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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Moreirense da 9.ª jornada da Liga BWIN, que resultou numa vitória leonina por 1-0. Golo de Sebastián Coates (16').
Falsa partida da equipa no jogo, contra um adversário que apostou todas as suas fichas em surpreender o campeão numa tentativa de marcar logo nos minutos iniciais. De facto o Moreirense entrou com tudo, conseguiu uma excelente oportunidade para inaugurar o marcador, mas o guarda-redes leonino mais uma vez foi gigante e não deixou. Depois a equipa do Sporting entrou no jogo e tomou-lhe as rédeas. O golo do capitão Seba surgiu naturalmente (mais do mesmo dele) e Paulinho podia mais uma vez ter arrumado o assunto muito mais cedo mas... ainda não foi desta. Ao intervalo, Rúben Amorim acertou melhor as peças de xadrez e na segunda parte a equipa bloqueou melhor a circulação de bola do adversário, controlando, daí em diante, tanto o jogo como o resultado final. O Sporting consegue, à 9.ª jornada, precisamente o mesmo registo de 23 pontos (7 vitórias e 2 empates) da época passada.
DESTAQUE - DANIEL BRAGANÇA - 4 - De assinalar que jogou os 90 minutos, e dentro do registo médio de intensidade de toda a equipa, foi o que mais deu nas vistas, o mais esclarecido, principalmente pelos recortes técnicos com traço de mestre no passe que encheram o olho. Fez um bom jogo e teve físico para o fazer até final e é desta forma que evolui para poder chegar a níveis mais elevados. Mostra ter capacidade de poder chegar lá.
ANTONIO ADÁN - 4 - Evitou com uma excelente defesa de recurso (12') que o adversário marcasse primeiro o que poderia ter provocado um grande problema. Esse lance foi o clique que fez acordar toda a equipa e a partir daí foi mais espectador intervindo poucas vezes em lances controlados até final.
PEDRO PORRO - 3 - Bem a defender e na saída mas esteve muito desastrado na definição do último passe e foi aí que sai duramente penalizado. Falta de concentração ou cansaço? Algo aconteceu, porque não é de todo normal vê-lo decidir tantas vezes mal.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Partida muito discreta, raramente foi visto a aventurar-se na audácia dos seus passes longos. Ainda procura recuperar o ritmo e intensidade da equipa e, por isso, prefere manter-se só por ali a defender não saindo da sua zona de conforto no risco mínimo.
SEBASTIÁN COATES (CAP) - 4 - Mais um golo à ponta de lança e mais um que valeu três pontos. No final, na entrevista, disse algo curioso, "tem muito a haver com quem bate a bola" e tem toda a razão. Na sombra começa-se a vislumbrar um grande batedor, Sarabia. Depois do golo fez o que de melhor sabe fazer, comandar a sua defesa e os colegas à sua frente, creio que vamos ter ali um futuro treinador.
MATHEUS REIS - 3.5 - Desta vez surpreendeu pela positiva, sempre que foi chamado a intervir fê-lo invariavelmente bem, principalmente a partir daqueles primeiros 15 minutos em que o adversário teimou em tentar entrar pelo seu lado e do Nuno Santos. Procurou em concentrar-se primeiro nas tarefas defensivas e foi o melhor que fez, ontem acrescentou à equipa.
NUNO SANTOS - 3 - Quase que marcava um golo de bandeira aos 75 minutos; que golazo a cerca de 30 metros da baliza e o público bem merecia. Na verdade pouco mais fez. Vinha fresco da Turquia, esperava-se mais, mas a sua missão era principalmente fechar o lado esquerdo ao Moreirense o que não conseguiu fazer nos tais 15 minutos iniciais. Sentiu o perigo e por ali deixou-se ficar, sendo sempre mais cauteloso nas saídas.
JOÃO PALHINHA - 3 - De ressaca depois daquele seu grande vendaval na Turquia, jogou em intensidade sempre moderada - mais ainda com o cartão amarelo a condicioná-lo - mas o suficiente para manter o meio campo controlado; acusou o desgaste e saiu aos 85 minutos.
PEDRO GONÇALVES - 2.5 - Tal como o Gonçalo Inácio, procura chegar aos seus normais índices físicos, mas ainda lhe falta muito. Tem que ser paciente, porque eles acabarão por chegar. O seu jogo voltou a ser fracote, mas tem que persistir. O treinador também está a puxar por ele. Deu de bandeja uma bola para golo cantado ao Paulinho.
PABLO SARABIA - 3.5 - Também evidenciou a ressaca do jogo na Turquia. Começa a ter papel importante nas bolas paradas e se ele conseguir meter a bola direitinha no capitão temos golo pela certa. É brigão, trabalhador e muito sério no que faz.
PAULINHO - 2.5 - Como disse o treinador, amanhã há treino e vai voltar a ter uma baliza na sua frente para treinar meter as bolas lá dentro. A água tanto bate, até que fura. Vai ultrapassar esta fase de azar e também de alguma aselhice, aquele lance ao 47 minutos não se pode falhar, era para o outro lado que tinha que desviar a bola para um golo fácil, não quis ser famoso e falhou. Felizmente a equipa ganhou os três pontos mas... tantas vezes o cântaro vai à fonte que um dia fica lá em cacos.
MATHEUS NUNES - 2.5 - Entrou para os vinte minutos finais a substituir o Sarabia, mas a equipa no geral não mostrou interesse em arriscar a provocar maior intensidade nessa altura do jogo, preferindo manter a posse de bola impedindo a sua circulação nos pés do adversário, pouco se viu.
TIAGO TOMÁS - 2.5 - Entrou para os 15 minutos finais para pressionar a saída da defesa adversária e nessa tarefa fê-lo bem mas também pouco mais de viu fazer. Com a bola nos pés a ansiedade fé-lo atrapalhar-se e não soube decidir bem.
MANUEL UGARTE - 2 - A sua entrada a 5 minutos do final foi a derradeira mensagem do treinador à equipa que o resultado precioso era para preservar de qualquer forma. Não foi tempo suficiente para se mostrar, embora se tenha metido em algumas alhadas em que acabou por perder a bola.
RICARDO ESGAIO - 2 - Aos 85 minutos era definitivamente a hora de guardar o ouro e entrou fresco para ajudar a dar essa garantia.
RÚBEN AMORIM - 4 - Conseguiu mudar o chip à equipa do jogo da Liga dos Campeões e com isso garantir a vitória no campeonato e mais três pontos. Para já, obteve o mesmo registo da época passada: 7 vitórias e 2 empates. Estes, curiosamente, com os mesmos adversários ( Famalicão e FC Porto) e nos mesmos estádios, tem os mesmos 23 pontos à nona jornada. Viu ontem a equipa passar por apuros nos primeiros quinze minutos mas foi gradualmente acertando as posições dos jogadores até encaixarem na estratégia do Moreirense, depois controlou sempre o jogo até final.
JOÃO HENRIQUES - 3 - Nota positiva para uma equipa que conseguiu surpreender nos primeiros quinze minutos do jogo com um futebol rápido e com muitas movimentações e com isso quase que chegam ao golo. Depois, a equipa do Sporting acordou e o futebol do Moreirense foi desaparecendo; não mais incomodaram o Adán.
VITOR FERREIRA (Árbitro) - 3 - Arbitragem sofrível, positiva no limite, muitos erros (para os dois lados) e algum desnorte deste jovem árbitro que precisa também de jogos para evoluir.
LUÍS FERREIRA (VAR) - 3 - Não houve registo de casos flagrantes que necessitassem da intervenção do VAR
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