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As Notas de Julius 2021/22 (29)

Julius Coelho, em 08.01.22

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Santa Clara da 17ª. jornada da Liga BWIN, que resultou na primeira derrota da época do Sporting por 3-2. Golos de João Palhinha (10') e Pablo Sarabia (50').

Inesperado fiasco da equipa no jogo nos Açores. A maioria dos jogadores apresentou-se após as férias natalícias com um rendimento muito apático contra um Santa Clara mais concentrado e organizado, que com um raro índice de aproveitamento dos nove remates que fez - cinco enquadrados - marcou três golos à melhor defesa da Liga. Uma primeira parte excessivamente lenta, sem a dinâmica que é a sua principal imagem de marca, deu claros indícios de uma noite que se revelaria desastrosa. Rúben Amorim terá que fazer uma reflexão para tentar perceber porque motivo a equipa sofreu 5 golos em dois jogos consecutivos e vê quatro jogadores expulsos em quatro partidas. 

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DESTAQUE - PABLO SARABIA - 3.5 - Voltou a ser o mais esclarecido da equipa, viu-se que se cuidou durante as férias. Igual a si próprio, foi o que mais incomodou a defesa do adversário rompendo por diversas vezes as suas linhas.Marcou um golo de belo efeito após assistência de Pote e teve nos pés o 3-2 obrigando o Marco Rocha a defesa de recurso.

ANTONIO ADÁN - 2 - Noite muito ingrata para o guarda redes-espanhol que não teve lances para brilhar e ainda sofreu três golos muito consentidos pela defesa. Faltaram os usuais gritos de guerra para cerrrar as fileiras e deixou-se envolver pela ineficácia geral dos colegas à sua frente.

RICARDO ESGAIO - 1 - Noite para esquecer, entre o corpo e a cabeça um deles não esteve nos Açores. Bloqueou no primeiro golo dos açorianos e ainda juntou junto uma mão cheia de más decisões e desacertos; pedia-se a sua substituição ao intervalo. 

LUÍS NETO1 - Voltou à equipa após os dois jogos de castigo e deu para perceber que não recuperou a sua forma. Mentalmente apagado, sem dinâmica, foi sempre menos um na equipa. 

SEBASTIÁN COATES - 1 - Fez o pior jogo destas duas épocas; irreconhecível, voltou a ser o Coates pesadão do passado. Lento a pensar e a executar, desiludiu quando a equipa mais o necessitava dele, dada a ausência do general Rúben Amorim. Nunca deu o murro que se exigia e participou no descalabro dos três golos sofridos. As férias fizeram-lhe muito mal!

MATHEUS REIS - 3 - O melhor na defesa, viu os colegas em apertos e tentou lá ir ao outro lado por várias vezes ajudar mas não deu para mais. Foi uma pequena ilha naquele enorme deserto à frente do guarda-redes. Na tentativa de ajudar os colegas da frente, nunca conseguiu acrescentar qualidade.

NUNO SANTOS - 2 - Pareceu adormecido durante a maior parte da partida e pouco ou nada acrescentou. Passou ao lado do jogo, cruzamentos sempre inconsequentes e várias decisões desajustadas e precipitadas.

JOÃO PALHINHA - 2.5 - Dos que melhor começou o jogo na dinâmica e intensidade. Marcou um grande golo, o primeiro do jogo, mas depois foi "desaparecendo". Está ligado ao segundo golo do Santa Clara; precipitou-se num carrinho que falhou e com isso ficou fora da jogada, abrindo a via verde ao 'açoriano'.

MATHEUS NUNES - 3 - Foi dos melhores elementos da equipa numa noite em que a maioria dos colegas não fez a parte que lhes pertencia. Tentou empurrar a equipa para a frente e ligar o jogo, mas faltou-lhe sempre mais e melhores apoios.

PEDRO GONÇALVES - 2.5 - Uma sombra do jogador que todos tanto admiram, nada lhe saiu bem, displicente nas vezes que teve oportunidade de rematar à baliza do Marco. Nunca acertou a força e direcção a dar à bola, tem responsabilidades no mau resultado da equipa. Verdade que fez duas excelentes assistências, para o remate vitorioso do Sarabia e para a perdida escandalosa do Paulinho, no que seria o terceiro golo.

PAULINHO -  1 - A noite de Sevilha e o fumo da chicha ainda não se dissiparam à frente dos seus olhos. Falhar aquele golo que daria o empate vai ficar para a história e que irá juntar ao já vasto números de grandes falhanços que já teve neste campeonato. A verdade é que desta vez a equipa perdeu os preciosos três pontos, que podem vir a ser decisivos no final.

TABATA - 1 - Substituição falhada, não sabemos até que ponto teria sido preferível tê-lo enviado para Espanha em vez do Gonzalo Plata. Não nos recordamos de um único lance em que tenha feito a diferença. A equipa necessita de muito mais do que ele normalmemte oferece.

DANIEL BRAGANÇA - 1 - Entrou demasiado tarde no jogo mas ainda a tempo de ser expulso e já é a quarta expulsão nos últimos jogos. É altura de reflexão para dar um travão nestas incidências que tanto prejudicam a equipa e os resultados que se querem positivos.

RÚBEN AMORIM - 2 - Não tem culpa de ser vítima da Covid-19 e por essa razão não ter estado a comandar os rapazes na viagem aos Açores, mas a equipa perdeu e pouco fez para ganhar. Não mostrou dinâmica nem agressividade, mentalmente os jogadores não foram bem preparados após as férias e depois aquele par de jarras que tem como assistentes também não ajudaram em nada. Uma primeira parte a jogarem devagar, devagarinho e parados e o Carlos Fernandes, impávido e sereno de braços cruzados a olhar para, sabe-se-lá para onde, bom, é adjunto, estará explicado.

TIAGO SOUSA - 4 - Teve a sorte de ter apanhado o pior Sporting das últimas duas épocas e aproveitou a oferta atrasada do Natal da melhor forma. Explorou ao máximo a falta de agressividade defensiva do Sporting e com um índice elevado de aproveitamentos facturou os três golos da vitória histórica do Santa Clara ao campeão Sporting.

RUI COSTA (Árbitro) - 3 - Tudo estava destinado a dar azar na noite e não seria com o árbitro Rui Costa que as coisas poderiam mudar, verdade seja dita. Não foi pelo árbitro que o Sporting perdeu o jogo e seria de todo injusto analisar os seus erros, que os teve, como desculpa. 

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LUÍS FERREIRA (VAR) - 3 - O único lance de grande dúvida é o da expulsão, verdade que o Daniel se colocou a jeito mas fica a ideia de uma decisão muito exagerada quando o cartão amarelo seria mais adequado.

publicado às 02:18

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69 comentários

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De Julius Coelho a 08.01.2022 às 07:23

A situação do Paulinho é simples, teve o direito de passar o fim de ano onde lhe deu na gana, não vou dizer que gostei de o ver a fumar chicha, mas atirei para canto, de momento que depois desse tudo o que tem e não tem em campo como sempre o fez. O treinador deve-lhe ter dito o mesmo, tudo bem mas no campo tens que responder. E apareceu cansado nos Açores, fisicamente e mentalmente, o jogo correu mal e desperdiçaram 3 preciosos pontos, tem que ser criticado, falhou.
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De Julius Coelho a 08.01.2022 às 07:32

Os adjuntos foram na minha opinião também responsáveis pela falta de dinâmica no jogo, viam o Coates a parar o jogo na primeira parte, ele próprio a bloquear a dinâmica e via-se o adjunto sem reação de braços cruzados como se estivesse tudo bem, os jogadores sentem isso.

Na segunda parte tentaram aparecer diferentes mais rápidos devem ter levado nas orelhas do Rúben no balneário via telemóvel, fizeram o segundo golo mas uma enxurrada de erros e deixaram o adversário fazer o empate na jogada seguinte, depois necessitaram de outra "actividade" no banco para os manter focados e dinamizados e o adjunto lá estava parado, faltou ordem e comando.
O primeiro golo do Santa Clara é de bradar aos céus, nem nos iniciados, revejam as imagens.
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De Julius Coelho a 08.01.2022 às 07:36

Por último a arbitragem, é um facto que o Rui Costa foi conivente nas faltinhas consecutivas dos jogadores do Santa clara que pararam dessa forma muitas iniciativas do Sporting, retardou ao máximo amarelar os açorianos mas os nossos jogadores actuaram bem pior como que merecendo o castigo que tiveram.
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De Rui Gomes a 08.01.2022 às 10:26

Caro amigo Julius,

Ninguém refuta o mau jogo da equipa. Isso não é a questão.

Tal como a equipa no jogo, o Julius foi infeliz com partes do post. Não retiro uma vírgula do que disse.

Escreveu muito na resposta que me deu, mas sem justificar coisa alguma relativamente ao que escrevi.

Há aqui alguns, a exemplo do Greenhill, que vêm a correr a concordar com o Julius porque são sempre negativos, e que melhor ocasião para o ser que o jogo de ontem.

Vou ficar por aqui e deixá-lo responder aos leitores.
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De Vasco a 09.01.2022 às 00:42

Alguns dos jogadores que estamos aqui a criticar estiveram infetados há pouco tempo. Não estou a usar isto como uma desculpara para a derrota, mas o baixo rendimento deles pode estar relacionado.
Concordo com o que o Rui diz relativamente aos adjuntos, mas notou-se a falta do Ruben no banco. Tanto na parte de deixar escapar duas vantagens, como na parte de acreditar que ainda se empata e com sorte se dá a volta ao resultado.
Ninguém ganha sempre, há que meter os pés na terra e lutar jogo a jogo.
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De Leão de Cascais a 09.01.2022 às 08:17

Caro Julius,

Compreendo o seu sentimento de adepto desapontado perante a derrota inesperada do Sporting nos Açores, mas discordo que atribua o sub-rendimento de Paulinho por ter gozado a passagem de ano em Sevilha e por ter fumado chicha no calor da festa!

O jogo ocorreu sensivelmente uma semana mais tarde, com tempo bastante para a retoma das rotinas habituais. Nessa linha de pensamento, então todos estavam cansados por terem tido 3 dias de folga, com ou sem chicha, com ou sem bailaricos!

Eu não sei explicar o que aconteceu para justificar a quebra de rendimento, que efetivamente foi notório, mas dramatizar por uma derrota com diferença mínima não é a atitude mais acertada. Tenho lido tantas opiniões e se não tivesse visto o jogo, pensaria que o Sporting teria perdido por dez bolas a zero!
O hiperbolismo não é bom aliado!

Se o Paulinho tivesse marcado ao cair do pano, ninguém se atreveria a atirar tantas pedras! Foi um dia não para a equipa, acontece aos melhores.
Alguns tubarões europeus tiveram maus resultados e não vi tanto drama.

Perder faz parte e frequentemente é um despertador de consciências!

Para terminar, atribuir nota 2 ao treinador Rúben ausente com Covid é inaceitável!
No seu lugar, daria a nota à equipa técnica num todo!
Houve uma certa displicência na parte das substituições que pecaram por tardias!

A meu ver a ausência do treinador mexeu com a equipa ou em tom mais descontraído, terá sido a bruxa do Porto a fazer algo?

Com toda a consideração por si e pelo blog,
abraço de leão para leão!
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De Julius Coelho a 09.01.2022 às 10:04

Bom dia caro Leão de Cascais,

Primeiro não retiro uma vírgula do que escrevi porque sei muito bem porque o fiz, até pretendi que os jogadores o lessem, por isso fi-lo propositadamente.

Sei perfeitamente que a má exibição do Paulinho nada teve a ver com o fumo da chicha mas pretendi deixar a mensagem da hora do conhaque e da hora do trabalho e aí não responderam como deviam na última.
Acontece? claro que acontece e poderá acontecer mais vezes mas a missão do adepto é esta mesmo, criticar quando é a hora e elogiar de igual forma.
Não gostei de ver o sub-rendimento de muitos dos nossos jogadores e gostei de ver que alguns mas poucos cuidaram-se nas mini -ferias e apresentaram-se com a energia que se exigia.
Os jogadores profissionais abraçaram uma carreira repleta de condicionantes e eles sabem disso e quando se veste uma camisola de um Sporting campeão a lutar pela revalidação de um título aumentam ainda mais.
Ok, falharam mas não vamos branquear, vamos dizer-lhes que falharam como as tantas vezes lhe dizemos que acertaram o céu.

Não atribuí nota 2 exclusivamente ao Rúben que estava ausente, naquele ponto a nota é sempre dada á equipa técnica responsável do grupo esteja ausente ou não o seu responsável máximo, é ao treinador que dou a nota.
Sabemos que o Carlos Fernandes estava em contacto permanente com o Rúben durante toda a partida, criticam as substituições, é sempre o elemento mais fácil de criticar para o adepto, eu critico muito mais as inúmeras pausas que os centrais provocavam no jogo perante a apatia do banco, pausas que cortaram a dinâmica a toda a equipa e critiquei a falta de correção que um banco atento tem que fazer sempre em momentos do jogo e que precipitaram as incidências dos 2 primeiros golos do Santa Clara que facilmente podiam ter sido evitados, depois o o Esgaio e o Neto é que pagaram as favas sozinhos.

Também escrevi que estou convicto que com a presença do Rúben muito provavelmente não tínhamos perdido o jogo, pelo menos aqueles 2 primeiros golos não teriam entrado, ele corrigia o momento de ação porque se dava conta do erro e de todo não deixaria o Coates e o Neto abusarem daqueles compassos de espera quando com a bola no pé.

Fui genuíno na crítica como o sou no elogio.

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