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As Notas de Julius 2021/22 (16)

Julius Coelho, em 31.10.21

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Vitória de Guimarães da 10.ª jornada da Liga BWIN, que resultou numa vitória leonina por 1-0. Golo de Sebastián Coates (31').

Ao contrário de outros tempos ainda recentes, o Sporting não vacilou no momento que podia passar para a frente da classificação da Liga (num empate pontual com o FC Porto). Se o ataque conseguisse apresentar a mesma qualidade do seu sector defensivo, estaria seguramente no top cinco das melhores equipas da Europa. Os nossos avançados terão que fazer treinos específicos com o Seba, ele ajudará a que falhem menos. Três golos cantados incrivelmente desperdiçados... (Pedro Gonçalves, Matheus Nunes e Paulinho) colocaram a equipa desnecessariamente em maus lençóis nos minutos finais do jogo. E, claro, como é hábito, quem não falhou foi o nosso capitão Sebastián Coates.

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DESTAQUE - SEBASTIÁN COATES (CAP) - 5 - Foi o elemento que manteve sempre o melhor discernimento durante os 95 minutos de jogo. Imperial a defender com soberbos cortes de tirar a respiração, sempre no sítio certo, comandou a equipa com grande mestria mantendo os colegas tranquilos a fazerem o seu trabalho com tino na cabeça. Depois o habitual... num pontapé de canto voltou a marcar numa entrada fulgurante aproveitando o excelente desvio do Paulinho na bola, numa jogada bem ensaiada tal como aconteceu na Turquia frente ao Besiktas.

ANTONIO ADÁN - 5 - Esteve fantástico em lance de difícil defesa nos primeiros minutos do jogo; a sua actuação foi determinante para a confiança da equipa em toda a partida. Não é fácil bater o gigante guarda redes do Sporting.

PEDRO PORRO - 4 - Voltou a mostrar boa dinâmica, principalmente durante toda a primeira parte, executou bons lances com triangulações rápidas  ligando bem o jogo com os médios e avançados, mas voltou a falhar na decisão do último passe quase sempre por precipitação.

GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Cumpriu com as principais tarefas defensivas e experimentou algumas vezes o seu bom passe longo a procurar a profundidade nas costas da defesa dos vimaranenses, mas nem sempre com o mais desejado critério. Ainda não tem a confiança totalmente recuperada. Nos momentos de aperto esteve sempre lúcido e não falhou.

ZOUHAIR FEDDAL - 3.5 - No mesmo patamar exibicional do Gonçalo, cumpriu o quanto baste nas tarefas defensivas e raramente se expôs em manobras mais ousadas na ajuda no ataque, procura ainda a sua forma plena para poder sentir-se mais confiante a sair da sua zona de conforto.

MATHEUS REIS - 3 - Voltou ao registo das exibições esforçadas, mostra-se sempre muito solidário nas dobras ou a procurar linhas de passe mas depois define quase sempre mal, aparte do rol das asneiras que efectuou, nas faltas desnecessárias ou na precipitação com entregas da bola ao adversário em zonas proibidas. É um jogador muito desconcertante, nunca se sabe o que vai fazer.

JOÃO PALHINHA - 4 - Disse presente bem alto quando a equipa mais precisou dele nos derradeiros 20 minutos. Voltou a ser o Palhas obreiro de fato macaco a ajudar a segurar o golo de vantagem até final. Não fez uma primeira parte exuberante como é costume fazer, faltou-lhe melhor qualidade no passe e no critério.

MATHEUS NUNES - 5 - Se tivesse marcado aquele golo cantado a abrir a segunda parte - com tremendo falhanço para os apanhados - e seria indiscutivelmente a figura do jogo. Excelente primeira parte em que foi um príncipe a cavalo a galgar várias vezes o terreno do adversário, depois aquela perdida marcou-o e foi baixando a intensidade do seu futebol deixando inclusive de fazer pressão nos adversários ao seu lado. 

PEDRO GONÇALVES - 3.5 - Só com jogos poderá chegar à sua forma conhecida, voltou a falhar demasiado. Logos nos primeiros minutos teve uma das melhores oportunidades do jogo, solto na área permitiu a defesa do Varela num lance que em nunca falhava. Depois decidiu sempre mal em lances de superioridade numérica matando contra-ataques que deveriam ferir o adversário de outra forma. O seu melhor lance foi quando ofereceu um golo de bandeja ao Matheus Nunes. Marcou um golo que viria a ser anulado.

PABLO SARABIA - 3.5 - Indiscutível a forma como bate muito bem as bolas paradas e que gerou mais um golo do seu capitão Seba, mas o último passe e o critério deixaram muito a desejar. Percebe-se a sua boa qualidade técnica e que tem capacidade para melhorar essas lacunas que apresentou. Marcou um golo que viria a ser anulado.

PAULINHO - 4.5 - Foi o melhor elemento do ataque, muito móvel e dinâmico, sempre excelente na pressão alta ao adversário, correndo muitos quilómetros e mostrando total disponibilidade e querer. Nuno Santos colocou-lhe a bola direitinha para que a metesse na baliza e ... . Precisa de umas lições urgentes do Coates para aquele tipo de lances.

NUNO SANTOS - 3 - Os elementos do ataque da equipa começaram a dar sinais de fadiga a meio da segunda parte, o Pablo deu o lugar ao Nuno Santos e na jogada seguinte meteu a bola direitinha na cabeça do Paulinho, mas este e o golo ainda andam de costas voltadas. Foi o último lance para marcar; a partir daí a ordem foi agarrarem-se uns aos outros para defender o golinho dos 3 pontos.

MANUEL UGARTE - 3 - Depois foi a vez do Pote ir tomar banho e entrar fresquinho o Ugarte; foi útil para os 10 minutos finais para ajudar a segurar a preciosa vitória.

BRUNO TABATA - 1- Decididamente, o seu melhor momento foi os trinta segundos que queimou quando entrou aos 89' a substituir o esgotadíssimo Matheus Nunes. O adversário estava a crescer era hora de acabar com o jogo.

RICARDO ESGAIO - 2 - Fresco, foi útil para ajudar a parar os cruzamentos que pudessem surgir do recém entrado a jogo, Ricardo Quaresma, e até ao apito final do árbitro não lhe deu espaço, trazia a lição estudada do banco.

DANIEL BRAGANÇA - 2 - Foi também um dos ferrolhos da porta que o Rúben Amorim lançou a cinco minutos do final da partida, era hora de irem todos tomar um bom banho saltando para a frente da classificação do campeonato e não aventurarem-se e virem a sofrer dissabores.

RÚBEN AMORIM - 5 - Grão a grão, ponto a ponto e lá vai o Sporting na sua caminhada, num registo impressionante que iguala o da época passada com as mesmas dez jornadas da Liga. Bom futebol na primeira parte que deveria ter outra vantagem no marcador ao intervalo, depois o desgaste chegou e com ele os desequilíbrios nos sectores da equipa, o adversário cresceu, acreditou mais, mas o Míster estava bem atento e fechou as portas da defesa com ferrolhos e trancas e já lá está em cima, no lugar do campeão.

PEPA - 4.5 - Olhos nos olhos na casa do campeão não é para todos, temos que lhe dar esse mérito. Já consta que poderá ser ele a substituir o mestrão da táctica e não será surpresa se vier a acontecer. Evoluiu muito como treinador e sabe arrumar bem uma equipa como ontem se viu. No final soube honrar a derrota e o adversário. Merece por tudo isso nota alta.

RUI COSTA (Árbitro) - 3 - Mantém-se no activo e por isso o Sporting tem que levar com ele de vez em quando. Não é flor que se preze cheirar, nunca foi, diga-se. No mínimo, decide sempre contra o Sporting, mas hoje os tempos são outros e esta equipa leonina é muito difícil de bater mesmo com árbitros manhosos a apitar.

VASCO SANTOS  (VAR) - 3 - O Vasquinho também é velho conhecido; pertence à mesma seita de apitadores que anos a fio prejudicou o Sporting; agora foi "promovido" a VAR. Decidiu bem nos dois golos anulados por fora de jogo. Não viu ou entendeu que não houve falta sobre Sarabia aos 53', que daria uma grande penalidade.

publicado às 02:04

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50 comentários

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De David Rodrigues a 02.11.2021 às 08:52

Um Abraço e Saudações Leoninas!

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