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As Notas de Julius 2021/22 (14)

Julius Coelho, em 24.10.21

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Moreirense da 9.ª jornada da Liga BWIN, que resultou numa vitória leonina por 1-0. Golo de Sebastián Coates (16').

Falsa partida da equipa no jogo, contra um adversário que apostou todas as suas fichas em surpreender o campeão numa tentativa de marcar logo nos minutos iniciais. De facto o Moreirense entrou com tudo, conseguiu uma excelente oportunidade para inaugurar o marcador, mas o guarda-redes leonino mais uma vez foi gigante e não deixou. Depois a equipa do Sporting entrou no jogo e tomou-lhe as rédeas. O golo do capitão Seba surgiu naturalmente (mais do mesmo dele) e Paulinho podia mais uma vez ter arrumado o assunto muito mais cedo mas... ainda não foi desta. Ao intervalo, Rúben Amorim acertou melhor as peças de xadrez e na segunda parte a equipa bloqueou melhor a circulação de bola do adversário, controlando, daí em diante, tanto o jogo como o resultado final. O Sporting consegue, à 9.ª jornada, precisamente o mesmo registo de 23 pontos (7 vitórias e 2 empates) da época passada.

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DESTAQUEDANIEL BRAGANÇA - 4 - De assinalar que jogou os 90 minutos, e dentro do registo médio de intensidade de toda a equipa, foi o que mais deu nas vistas, o mais esclarecido, principalmente pelos recortes técnicos com traço de mestre no passe que encheram o olho. Fez um bom jogo e teve físico para o fazer até final e é desta forma que evolui para poder chegar a níveis mais elevados. Mostra ter capacidade de poder chegar lá.

ANTONIO ADÁN - 4 - Evitou com uma excelente defesa de recurso (12') que o adversário marcasse primeiro o que poderia ter provocado um grande problema. Esse lance foi o clique que fez acordar toda a equipa e a partir daí foi mais espectador intervindo poucas vezes em lances controlados até final.

PEDRO PORRO - 3 - Bem a defender e na saída mas esteve muito desastrado na definição do último passe e foi aí que sai duramente penalizado. Falta de concentração ou cansaço? Algo aconteceu, porque não é de todo normal vê-lo decidir tantas vezes mal.

GONÇALO INÁCIO - 3 - Partida muito discreta, raramente foi visto a aventurar-se na audácia dos seus passes longos. Ainda procura recuperar o ritmo e intensidade da equipa e, por isso, prefere manter-se só por ali a defender não saindo da sua zona de conforto no risco mínimo.

SEBASTIÁN COATES (CAP) - 4 - Mais um golo à ponta de lança e mais um que valeu três pontos. No final, na entrevista, disse algo curioso, "tem muito a haver com quem bate a bola" e tem toda a razão. Na sombra começa-se a vislumbrar um grande batedor, Sarabia. Depois do golo fez o que de melhor sabe fazer, comandar a sua defesa e os colegas à sua frente, creio que vamos ter ali um futuro treinador.

MATHEUS REIS - 3.5 - Desta vez surpreendeu pela positiva, sempre que foi chamado a intervir fê-lo invariavelmente bem, principalmente a partir daqueles primeiros 15 minutos em que o adversário teimou em tentar entrar pelo seu lado e do Nuno Santos. Procurou em concentrar-se primeiro nas tarefas defensivas e foi o melhor que fez, ontem acrescentou à equipa.

NUNO SANTOS - 3 - Quase que marcava um golo de bandeira aos 75 minutos; que golazo a cerca de 30 metros da baliza e o público bem merecia. Na verdade pouco mais fez. Vinha fresco da Turquia, esperava-se mais, mas a sua missão era principalmente fechar o lado esquerdo ao Moreirense o que não conseguiu fazer nos tais 15 minutos iniciais. Sentiu o perigo e por ali deixou-se ficar, sendo sempre mais cauteloso nas saídas.

JOÃO PALHINHA - 3 - De ressaca depois daquele seu grande vendaval na Turquia, jogou em intensidade sempre moderada - mais ainda com o cartão amarelo a condicioná-lo - mas o suficiente para manter o meio campo controlado; acusou o desgaste e saiu aos 85 minutos.

PEDRO GONÇALVES - 2.5 - Tal como o Gonçalo Inácio, procura chegar aos seus normais índices físicos, mas ainda lhe falta muito. Tem que ser paciente, porque eles acabarão por chegar. O seu jogo voltou a ser fracote, mas tem que persistir. O treinador também está a puxar por ele. Deu de bandeja uma bola para golo cantado ao Paulinho.

PABLO SARABIA - 3.5 - Também evidenciou a ressaca do jogo na Turquia. Começa a ter papel importante nas bolas paradas e se ele conseguir meter a bola direitinha no capitão temos golo pela certa. É brigão, trabalhador e muito sério no que faz.

PAULINHO - 2.5 - Como disse o treinador, amanhã há treino e vai voltar a ter uma baliza na sua frente para treinar meter as bolas lá dentro. A água tanto bate, até que fura. Vai ultrapassar esta fase de azar e também de alguma aselhice, aquele lance ao 47 minutos não se pode falhar, era para o outro lado que tinha que desviar a bola para um golo fácil, não quis ser famoso e falhou. Felizmente a equipa ganhou os três pontos mas... tantas vezes o cântaro vai à fonte que um dia fica lá em cacos.

MATHEUS NUNES - 2.5 - Entrou para os vinte minutos finais a substituir o Sarabia, mas a equipa no geral não mostrou interesse em arriscar a provocar maior intensidade nessa altura do jogo, preferindo manter a posse de bola impedindo a sua circulação nos pés do adversário, pouco se viu.

TIAGO TOMÁS - 2.5 - Entrou para os 15 minutos finais para pressionar a saída da defesa adversária e nessa tarefa fê-lo bem mas também pouco mais de viu fazer. Com a bola nos pés a ansiedade fé-lo atrapalhar-se e não soube decidir bem.

MANUEL UGARTE - 2 - A sua entrada a 5 minutos do final foi a derradeira mensagem do treinador à equipa que o resultado precioso era para preservar de qualquer forma. Não foi tempo suficiente para se mostrar, embora se tenha metido em algumas alhadas em que acabou por perder a bola.

RICARDO ESGAIO - 2 - Aos 85 minutos era definitivamente a hora de guardar o ouro e entrou fresco para ajudar a dar essa garantia.

RÚBEN AMORIM - 4 - Conseguiu mudar o chip à equipa do jogo da Liga dos Campeões e com isso garantir a vitória no campeonato e mais três pontos. Para já, obteve o mesmo registo da época passada: 7 vitórias e 2 empates. Estes, curiosamente, com os mesmos adversários ( Famalicão e FC Porto) e nos mesmos estádios, tem os mesmos 23 pontos à nona jornada. Viu ontem a equipa passar por apuros nos primeiros quinze minutos mas foi gradualmente acertando as posições dos jogadores até encaixarem na estratégia do Moreirense, depois controlou sempre o jogo até final.

JOÃO HENRIQUES - 3 - Nota positiva para uma equipa que conseguiu surpreender nos primeiros quinze minutos  do jogo com um futebol rápido e com muitas movimentações e com isso quase que chegam ao golo. Depois, a equipa do Sporting acordou e o futebol do Moreirense foi desaparecendo; não mais incomodaram o Adán.

VITOR FERREIRA (Árbitro) - 3 - Arbitragem sofrível, positiva no limite, muitos erros (para os dois lados) e algum desnorte deste jovem árbitro que precisa também de jogos para evoluir. 

LUÍS FERREIRA (VAR) - 3 - Não houve registo de casos flagrantes que necessitassem da intervenção do VAR

publicado às 03:34

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4 comentários

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De verdesangue a 24.10.2021 às 22:16

O Paulinho, infelizmente tem vindo cada vez mais a "Apostiguizar-se", ou seja a tornar-se num novo Helder Postiga, que não sendo um mau avançado, longe disso, em minha opinião, mas que precisava de dez oportunidades para fazer um golo, Paulinho está na mesma....Não é um mau avançado, longe disso, mas para meter uma bola no fundo das redes....ufa, faz desesperar uma estátua, o que direi eu que sou nervoso e cardiaco!!!
Em seguida queria deixar uma questão para alguém me responder se quiser e souber, que eu muito sinceramente não consigo identificar,--- O que falta a Bragança para de fato ser um verdadeiro jogador de elite? Porque há ali sem dúvida imensa classe a diversos níveis, mas ainda assim não consegue (pelo menos por enquanto) ser o jogador que julgo poderia ser; e se em certos jogadores, não vamos mais longe, W. Carvalho, nós vemos a classe que tem, e facilmente identificamos o que falta--velocidade-- e dizemos (ou pelo menos diziamos), ah, se tivesse um pouco mais de velocidade que jogador seria....Mas repito a questão, e a Bragança, falta o quê, para ser esse extraordinário jogador que tem tudo para ser???
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De Julius Coelho a 24.10.2021 às 23:39

Boa noite caro amigo Verdesangue

Ao Bragança falta-lhe físico e saber gerir o seu esforço em consequência das debilidades físicas, por isso não consegue ainda ser consistente, tem todavia margem para poder ainda melhorar e evoluir nesse aspecto importantíssimo, não basta ter pulmão para os noventa minutos mas sim conseguir resistir fisicamente ao massacre do corpo durante os 90 minutos, ás constantes cargas, mudanças bruscas de velocidade, recuar imediatamente na perda da bola..., vemos que tem alguma dificuldade em gerir a sua própria velocidade.

Está muito melhor e o treinador acredita que possa chegar a esse patamar, veremos.

Temos casos antigos de jogadores com excelentes pés e excelente passes; Matias Fernandez, mais recente Francisco Geraldes e outros, mas depois eram traídos no jogo pelo físico que os obrigava a descer a intensidade para se poderem aguentar até ao final.

Eu acredito que o Daniel possa adquirir essa "robustez" pulmunor e muscular agora depende também e muito dele.
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De Rui Gomes a 25.10.2021 às 00:11

Mesmo não sendo um craque, o Matias Fernandez era jogador de uma outra dimensão.

O Francisco Geraldes estagnou muito cedo.
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De Julius Coelho a 25.10.2021 às 00:42

Nao comento a dimensao, cada um no seu patamar mas sim o facto de terem em comum o mesmo problema fisico que os impediu de subirem ao patamar seguinte

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