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As Notas de Julius 2021/22 (13)

Julius Coelho, em 20.10.21

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Besiktas em Istambul da 3.ª jornada da fase de grupos da Champions League, que resultou numa vitória por 4-1. Golos de Sebastián Coates (15' e 27'), Sarabia (44'gp) e Paulinho (89').

O Leão rugiu forte em Istambul, marcou por 4 vezes num festival de golos perdidos. Com um ataque demolidor arrasou na sua primeira vitória em terras turcas, esfriando e silenciando o sempre entusiástico público do Besiktas no caldeirão do Vodafone Park. Entrou no jogo na expectativa do que faria o adversário levando inicialmente com alguns sustos que o enorme Adán resolveu, depois percebeu que tinha condições de fazer mais e melhor, arregaçou as mangas e foi para cima deles subindo sempre de produção até ao apito final do árbitro. Aos 70 minutos já o treinador dos turcos estava sentado quietinho no seu banco com a toalha atirada ao chão.

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DESTAQUE - SEBASTIÁN COATES (CAP) - 5.5 - Nem foi necessário as habituais horas extraordinárias para marcar à ponta de lança. Aos 27 minutos já tinha metido dois lá dentro e para os mais distraídos que não viram como cabeceou para o primeiro, repetiu o lance novamente minutos depois com igual cabezazo. Dois golos a papel químico e quase um terceiro, não fosse a mão do Vida a desviar a bola, que resultou num penálti das novas tecnologias. Depois ainda armadilhou todos os terrenos da defesa da equipa, fazendo cair sistematicamente em fora de jogo os avançados turcos. Merecia um ...6.

ANTONIO ADÁN - 5 - Vê-se que é um guardião muito feliz na baliza do Sporting, Clube que aprendeu a amar e com o qual vai assinar um novo e merecido contrato. Naqueles primeiros quinze minutos, enquanto os colegas ainda não tinham entrado bem no jogo, resolveu e foi resolvendo sozinho os vários problemas com intervenções de excelente nível, depois o interruptor da equipa ligou e lá pôde respirar e assistir ao jogo.

PEDRO PORRO - 4 - Andou toda a primeira parte preocupado com o pezinho, sempre a ver onde o colocava. O treinador deve ter-lhe dito alguma coisa ao intervalo, porque no regresso ao relvado voltámos a ver aquele espanholazo sem medo, a ir para cima deles e a disputar os lances para ganhar. A equipa tem dois jovens defesas direitos fantásticos; quem viu o outro jogo ao princípio da tarde, dos juniores, viu o Gonçalo Esteves e tudo o que fez.

GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Uiiiiiii!! Aquele início ainda andou aos papéis!! Salpicou o bom e o mau mas lá se recompôs e acalmou, o comandante também deu uma ajuda; o lance do primeiro golo é ele que a desvia no primeiro "palo" para a cabeça de ouro do patrão Seba. Na segunda parte subiu de produção como toda a equipa e voltámos a ver o Gonçalo Inácio no seu melhor.

ZOUHAIR FEDDAL - 3.5 - Cumpriu bem a sua tarefa é um facto, mas nota-se que ainda não está a cem por cento. Cometeu alguns deslizes primários com a linha do fora de jogo e no timing de entrada dos avançados do Besiktas, depois tranquilizou-se e foi sempre a subir de produção especialmente na capacidade de antecipação aos adversários.

MATHEUS REIS - 3.5 - Entrou no jogo com clara dificuldade de interpretar a sua missão e parecia que iria ter uma tarde difícil e de grande desacerto. Nunca transmitiu fiabilidade na sua tarefa mas lá foi melhorando com o decorrer do jogo. Sempre muito esforçado mas nem sempre com o critério que se pedia, fisicamente parece estar bem, apoiou sempre os colegas mais adiantados na construção dando linhas de passe.

JOÃO PALHINHA - 4.5 - O meio campo da equipa demorou a entrar no jogo; na primeira parte ele e o Matheus Nunes tiveram alguma dificuldade em perceber o jogo do adversário e com isso o acerto dos espaços a preencher. Tiveram que receber instruções do treinador que os ajudou a corrigir tudo o que parecia que estavam a complicar. Os golos do capitão ajudaram a "acalmar" o adversário e ligaram o João Palhinha ao jogo; a partir daí varreu tudo à sua frente até ao final. Comprou o meio campo com suor, garra e aquela qualidade que lhe reconhecemos.

MATHEUS NUNES - 4 - O jogo até parecia estar bem propício às suas características de vagabundo, mas faltou melhor definição no critério da decisão e no último passe. Sempre teve espaço àss carradas, mas raramente os soube aproveitar da melhor forma; melhorou também na segunda parte mas...sabe fazer muito mais e melhor.

PABLO SARABIA - 4.5 - A primeira vez que vimos jogar o trio (Pote, Paulinho e Sarabia) na frente do ataque e a equipa marcou quatro golos num estádio tradicionalmente terrível para qualquer adversário. Mas ficou bem evidente que falta ainda muito trabalho para melhorarem o seu entrosamento, principalmente no último passe, em que falharam várias vezes. Foi muito competente, difícil de marcar e sempre com muito bom critério no passe, marcou a grande penalidade num remate sem hipóteses para o guarda-redes. Terá que aparecer mais vezes com a sua temível meia distancia.

PEDRO GONÇALVES - 4 - Joga e faz em simultâneo o trabalho de recuperação física para voltar aos níveis de intensidade que lhe conhecemos. Falta-lhe um pouco mais ainda, está já perto, mas os falhanços pouco habituais em lances que sempre acertava provam isso. O critério, o último passe, a capacidade física na disputa, o feeling, tudo está a caminho e não tarda a chegar-lhe.

PAULINHO - 5 - Uiiii! Dar nota 5 ao Paulinho... Eu explico, duas bolas nos "palos" uma assistência para o segundo golo e um golazo que vale dois pontos e aí temos o 5. E ainda deu de borla tudo o resto que fez. Quiçá entusiasmado com o nível da guarda de honra ao seu lado (Pote e Sarabia) arrancou um muito bom jogo, dos melhores que fez desde que chegou. As defesas adversárias que se cuidem.

RICARDO ESGAIO - 3 - Agora foi bombeiro na esquerda, um sector que continua a dar trabalhos ao treinador. Cumpriu com a sua experiência, mas entrou já no melhor período da equipa, quando o adversário já tinha o seu treinador sentado no banco resignado e desiludido com o resultado e com tudo o que se passava no relvado.

TIAGO TOMÁS - 2 - Jogou dez minutos e viu-se por duas vezes: uma a levar um amarelo por uma entrada despropositada aos pés de um adversário e na outra, quando e mais uma vez, falha um golo cantado à boca da baliza.

DANIEL BRAGANÇA - 1 - Quatro minutos em jogo. Nem deu para o banho.

LUÍS NETO - 1 - Também jogou os últimos quatro minutos, mas mereceu, foi mais uma internacionalização para a sua carreira que já soma umas quantas. 

NUNO SANTOS - 1 - Quatro minutos em campo para não amuar, não pode dizer que não jogou.

RÚBEN AMORIM - 6 - Começam a faltar adjectivos para classificar este jovem treinador que mudou o rumo do nosso Sporting CP para uma rota de sucesso e de vitórias, com bom futebol, vivo, atraente, eficaz, que tantas alegrias tem dado nos últimos tempos a toda a nação sportinguista. Preparou bem o jogo e a mente dos seus jogadores para uma partida que era uma final, em que só a vitória interessava. Ganharam e convenceram na primeira vitória do Sporting em terras turcas. Depois ter um defesa central que mete inveja a todo o mundo ajuda muito. Agora vai ter o trabalho sempre complicado, mudar o chip à equipa para o jogo do campeonato.

SERGEN YALÇIN - 2 - Só deve ter visto o resumo do Sporting-Ajax e acreditou na virgem Maria. A sua equipa ainda fez umas cócegas na primeira parte mas todo aquele vendaval provocado pelo Seba e companhia destruiu por completo todos os seus sonhos. Resignou-se e saiu de fininho para o banco e por ali ficou até ao apito final do árbitro.

SLAVKO VINCIC (Árbitro) - 3.5 - No geral fez uma boa arbitragem, mas fez vista grossa à falta no lance do golo do Besiktas, o marcador apoia-se no Matheus Reis impedindo-o de disputar o lance. Depois o VAR podia e devia ter anulado o golo. 

MATEJ JUG (VAR) - 3.5 - Por um lado, agiu positivamente no lance da grande penalidade; na imagem corrida ninguém deu pela mão do Domagoj Vida (lance idêntico no Estoril mas que o VAR português nada fez). Já tinha impressionado negativamente no lance do golo do Besiktas ao não o anular por clara falta sobre o defesa do Sporting.

publicado às 04:03

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30 comentários

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De Julius Coelho a 20.10.2021 às 12:35

Concordo que foi mais infeliz que competente mas incluo também a dose em déficit de confiança, com a confiança em alta esses 2 lances seriam golos. Depois sacou da cartola aquele coelhazo, um golo fantástico, algum dia teria que entrar. Mas voltou a trabalhar muito para a equipa. O problema do ultimo passe não é só dele mas sim de todos e que terão que continuar a trabalhar muitas horas diárias para o poderem melhorar.

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