Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting e a outros intervenientes do jogo com o Marítimo da 6.ª jornada da Liga BWIN, que resultou numa vitória por 1- 0. Golo de Pedro Porro (90+8'), g.p..
Jogo de um só sentido, mas macio da equipa do Sporting que provocou poucas vezes a intensidade que se exigia e que por isso quase que lhe saía bem caro. Adán não fez uma única defesa nos 101 minutos dados pelo árbitro. Nuno Santos voltou a ser bastante perdulário, podia ter resolvido o jogo muito mais cedo contra um adversário que apenas defendeu usando e abusando do anti-jogo. Vitória justíssima da única equipa que jogou para ganhar.
DESTAQUE - PEDRO PORRO - 4.5 - Depois de uma primeira parte menos conseguida voltou do intervalo com outra disposição, impôs outro ritmo no seu jogo dominando todo o seu corredor como quis, foi dos mais esclarecidos da equipa, atirou ao poste num remate muito semelhante quando contra o Ajax, por sinal o mesmo poste, e a bola não quis entrar. Voltou a marcar a grande penalidade com classe dando à equipa os 3 pontos que quase fugiam.
ANTONIO ADÁN - 3 - Foi espectador durante todo o jogo, nem deu para aquecer para o banho. O Marítimo, tirando um remate aos 20 minutos da primeira parte e que saiu por cima da trave, nunca incomodou a baliza do Sporting.
LUÍS NETO - 3.5 - Durante toda a partida a equipa empenhou-se sempre em construção de ataque contínuo o que não é propriamente a sua praia; quando foi chamado a intervir na defesa fê-lo sempre com compromisso e competência.
SEBASTIÁN COATES (cap) - 4 - Pelo dispositivo táctico montado pelo Marítimo com as linhas sempre muito recuadas teve sempre muito espaço à sua frente. À medida que o tempo ia passando e com o resultado inalterável foi percebendo que tinha que arriscar mais levando a linha da defesa mais à frente. Nos 10 minutos finais voltou a ser o ponta de lança mais letal da equipa, teve dois cabezazos que podiam ter tido melhor sorte e foi ele que ganhou a bola na área do Marítimo no lance que resultou na grande penalidade.
ZOUHAIR FEDDAL - 3.5 - Ainda não atingiu a forma que lhe reconhecemos. Tem tido alguns problemas físicos mas ontem pareceu já estar melhor, mais solto e mais rápido sobre a bola. Verdade que os avançados do Marítimo raramente incomodaram o último terço da defesa do Sporting.
RÚBEN VINAGRE - 3 - Continua complicado conseguir soltar-se e jogar o seu futebol, numa noite mais tranquila a defender a equipa necessitava muito mais da sua colaboração nas acções ofensivas com outra competência que nunca conseguiu dar. Está a passar um momento difícil.
JOÃO PALHINHA - 4 - O adversário encolheu-se lá atrás com as linhas o mais juntas possíveis e com isso provocou maiores problemas aos elementos do meio campo do Sporting que tinham que procurar inspiração para encontrar linhas de passe. Apareceu mais vezes em terrenos mais adiantados do que lhe é normal e por isso teve que construir mais do que destruir. Quase que marcava numa excelente iniciativa individual já dentro da pequena área do Marítimo, num ângulo difícil obrigou uma defesa de recurso ao guarda-redes.
MATHEUS NUNES - 3.5 - Lutou bastante até ficar sem pilhas, o maior espaço que teve no meio campo para levar a bola foi estratégico do adversário, depois lá mais à frente ficava com menor espaço e sem ideias. Nunca se escondeu do jogo e tentou sempre forçar a linha defensiva do Marítimo com as suas diagonais, tentou empurrá-la e com isso criar linhas de passe nas suas costas para as entradas de Paulinho e Nuno Santos.
PABLO SARABIA - 3.5 - Apresentou-se melhor fisicamente, por duas vezes aclarou o caminho para isolar o Nuno Santos, mas está ainda num período de adaptação aos colegas, aos adversários, aos árbitros portugueses, enfim, ao futebol português. É lutador e parece disposto a assumir e participar no compromisso da equipa. Vai melhorar muito, porque vê-se bastante qualidade nas decisões que toma no jogo.
NUNO SANTOS - 3.5 - Anda a cheirar o golo e estará muito perto de o festejar. Teve duas ocasiões perdidas em que com mais confiança teria marcado: uma delas a bola caiu como uma pena na trave e a outra levava boa direcção mas faltou intensidade no remate e permitiu o desvio do guarda-redes. Andou sempre solto lá na frente, à direita e à esquerda, ganhando muitas vezes as costas da defesa maritimista.
PAULINHO - 3 - É seu apanágio lutar sempre por cada bola, tentando criar intensidade nos lances que parecem quase mortos, mas ontem esteve particularmente desinspirado e quase sempre fora "dela". O autocarro do Marítimo tinha muitos 'rodados' lá atrás que lhe reduziram o espaço. Participou no lance do penálti, ganhando também nas alturas a bola vinda do Coates e que depois iria sobrar para o Jovane.
TIAGO TOMÁS - 2.5 - A sua principal característica como avançado é a velocidade, depois ficamos à espera de perceber quais são as outras e aí o cenário complica-se. Ficamos sem saber se é ponta de lança ou outra coisa no jogo. Terá sim seguramente que melhorar o seu remate - na zona do penálti não se fazem cócegas na bola, tem que fuzilar. Começa a ser hora de mostrar a utilidade que pode realmente dar à equipa.
DANIEL BRAGANÇA - 3.5 - A sua entrada foi decisiva para o ataque final à muralha do Marítimo. O jogo de construção melhorou substancialmente pela sua precisão e rapidez de passe e com a subida do Coates para junto do Paulinho o Marítimo sentiu dificuldades redobradas e a verdade é que se adivinhava o golo que acabou por aparecer.
JOVANE CABRAL - 3 - Sabe fazer muitíssimo mais, está uma sombra do Jovane que conhecemos, contudo, ainda executou um excelente passe na diagonal que encontrou o Porro no lance em que a bola foi ao poste; depois foi sobre ele que o guarda-redes cometeu a falta para penálti que mudou a história do jogo. Tirando isso, protagonizou demasiadas asneiras. Necessita de ganhar outra confiança.
RICARDO ESGAIO - 2.5 - Entrou para o lugar do amarelado Luís Neto para trazer maior frescura nos movimentos de construção; era hora do tudo ou nada e o Marítimo já dava sinais de esgotamento e de poder vir a ceder, esteve pouco tempo em jogo para poder argumentar uma nota positiva.
BRUNO TABATA - 2.5 - Palhinha estava esgotado para poder ser o criativo que nunca foi, o Bruno mais fresco trouxe essa missão para os 15 minutos finais, foi o melhor período da equipa em que encostou verdadeiramente o Marítimo às cordas até ao golo da vitória.
RÚBEN AMORIM - 4.5 - Sofreu a bom sofrer no banco, viu a sua equipa sempre virada para o ataque mas sem grandes resultados pragmáticos. Face ao plantel à sua disposição não tinha grandes alternativas para poder surpreender no 'onze' titular; o adversário fechou-se a sete chaves num bloco muito junto e recuado, raramente se desmontou e era necessário mais velocidade e intensidade que alguns elementos da equipa não deram ao jogo. Tentou tudo, fazendo 5 substituições e com elas ganhou os 3 pontos já na 3.ª parte da partida.
JULIO VELAZQUEZ - 2.5 - Não terá assim tantos motivos como apregoa para se orgulhar do futebol da sua equipa; perdeu e deixou uma imagem feia de anti-jogo que deveria envergonhar qualquer treinador. A parte que teve de mais positivo foi as dificuldades que criou ao campeão nacional no seu estádio, com um esquema de grande união defensiva sempre com gente nas dobras e sem nunca se desmontar. Mas o guarda-redes do Sporting foi assistente privilegiado ao jogo.
JOÃO PINHEIRO (Árbitro) - 3 - Arbitragem esquisita, no início quis repetir o deixa andar do colega Tiago Martins e depois estranhamente foi apertando o critério das faltas, do oitenta passou ao oito e as faltas a beneficiar o Marítimo viu-as todas, mesmo as que não foram. Mas lá viu a falta rainha do jogo, deve-lhe ter custado assinalar o penálti.
HUGO MIGUEL - 3 - No lance capital do jogo corroborou a decisão do árbitro e não teve outros lances que o obrigasse a intervir.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.