipa que deviam sair muito mais cedo, simplesmente estavam ausentes do jogo. Depois, porquê fazer entrar o Tabata aos 90 minutos? Só serviu para parar mais uma vez o jogo.

IVO VIEIRA - 5 - Quase que consegue uma vitória e que seria justa contra o campeão nacional. O seu Famalicão continua a ter um boa equipa apesar de ter perdido jogadores importantes. Estudou bem a equipa de Rúben Amorim e implementou uma estratégia bem conseguida, sempre comandada e pautada pelo genial Ivan Jaime. Nos minutos finais sentiu-se apertado com o despertar do Sporting e quase que viu escapar-se tudo entre os dedos. Mérito pelo empate.

FÁBIO VERÍSSIMO (Árbitro) - 2 - Personagem extremamente estranha este árbitro com uma dualidade de critérios que ninguém entende. Atirou a matar logo no início da partida com quatro amarelos. Com isso, correu sérios riscos de perder o controlo do jogo; depois no decorrer da segunda parte chegaram as inevitáveis e estranhas dualidades de critérios, com lances semelhantes a terem decisões diferentes; a continuar naquele fácil 'disparar' iriam saltar vários vermelhos.

LUÍS GODINHO (VAR) - 3 - Felizmente que não surgiram casos a exigir a sua intervenção e acabou por ter uma noite tranquila.

publicado às 06:04

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97 comentários

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De Orlando Santos a 29.08.2021 às 09:53

Parece que a chamada à seleção de Gonçalo e Matheus lhes fez mal, se bem que toda a equipa andou aos papeis. Adan foi safando lá atrás mas, ou Amorim dá o braço a torcer e confessa que Paulinho não dá conta do recado e precisa dum homem de área nestes 2 dias que restam de mercado ou o Sporting arrisca-se a perder mais pontos escusados.
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De Julius Coelho a 29.08.2021 às 11:21

Os avançados, neste caso o homem mais adiantado fica ainda mais penalizado se os colegas do meio campo e os laterais não fizerem funcionar todo o conjunto, viu-se a forma como tudo mudou, só com a entrada do Pedro Porro, tudo cambiou apartir daí e as oportunidades começaram a chegar .
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De Naçao Valente a 29.08.2021 às 18:31

O. S.

O futebol eficaz, nunca dependeu de um jogador, mas de um colectivo. Quando o colectivo mostra eficácia, diminuem os problemas defensivos, e aumentam as possibilidades de golo. Deste modo pôr todas as culpas num jogador, chame-se Paulinho ou Paulão, parece-me uma abordagem redutora.

Ontem falhou o colectivo, porque muitas individualidades (não apenas uma) falharam na sua missão, desde a defesa ao ataque. Falta de dinâmica e de inspiração, e de agressividade.

Para além disso, jogadores chamados pontas de lança, não existem em muita quantidade no mercado. E quando aparecem, e têm qualidade, não são, usando uma linguagem popular, para o bico do Sporting. Essa conversa de comprar um ponta de lança não passa de um desabafo, de quem, como eu, resolve tudo a escrever.

Como sportinguista apoio a minha equipa e todos os seus jogadores, mesmo quando joga menos bem, para que possam jogar melhor. O adepto que só apoia a sua equipa quando ganha, não consegue perceber como funciona uma equipa.

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