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As Notas de Julius 2021/22 (09)

Julius Coelho, em 29.09.21

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting e a outros intervenientes do jogo com o Borussia Dortmund da 2.ª jornada da fase de grupos da Champeon League, que resultou numa derrota por 1-0. 

Em Dortmund contra o temeroso Borussia, o Sporting recuperou a sua identidade nas jornadas da Champions League, Jogando os noventa e três minutos olhos nos olhos com os alemães. Se alguém esperava mais uma cabazada viu a equipa dar uma boa resposta e que até colocou em dúvida o resultado final até ao último segundo da partida. Verdade que não teve oportunidades claras para marcar, mas conseguiu em muitos momentos enervar e banalizar o futebol  do adversário na sua própria casa. Foi um alívio para os jogadores, treinador e adeptos da equipa alemã quando o árbitro apitou para o final da partida. O mais negativo da equipa do Sporting esteve no erro que levou ao único golo da partida e na perda constante das segundas bolas.

Screenshot (335).png

DESTAQUE - MATHEUS NUNES - 4 - Já tinha sido o destaque no jogo contra o Ajax e voltou a ser o melhor da equipa ontem à noite. Não se amedrontou com o adversário e atirou-se ao jogo com ganas de fazer bem o seu trabalho, o transportar a bola e carregar a equipa para a frente. Pena que tenha caído bastante de produção na segunda parte e já sem pernas para poder acompanhar o último assalto à tentativa do golo do empate nos 10 minutos finais.

ANTONIO ADÁN - 3,5 - Concentrado e sempre bem atento aos movimentos da frente do ataque temeroso dos alemães, matou vários cruzamentos com segurança, fica a ideia que podia ter feito algo mais no golo sofrido, tem um breve momento que descai em excesso para o seu lado esquerdo e abriu  maior ângulo para o remate cruzado que acabou com a bola dentro da sua baliza.

PEDRO PORRO - 3.5 - Bastante seguro a defender, jogando simples e prático, mas teve algumas dificuldades para as suas patentes saídas pelo corredor onde encontrou quase sempre os caminhos tapados.

LUÍS NETO - 4 - Realizou uma das melhores exibições de leão ao peito.Já tínhamos dito que está a passar um bom momento de forma, foi o melhor elemento da defesa superando o próprio capitão Coates, excelente percepção dos movimentos dos avançados do Borussia que lhe permitiu chegar sempre primeiro roubando-lhes a maior parte das vezes a bola. 

SEBASTIÁN COATES - 3 - Muito melhor a comandar a defesa do que a resolver os seus próprios apertos. Falhou por duas vezes cortes que habitualmente não facilita colocando calafrios no Adán. Não leu bem o lance do passe de primeira que isolou o Donyell Malen à sua esquerda e já não conseguiu impedir o seu remate vitorioso para o único golo do jogo.

ZOUHAIR FEDDAL - 3 - No geral cumpriu não sendo exuberante. No golo sofrido não estava lá, nem Matheus Reis, abrindo uma cratera ao marcador do golo que carimbou a vitória dos alemães. Foi um erro bem crasso porque não podiam estar os dois ausentes ao mesmo tempo na zona. Nos 10 minutos finais viu-se com dois passes bem medidos a isolar o Nuno Santos à esquerda.

MATHEUS REIS - 3 - Foi competente na função de defender, mas complicou por vezes na saída, entregando a bola ao meio campo adversário. O treinador continua a experimentar soluções à esquerda depois do falhanço do Rúben Vinagre, com Feddal longe da sua forma fica ainda mais difícil estancar de vez o problema.

JOÃO PALHINHA - 3 - Não fez um grande jogo, chegou muitas vezes atrasado com os seus conhecidos carrinhos que são sempre muito eficazes, também não foi feliz no passe entre as linhas do adversário, a equipa nunca esteve muito ligada nessa zona faltando mais apoios e melhor precisão do passe.

PABLO SARABIA - 3 - Fez um jogo fraco e ainda não apareceu o que se espera dele, nunca conseguiu ligar o jogo com o agravante de perder a bola algumas vezes logo na recepção. 

TIAGO TOMÁS - 2.5 - A sua titularidade foi a grande surpresa da noite, mas percebeu-se a intenção do treinador. Perante o sistema de jogo sempre ofensivo dos alemães, o Tiago poderia ganhar a profundidade nas suas costas, mas isso raramente se viu. Forçosamente tem que melhorar o passe, foram quase todos interceptados pelo adversário. Num ataque que pouco produziu é também ele responsável por essa ineficácia.

PAULINHO - 3 - Cada vez mais desperta o interesse pelas notas que lhe são atribuídas, pelas suas exibições. Teve alguns pormenores com classe tirando várias vezes o adversário da frente, mas sempre longe da baliza adversária e das zonas onde deveria estar. Depois surpreendeu pela negativa no último passe onde terá que melhorar bastante.

NUNO SANTOS - 2 - Entrou aos 58 minutos, no momento em que a maioria dos adeptos do Sporting já pensavam nele, mas decepcionou. Revelou insuficiências técnicas e nunca soube mediar bem a sua posição face à última linha da defesa adversária, sendo apanhado várias vezes em fora de jogo. Nada acrescentou e por isso decepcionou-nos a todos.

JOVANE CABRAL - 2 - Depois entrou o Jovane e a situação ficou igual, sem melhoria na equipa, correu muito é verdade ... só que atrás da bola e dos alemães.

DANIEL BRAGANÇA - 3 - Finalmente entrou alguém que veio acrescentar e muito. Mexeu com o jogo, deu nova vida à equipa que parecia já ter desistido de tentar o golo do empate, e motivou os alemães a olharem para o relógio gigante do estádio. Pena ter já encontrado o Matheus Nunes nas lonas. O Daniel devia ter entrado mais cedo quiçá mesmo de início. Nos 10 minutos que jogou tudo o que fez foi sempre bem feito com critério acima da média que surpreendeu muito o adversário.

BRUNO TABATA - 2.5 - Trouxe mais energia à equipa, Porro já estava muito desgastado mas não foi por ali, por aquele lado que a equipa oscilou e perdeu.

RICARDO ESGAIO - 2 - Entrou fresco perante tentativa da equipa ainda chegar ao empate; segurou aquele lado esquerdo onde também anda ali para desenrascar. Pena que o Nuno Santos tenha passado ao lado do jogo, obrigando o Esgaio a ficar mais fixo sem poder arriscar muito mais.

RÚBEN AMORIM - 4 - Espremeu a equipa até onde foi possível espremer. Defrontou uma das equipas com maior poderio ofensivo a nível mundial na sua própria casa. Perdeu, mas surpreendeu pela positiva, assustando os alemães. A equipa quase que não cometeu erros na defesa, mas sem Pedro Gonçalves em campo o ataque fica demasiado inofensivo. O jogo valeu pelos 10 minutos finais, com as substituições principalmente do Daniel, a equipa agarrou no jogo e deu esperança de se chegar ao empate, o que seria um prémio merecido.

SRDJAN JOVANOVIC (Árbitro - Sérvio) - 3 - Arbitragem medíocre, na dúvida ganhavam sempre os... alemães. De parvo não tem mesmo nada, soube agradar a quem deve agradar, à cúpula do futebol mundial. Portugueses!!!! Quem são? Bahhh!!.

POL VAN BOEKEL (VAR - Holandês) - 3 - Ninguém o incomodou e também não incomodou ninguém.

publicado às 07:03

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116 comentários

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De Greenlight a 29.09.2021 às 09:10

Caro Julius,
Também fiquei com a ideia de que Adan poderia ter feito algo mais no golo sofrido. Mas foi mais um golo em que a jogada nasce pelo meio onde o Sporting joga, quase sempre, em inferioridade numérica e daí a sua questão sobre se Daniel Bragança devesse ter entrado mais cedo. Lá na frente foi quase um deserto
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De Greenlight a 29.09.2021 às 09:16

...carreguei o comentário antes de ter terminado mas, na realidade sobre o deserto não vale a pena falar muito. Apenas constatar o óbvio, com Paulinho vamos continuar a marcar poucos golos, ou nenhum, como ontem.
Sl
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De Schmeichel a 29.09.2021 às 09:19

Mais um a falar mal do Paulinho..... isto hoje é só brunistas.....
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De Julius Coelho a 29.09.2021 às 12:54

Devía ter entrado e aí o Rúben demorou a ler o que se passava, não conseguiamos ligar o jogo e perdíamos constantemente as segundas bolas, com a entrada do Daniel ou do Ugarte minorava esse problema. Por isso pensei que de início teriamos em Dortmund mais um elemento no meio campo desde o início.

Felizmente o Matheus conseguiu levar a bola algumas vezes qriando alguns desiquilibrios no meio campo alemão, não fosse isso e tinham-nos causado maiores danos.
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De Naçao Valente a 29.09.2021 às 16:16

Caro Julius Coelho,

Compreendo a sua estratégia. Tem-se batido por ela, desde antes do jogo. E se tivesse sido aplicada e tivesse corrido mal? Eu, ainda não vi o Ugarte jogar no Sporting. Eu, já vi jogar o Bragança de início e falhar. Portanto, nesta vida dos futebóis, é-se preso, por ter cão, e não ter. O que me admira na sua qualidade de treinador (não de bancada) é tanta assertividade.
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De Julius Coelho a 29.09.2021 às 16:59

Nada garante caro amigo, nada mesmo. Não existem formulas mágicas no futebol existem sim e simplesmente ideias que podem resultar mais vezes.

Uma mesma estratégia que resultou numa vitória fantástica pode não resultar na semana seguinte e dar em derrota, são tantos os imponderáveis e elementos que não se controlam...
Por exemplo, de início não pensei como o Rúben, na necessidade do TT no jogo, mas depois repensei e percebi e dou-lhe inteira razão, verdade que seria um elemento a poder ganhar a profundidade no adiantamento sempre exagerado dos alemães, mas o que ninguém ainda percebeu é que a sua principal função era não deixar os alemães armarem o jogo lá de tras como sempre o fazem, o TT entrou para essa finalidade, por isso necessitava de 3 homens na frente para pressionarem a primeira linha alemã, ( TT, Paulinho e Sarabia) uma estratégia de muito desgaste mas que estavam decididos a fazê-la.

Aí é que entra depois a minha ideia de ter mais um homem no meio campo não tanto para parar as investidas alemãs mas para melhor ligar o nosso jogo para as manobras de ataque, porque foi aí que apresentamos maior défice, na perda de quase todas as segundas bolas, o Daniel qjuando entrou vei-o dar-me em parte razão e no final do jogo estou convicto que o Rúben arrependeu-se de aos 58 minutos quando mandou entrar o Jovane não ter mandado entrar logo o Daniel.
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De Naçao Valente a 29.09.2021 às 17:56

Concordo consigo, caro amigo, a entrada de Jovane, fosse qual fosse o objectivo não resultou. E tenho de admitir que a entrada de Bragança, melhorou o nosso jogo. Mas mesmo não sendo treinador, nem de redes sociais, também me pareceu, que era uma fase, em que os alemães já estavam um pouco cansados.

No que diz respeito à dificuldade de sair a jogar, também me pareceu que esteve a ver com a dinâmica e a qualidade individual. Tive a sensação que os alemães, corriam mais e chegavam primeiro à bola.
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De RCL a 29.09.2021 às 18:31

É mais que evidente , Daniel Bragança não aguenta 90'. Tem que trabalhar o físico, talento às carradas tem ele.
SL
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De Julius Coelho a 29.09.2021 às 13:51

Mas o golo sofrido tem outros culpados, os alemães são eximios a explorar os desiquilibrios pontuais nas defesas adversárias, fazem-no de olhos fechados e de primeira e aí começam as diferenças, lançaram o engôdo para provocarem as deslocaçôes da sua zona do Matheus Reis e do Feddal e estes burrinhos da silva cairam, não recuperaram rapidamente os seus lugares e quando perceberam já ea bola estava lançada de primeira naquele lado a isolar o alemão e o Coates a tentar remendar o erro.

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