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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com Os Belenenses no Estádio do Restelo para a Taça de Portugal, que resultou numa vitória leonina por 4 - 0. Golos apontados por Tiago Tomás ( 2' e 67') Jovane ( 77' gp) e Nuno Santos (80'gp).
O Sporting apresentou- se no velho Estádio do Restelo com um 'onze' titular com muitos jovens, mas que deram muito bem conta do recado. Marcaram 4 golos, como podiam ter marcado outros tantos, não fosse a displicência na cara do guarda-redes adversário que também rubricou excelentes intervenções, negando por várias vezes o golo aos leões. De registar a excelente dinâmica apresentada pela equipa na primeira parte, com lances bem conseguidos e vistosos, principalmente pelo lateral Rúben Vinagre que reapareceu rejuvenescido, mostrando ganas de querer voltar e vingar no lugar.
DESTAQUE - TIAGO TOMÁS - 4.5 - Marcou os 2 primeiros golos do jogo com destaque para o segundo em salto de peixe a aproveitar o passe de cabeça do Feddal, mas podia e devia ter marcado mais 3 ou 4, teve oportunidades soberanas na cara do guarda redes. Tem que crescer e melhorar na finalização. Falhou lances difíceis de desculpar; num jogo contra um adversário de outro calibre e com menos oportunidades para marcar, podem fazer grande diferença.
JOÃO VIRGÍNIA - 3.5 - Os adeptos sportinguistas viram-no a actuar pela primeira vez. Apresentou-se tranquilo e atento, resolvendo sempre bem as poucas situações a que foi chamado a intervir, terá com certeza testes mais complicados no futuro contra adversários com outros argumentos.
GONÇALO ESTEVES - 4 - Também uma estreia feliz na equipa titular, tem um futebol muito irreverente e repleto de energia, ataca de frente os seus adversários sem medo de falhar, sempre muito combativo e nunca se esconde, tem tudo para evoluir e ser um grande lateral. Tem 17 anos, mas já joga um futebol adulto e moderno.
RICARDO ESGAIO - 3.5 - Voltou a ser novamente testado a central desta vez ao lado de Gonçalo e Feddal, cumpriu o quanto baste mas percebe-se que não se sente à vontade ali. Sabemos da sua usual lentidão quando na recuperação e em espaço mais aberto fica mais visível essa lacuna, embora seja verdade que o Belenenses raramente conseguiu chegar à área do Sporting, o que ajudou.
GONÇALO INÁCIO - 4 - Foi surpresa ter aparecido no jogo quando se disse que ainda não estava curado da lesão. Fez uma boa exibição e foi o melhor no eixo da defesa; comandou bem os movimentos dos colegas ao seu lado e vimo-lo seguro com a bola no pé.
ZOUHAIR FEDDAL - 3.5 - Esteve bem melhor na área adversária, ganhando vários lances aéreos, do que a defender, em que mostrou lentidão e com alguns passes sem lhe dar o melhor critério. Deu nas vistas a ganhar uma bola de cabeça na área do Belenenses a que o Tiago Tomás lhe deu o melhor seguimento fazendo o segundo golo do jogo e falhou um golo cantado bastava um pequeno toque na bola.
RÚBEN VINAGRE - 4.5 - Candidatou-se ao melhor jogador da equipa no jogo. Fez uma excelente primeira parte ganhando várias vezes em velocidade ao seu adversário directo, cruzou quase sempre bem e deu de bandeja o primeiro golo ao Tomás. Teve outros bem direccionados mas acabaram desperdiçados por Jovane e Tiago Tomás.
MANUEL UGARTE - 3.5 - Fez o seu primeiro jogo como titular do Sporting, fez bem a sua parte de matar o jogo do adversário no meio campo, mas teve algumas dificuldades a ligar o jogo de construção com os colegas, precisa de competição para se sentir mais confiante e entrosado. Sabe procurar os espaços com a bola bem grudada ao pé.
DANIEL BRAGANÇA - 4 - Parecia arrancar para uma grande exibição, marcando bem o ritmo de jogo na saída para o ataque. Voltou a dar nas vistas com os seus excelentes passes e a forma como se desenvencilhava dos adversários, mas não conseguiu ser mais constante desaparecendo algumas vezes do jogo. Tem capacidade para o agarrar de princípio ao fim e será o trabalho do treinador ajudá-lo a conseguir chegar a esse patamar.
PEDRO GONÇALVES - 3.5 - O seu reaparecimento deixou todos os sportinguistas muito satisfeitos, já tinham saudades de o ver no relvado. Precisa de ganhar ritmo competitivo. Jogou 60' a ritmo algo moderado e sem correr grandes riscos e ainda se isolou dentro da área adversária após uma excelente desmarcação, mas não escolheu o melhor lado para o remate.
JOVANE CABRAL - 3.5 - Exibição cheia de altos e baixos, ainda não foi desta que "voltou o Jovane". Provocou alguns ameaços com lances de muito bom recorte técnico mas voltou a pecar na eficácia e critério do passe. Faltou-lhe feeling na área em vários lances. Marcou de forma irrepreensível a grande penalidade. Mas espera-se sempre mais e tem capacidade para isso.
PEDRO PORRO - (-) - Dez minutos dos piores que conheceu certamente na sua carreira; mal entrou viu um amarelo e pouco depois sofre uma entrada assassina e saiu de maca em lágrimas. A excelente notícia é que pelas redes sociais ele próprio informou que afinal foi mais o susto e pode não ser grave.
NUNO SANTOS - 3.5 - Quase tudo lhe saiu (torcido) até a grande penalidade que marcou o guarda redes quase que defendeu, teve por duas vezes na cara do golo e não conseguiu matar. Cruzou para a cabeça do Feddal que acabou no segundo golo da equipa, cruzou no lance que deu o primeiro penálti mas aquela perdida depois do passe genial do Jovane...
MATHEUS NUNES - 3 - Jogou o último quarto de hora para manter o ritmo competitivo para o jogo decisivo em Instambul. Cumpriu sem grandes registos e ainda ajudou a equipa a marcar os últimos dois golos.
MATHEUS REIS - 3 - Entrou para o lugar do Feddal mas o jogo já estava resolvido, Viu a equipa ampliar a vantagem com mais dois golos, teve uma boa iniciativa em que quase se isola na área do Belenenses mas preferiu voltar para trás e manter a bola segura.
JOÃO GOULART - 3 - Outra estreia absoluta na equipa. Dez minutos que decerto nunca esquecerá na sua carreira. Deu nas vistas pela tremenda estampa física e na coragem que disputa os lances pelo ar, tem perfil de patrão da defesa.
RÚBEN AMORIM - 5 - Apresentou uma equipa nova repleta de jovens com alguns a serem titulares pela primeira vez. Apesar das muitas alterações, a equipa não perdeu dinâmica fazendo um boa primeira parte, com um futebol quase sempre em boa velocidade e eficaz na construção de várias claras oportunidades de golo. Podia ter acontecido uma goleada das antigas no Restelo.
NUNO OLIVEIRA - 3 - Equipa com muito poucos argumentos para uma missão quase impossível. Conseguiu, com alguma sorte à mistura, retardar o segundo golo do Sporting que só viria a acontecer na segunda parte. Livrou-se de uma goleada à antiga e a isso pode agradecer ao seu guarda-redes e também à ineficácia dos avançados do Sporting.
GUSTAVO CORREIA (Árbitro) - 2.5 - Arbitragem fraca, com várias decisões erradas no capítulo técnico. Percebeu-se a sua falta de experiência em ajuizar vários lances de forma correcta. No lance em que Pedro Porro se lesionou não teve coragem de expulsar o jogador do Belenenses que fez uma 'tesoura' por trás às pernas do lateral espanhol; ficou também um penálti claro por marcar na parte final do jogo sobre o Jovane.
VAR - Não houve nesta eliminatória da Taça de Portugal.
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