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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Varzim da 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, que resultou numa vitória do Sporting por 2-1. Golos de Pedro Gonçalves (67') e (88') gp.
Foi preciso chamar a 'cavalaria' para desbloquear e resolver um jogo sem chama ou grandes motivos de interesse. Equipa com muitas mexidas, principalmente na defesa, não conseguiu manter a intensidade dos primeiros 20 minutos, deixando um adversário - que a jogar sempre de bloco médio e baixo - acreditar e ganhar ânimo nos despiques. As entradas de Porro, Sarábia e Pote trouxeram de novo o ritmo que se exigia e com eles os golos que ditaram uma vitória justíssima e apuraram o Sporting para os oitavos de final da Taça.
DESTAQUE - PEDRO GONÇALVES - 4 - Entrou aos 60 minutos a substituir o azarado Jovane e resolveu um jogo que parecia bloqueado. No primeiro golo teve o 'feeling' para estar no sítio certo, permitindo-lhe um remate fácil e na grande penalidade não falhou. Os golos aparecem-lhe com naturalidade. Mostra um nível de eficácia sempre muito elevado.
JOÃO VIRGÍNIA - 4 - Duas intervenções de alto nível e que foram muito importantes para impedir que o Varzim marcasse o primeiro golo do jogo.
GONÇALO ESTEVES - 3.5 - Entrou com tudo e prometeu uma grande noite, conseguiu por várias vezes provocar desequilíbrios na defesa do Varzim e espaços para cruzar, mas faltou-lhe sempre uma melhor definição. Foi caindo de produção até ser substituído pelo Pedro Porro aos 66'.
RICARDO ESGAIO - 2.5 - Exibição bastante discreta; competente a defender mas ineficaz e pouco energético na primeira fase da construção. Ser central não é de todo a sua praia e evidencia muito pouca determinação quando a equipa ganha a bola. Tem dificuldade em compreender os espaços que lhe compete ocupar.
ZOUHAIR FEDDAL - 3 - A sua experiência ajudou a disfarçar as suas limitações para o lugar do centro da defesa, o lugar do patrão que nunca conseguiu ser, exibição desfocada e muito esforçada. Tentou fazer de Coates mas foi sempre o Feddal que conhecemos. Deixou algumas vezes o adversário ganhar vida em lances que podia e devia ter resolvido.
MATHEUS REIS - 3 - Não consegue resistir ao vício das faltas desnecessárias; tem sempre uma mãozinha a agarrar ou a empurrar desmedidamente o adversário, ou vai à queima quando bastava manter a posição. Melhor a ligar o jogo pelo lado esquerdo do ataque da equipa.
NUNO SANTOS - 3 - Um inicio de jogo bem fulgurante, ganhando na velocidade pelo seu corredor, cruzou muitas vezes com espaço para a área adversária mas definiu sempre mal. Precipitou-se na forma como abordou o avançado do Varzim dentro da sua área, no lance que precipitou a falta para grande penalidade e que resultou no golo do empate. A sua nota saiu prejudicada por isso.
DANIEL BRAGANÇA - 3 - Era jogo para poder brilhar com a braçadeira de capitão no braço e mostrar toda a sua qualidade, mas raramente se viu. Só mesmo naquele tiraço que levava o selo para um grande golo em que o guarda-redes (grande exibição) do Varzim lhe negou com a defesa mais espectacular da noite. Foi sem dúvida um dos momentos mais altos do jogo. Estranhamente, teve pouca bola e também não a procurou.
MATHEUS NUNES - 3.5 - Correu quilómetros na primeira parte na tentativa de ajudar a equipa a resolver cedo o jogo. Teve excelente oportunidade para inaugurar o marcador mas o inspiradíssimo Ismael não o permitiu com uma espantosa defesa. Com o desgaste foi naturalmente perdendo a intensidade. As entradas de Pote e Sarabia deram-lhe novo ânimo para a ligação aos colegas da frente.
TABATA - 2 - Nunca conseguiu desequilibrar nem vencer nos duelos, foi aposta falhada sem efeitos práticos nas poucas iniciativas que protagonizou. Tardia a sua substituição que já se pedia; saiu aos 66' para dar o lugar a Sarabia.
JOVANE CABRAL - 3 - Saiu lesionado com torção no joelho, depois de escorregar no excesso de areia que um deplorável relvado apresenta em algumas zonas do campo. Estava a ter uma exibição inconstante, com pouco protagonismo. Marcou um livre ao seu jeito ( é a sua grande praia) levando a bola a bater na barra sem hipótese de defesa.
PAULINHO - 2 - Totalmente ausente do jogo, foi invisível em quase todos os 90 minutos, claramente o elemento da equipa que menos produziu. Após um bom trabalho de Sarabia pelo lado esquerdo, quase que fazia um golo de belo efeito de calcanhar, a bola sobrou para o Pote que não falhou para inaugurar o marcador.
PABLO SARABIA - 3.5 - Foi decisiva a sua entrada, notou-se de imediato a melhoria da qualidade que trouxe à equipa na fase derradeira da partida, numa excelente iniciativa em que ganhou espaço já dentro da área dos poveiros, cruzou uma bola que acabou por sobrar para o Pote que não desperdiçou para o primeiro golo do jogo.
PEDRO PORRO - 3.5 - Entrou para os 25' finais ainda com o resultado empatado a zero e mexeu com o jogo; destemido nos duelos ajudou a empurrar o Varzim ainda mais para a sua grande área. Decisivo no resultado final no lance em que sofreu a grande penalidade e que deu a vitória à equipa ao cair do pano.
LUÍS NETO - 2.5 - Fica para a história da sua carreira os dez minutos que jogou contra o clube onde tudo começou para ele. O treinador sabia da importância que tinha este jogo para o Luís Neto. Ainda foi a tempo de cortar um cruzamento em que a bola ia direitinha para a cabeça de um adversário à boca da baliza do João Virgínia.
RÚBEN AMORIM - 4.5 - É sempre missão complicada voltar a impulsionar os jogadores, após paragem para os jogos das selecções. Esperava um desafio menos complicado e optou por apresentar a equipa que uns dias antes tinha feito um belo jogo-treino contra o Estoril. No entanto, as coisas pareciam querer complicar-se e sentiu a necessidade de lançar a cavalaria para resolver a contenda. E... já são nove vitórias consecutivas.
ANTÓNIO BARBOSA - 3.5 - Jogou com as armas limitadas que tem. Com um já esperado bloco médio baixo, tentou explorar os contra-ataques que chegaram à área do Sporting com algum perigo. O adversário tinha outros argumentos que fizeram a diferença. Ficou a boa imagem de uma equipa que se esforçou até ao final. Teve também um guarda-redes inspiradíssimo que ajudou a equilibrar momentos do jogo.
ANDRÉ NARCISO (Árbitro) - 3 - Usou a lei da compensação, quando entendia que errava, compensava o adversário depois. Geriu o jogo de forma sofrível tecnicamente. Nos lances de grande penalidade precipitou-se mas foi coerente, ou marcava os dois ou não marcava nenhum.
VAR - Esta fase da competição ainda não tem o VAR. O motivo é porque há equipas dos escalões secundários em prova que não têm condições nos seus estádios para montar o sistema das câmaras.
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