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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Casa Pia da 5.ª eliminatória da Taça de Portugal, que resultou numa vitória do Sporting por 2-1. Golos de Sebastián Coates (33') e Pablo Sarabia (58').
Uma entrada de pantufas em ritmo de treino natalício, ofereceu o primeiro golo do jogo ao Casa Pia no único remate enquadrado que fez à baliza do Sporting. A equipa só na segunda parte decidiu impor outro ritmo na partida na busca da remontada, que com toda a justiça foi alcançada num estoiro do Sarabia com a bola a bater estrondosamente na barra e a atravessar a linha de golo. Terceiro jogo seguido com expulsão, obrigando a equipa a jogar em inferioridade numérica nos 20 minutos finais contra uma equipa da Liga secundária mas que se apresentou sempre bem organizada e raramente se deixou desmantelar.
DESTAQUE - PABLO SARABIA - 4 - O elemento mais regular da equipa nos 90+7', levou sempre o jogo a sério, com iniciativas de lances positivos, acabou por ser ele a resolver o jogo marcando o golo da vitória e que resultou num golazo de VAR.
JOÃO VIRGÍNIA - 3 - O adversário só conseguiu acertar na sua baliza no lance que deu golo. Tem que treinar o jogo de pés onde mostrou muita hesitação comprometedora e que resolvia com o tradicional chutão.
RICARDO ESGAIO - 2.5 - Jogo muito discreto, entrou amolecido na partida e não teve reacção a fechar as suas costas no lance em que nasceu o golo do Casa Pia.
GONÇALO INÁCIO - 2.5 - Jogou lento e desconcentrado, mostrou desconforto em toda a partida, o que surpreendeu.
SEBASTIÁN COATES (CAP) - 3 - Também não fez um bom jogo, foi estranho vê-lo a andar aos papéis em alguns lances. Marcou o seu golo habitual, o do empate, após um canto bem medido por Tabata.
MATHEUS REIS - 3.5 - Voltou a ser o melhor elemento da defesa e o que mais vezes participou na construção de jogo ofensivo. Sempre muito activo nas dobras ao Nazinho e assertivo no passe.
NAZINHO - 2.5 - Procurou sempre o passe seguro, invariavelmente prematuro; tem medo de arriscar mas vai chegar o dia em que vai ter que o fazer, porque desta forma fica aquém. Deixa-se ainda controlar com facilidade pelos opositores.
JOÃO PALHINHA - 3 - Depois da paragem procura voltar ao seu ritmo, jogou a fogachos. Ainda não conseguiu voltar a ligar o turbo.
DANIEL BRAGANÇA - 4 - Exibição muito semelhante à de Pablo Sarabia; as melhores iniciativas na primeira parte foram dele, jogou e fez jogar e ainda foi tentar a sua sorte com dois bons remates à baliza do adversário. Foi empurrado na área adversária e que o VAR não quis ver. Merecia ter marcado. Aparece mais guerreiro nos lances divididos com uma fibra que ainda não lhe tínhamos reconhecido.
BRUNO TABATA - 2.5 - Exibição muito intermitente, melhor quando passou para o lado esquerdo após a entrada do Paulinho. Executou um bom pontapé de canto que resultou no golo do empate. Foi infeliz na expulsão, quis proteger a bola e acabou por cravar os pitões da bota na perna do adversário, um lance que lhe roubou a nota positiva.
PEDRO GONÇALVES - 2.5 - Quase que não se deu por ele na primeira parte, deve ter ouvido do treinador ou do capitão ao intervalo. Voltou no segundo tempo mais rápido e já deu uma amostra do que melhor sabe fazer. A entrada do Paulinho também o ajudou. Fez um remate a tirar tinta ao poste e num outro lance quase que metia a bola dentro da baliza num arco perfeito. Mostrou um ar de enfadado na hora da sua substituição, desiludido consigo próprio provavelmente.
PAULINHO - 3.5 - Entrou logo no início da segunda parte e tudo "aquilo" lá na frente transformou-se para muito melhor. O Casa Pia percebeu então que era a hora de recuar e passou a defender-se como podia. Teve lances com passes geniais, Poucos no futebol português sabem receber a bola e rodar como ele.
NUNO SANTOS - 2.5 - Ficou amuado por não ter sido titular?... Não se deu muito ao jogo, embora também seja verdade que este infrequentemente passou pelo seu flanco. Depois em superioridade numérica o adversário acreditou que podia ser atrevido e o Nuno optou por ficar mais posicional no fecho.
MATHEUS NUNES - 2.5 - Foi esticar as pernas, estava frio e a chover, deu jeito, pouco mais do que isso conseguiu fazer.
MANUEL UGARTE - 2.5 - Entrou com a equipa em inferioridade numérica e melhor prevenir que remediar, optou também pela sua posição mais fixa sem riscos. O adversário percebeu que só chutando pelo ar para a confusão poderia chegar mais perto da área do Sporting.
RÚBEN AMORIM - 4.5 - Continua a excelente série de jogos a ganhar, uma das melhores de sempre na história do Sporting. O arrojo ofensivo inicial que o Casa Pia demonstrou foi mais consentido do que por próprio mérito. A equipa entrou com pouca velocidade e sem intensidade, em ritmo de passeio e só ao intervalo podia intervir para mudar-lhes o chip avariado e foi o que fez com a entrada do Paulinho. Prepara-se para passar o Natal de cadeirinha; em primeiro lugar no campeonato, nos oitavos-de-final da Champions League, na Final Four da Taça da Liga e agora apurado para a próxima eliminatória da Taça de Portugal, é obra sim senhor.
FILIPE MARTINS - 3.5 - Deixou boa imagem, uma equipa bem organizada com alguns elementos a mostrarem alguma qualidade, é também uma equipa difícil de bater. Dentro do que o Sporting permitiu na primeira parte não se fizeram rogados e até pareciam que estavam a acreditar num milagre. Depois a lei do mais forte prevaleceu.
RUI COSTA (Árbitro) - 2.5 - Nunca gostou nem nunca gostará do Sporting é de família, fica-lhe difícil ser imparcial, sempre que pode dá a ferroadela. Mas este Sporting tem-se mostrado imune a todos eles. Lá vão tentando a sua sorte mas esta equipa é deveras difícil de derrubar. Sobre os lances já nem vale a pena descrever as asneiras, todos viram.
FÁBIO MELO (VAR) - 1 - Ficámos deveras surpreendidos que afinal havia VAR, quando o árbitro parou o jogo para se analisar se no remate do Sarabia a bola tinha entrado ou não. "Que paso"???... Na primeira parte dois penáltis cristalinos passaram em claro. Quiçá o Fábio Melo atrasou-se a chegar à Cidade do Futebol devido à chuva e não estava ainda lá, no seu posto, não encontramos outra explicação.
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