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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Famalicão da 2.ª jornada do Grupo B da 3.ª fase da Allianz Cup (Taça da Liga) que resultou numa vitória leonina por 2-1. Golos de Manuel Ugarte (8') e Nuno Santos (61').
Uma equipa nova do Sporting, com 6 alterações no onze inicial, garantiu uma vitória justíssima contra a besta negra do Famalicão; foi a noite para Rúben Amorim matar finalmente o borrego. Um golo madrugador de Manuel Ugarte tranquilizou a equipa que controlou sempre o jogo até aos 90 minutos em que o Famalicão criou a sua única oportunidade e que resultou no seu golo, momento que provocou alguma agitação nos jogadores do Sporting nos derradeiros minutos da partida.
DESTAQUE - MANUEL UGARTE - 4 - A importância do seu golo logos nos minutos iniciais permitiu que a equipa se tranquilizasse e fizesse o seu jogo com maior confiança. Nota-se-lhe a natural falta de ritmo para poder ser mais intenso, mas foi regular e manteve o equilíbrio do meio meio campo na ligação entre as linhas da defesa e ataque da equipa. Matou sempre pela raiz as iniciativas mais atrevidas do adversário.
JOÃO VIRGINIA - 3.5 - Não merecia aquela traição no final, a única vez que foi chamado a intervir com grau de dificuldade maior sofre um golo de todo injusto, consegue chegar a tempo mas não pôde evitar o ressalto. Foi principalmente um assistente durante todo o jogo.
RICARDO ESGAIO - 3.5 - Teve direito a um chocolate do treinador, jogou a titular na sua posição de origem e fê-lo como peixe na água; na segunda parte matou saudades dos seus tempos em Braga subindo pelo seu corredor e a aparecer solto à direita por várias vezes encostado à linha. Foi sua a iniciativa do lance que resultou no segundo golo marcado pelo Nuno Santos.
LUÍS NETO (CAP) - 3 - Estava a fazer um bom jogo mas aquele lance aos 90' fê-lo borrar a pintura; reagiu bem para dar auxílio quando o Pablo fugiu ao Gonçalo Inácio e se isolou e depois ficou a olhar parado para o lance enquanto o Heriberto vindo de trás o ultrapassou nas suas costas e fez um golo fácil.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Mais uma boa lição que aprendeu na noite de ontem. Até ao apito final do árbitro tem que manter sempre os níveis de concentração em alta, para mais quando faz a posição de central no eixo da defesa. Foi comido de forma infantil deixando escapar ao seu lado o Pablo, um deslize que foi fatal. Se já está atrás do avançado não pode recuar ainda mais para a tentativa de o colocar em fora de jogo, essa má decisão isolou o avançado do Famalicão e perdeu a chance de o poder alcançar.
ZOUHAIR FEDDAL - 3.5 - Foi o melhor dos três centrais e já se notou algum retorno do Feddal que conhecemos na época passada; mais rápido na chegada e sobre a bola, muito mais seguro no passe e deu nas vistas naquele sprint fantástico em que consegue recuperar a distância que o Pablo deu para o Gonçalo Inácio, pena o ressalto da bola ter ido parar precisamente aos pés do Heri que só precisou de encostar para o golo.
RÚBEN VINAGRE - 3 - Tem que se acalmar e usar mais a cabeça, quer mostrar serviço em todos os lances em que participa e com isso fica demasiado tempo grudado na bola quando a devia largar mais vezes e com mais critério. Mostra uma vontade enorme de se afirmar, mas ontem não o fez da melhor forma.
MATHEUS NUNES - 4 - Exibição intermitente, viu-se muito mais na segunda parte, mas a espaços, com as suas usuais arrancadas, aproveitando ter mais terreno livre à sua frente, principalmente a partir das substituições com a entrada dos consagrados Pote, Palhinha e Paulinho, ligou-se melhor ao jogo. Teve participação activa no segundo golo da equipa.
NUNO SANTOS - 3.5 - Primeira parte discreta, só mesmo o cruzamento irrepreensível direitinho para o cabeceamento de Sarabia; tentou sempre entrar nas linhas da defesa do Famalicão mas fê-lo sem grande risco, preferindo o passe seguro para um colega solto mais recuado e com isso manter a posse de bola. Estava no sítio certo para a recarga no remate do Sarabia que o guarda-redes não conseguiu segurar e marcou o segundo golo.
JOVANE CABRAL - 2 - Estará à espera da final Four para voltar a explodir ? É que ontem voltou a não fazer nada que acrescentasse ao jogo da equipa. É nestes jogos e com estas oportunidades que deveria dar tudo para se fazer sentir. Fez um jogo muito discreto com muitos momentos a passar-lhe ao lado e também por isso foi o primeiro a ser substituído.
PABLO SARABIA - 3.5 - Se foi uma experiência jogar na posição (9), não surtiu grande efeito, embora seja verdade que quase nunca foi solicitado para se sacar as provas. O Nuno Santos colocou-lhe a bola redondinha na cabeça e o golo ficou à vista, mais tarde disparou forte para a baliza no lance em que a bola sobrou para o Nuno Santos fazer o 2-0. Saiu insatisfeito porque sabe que pode fazer muito melhor.
PEDRO GONÇALVES - 2.5 - Cavalga para a sua forma, na sua entrada fez quinze minutos de bom nível, muito activo nas movimentações, assumindo bem a bola, mas mesmo assim ainda não foi suficiente para chegar à nota positiva; falhou de novo um golo que parecia fácil.
MATHEUS REIS - 3 - Entrou muito bem no jogo, parece já adaptado e com confiança na marcação e no passe mas ainda se mostra pouco confortável com a bola no pé. Aqueles últimos dois lances do Famalicão que provocaram o desnorte na defesa do Sporting não foram pelo seu lado.
JOÃO PALHINHA - 3 - Também entrou muito bem no jogo e não perdeu nenhum lance que disputou. A equipa só foi traída nos instantes finais da partida, quando o Famalicão em desespero experimentou o jogo directo para as costas da defesa.
PAULINHO - 2.5 - Vinte minutos em campo deram para aparecer por duas vezes solto na esquerda já dentro da área adversária e nas duas ocasiões não tomou a melhor decisão. Na segunda tinha o Pote solto para atirar à baliza e deixou passar o timing.
BRUNO TABATA - 2.5 - Mexeu com o jogo, teve bons lances, faltando só o último passe. Viu-se numa boa iniciativa individual em que por pouco ficava isolado. Mostrou que está totalmente recuperado da lesão.
RÚBEN AMORIM - 5 - Manteve a série de vitórias e num jogo que era uma final para poder levar novamente a equipa a participar na Final Four da Taça da Liga, que tão boas recordações tem para si. Tinha que fazer rotação na equipa e os escolhidos estiveram à altura, o golo cedo também ajudou. Depois matou este borrego e só ao sexto jogo foi de vez com o Famalicão.
IVO VIEIRA - 3 - Quase que lhe saía o jackpot no final num golpe de teatro em que podia ter-lhe caído do céu o empate, o que seria uma enorme injustiça para o Sporting. Desta vez foi dominado de princípio ao fim e salvo os dois lances no final, nem cócegas conseguiram fazer na área dos leões.
MANUEL MOTA (Árbitro) - 2.5 - Quase que provocava uma grande caldeirada e livrou-se de boa, ao ter ajuizado mal um corte com o braço dentro da área do Famalicão e um outro ainda mais flagrante em que um jogador do Sporting se isolava; depois validou o golo do adversário numa jogada em que o início é bem duvidoso no fora de jogo; só faltava mesmo validar aquele outro lance que significaria o golo do empate, em que o auxiliar assinalou, correctamente, o fora de jogo.
(VAR) Esta fase da competição não tem VAR.
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