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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Leça para os quartos de final da Taça de Portugal, que resultou numa vitória do Sporting por 4-0. Golos de Tabata (12' e 80'), Matheus Nunes (31') e Nuno Santos (90'+3).
E quem pagou as favas foi o Leça, jogo sem história em que a intensidade e a dinâmica marcaram a diferença do mais forte. A partida foi disputada a maior parte do tempo junto à área do Leça, que nunca apresentou argumentos para discutir a eliminatória. De registar o retorno à equipa do marroquino Feddal e de Rúben Vinagre depois de longa ausência, ambos em bom plano na goleada que carimbou a passagem do Sporting às meias- finais da Taça de Portugal.
DESTAQUE - BRUNO TABATA - 4 - Sempre muito activo a querer mostrar que pode ser útil à equipa. Marcou dois golos, assistiu no golo de Matheus Nunes e ainda obrigou o guarda-redes do Leça à defesa da noite depois de um excelente remate em arco. Ajudou a defesa nas raras vezes que o Leça chegou à área do Sporting. O jovem brasileiro mereceu o destaque, pena que as suas exibições sejam sempre muito irregulares.
JOÃO VIRGÍNIA - 3 - Tem à sua frente todavia uma montanha para escalar, a bola no pé e os cruzamentos não são a sua praia, complicou e andou aos papeis. Hoje chumbou no teste contra um adversário que nem o testou verdadeiramente. Não transmite confiança à defesa.
ZOUHAIR FEDDAL - 3.5 - Saúda-se a sua recuperação da lesão, apesar das gritantes fragilidades do adversário não facilitou e brilhou com cortes de qualidade mostrando agilidade e concentração. Ganhou todos os duelos pelo ar e viu uma bola a ser salva em cima da linha de golo depois de a cabecear para a baliza do Gustavo Galil que já estava fora do lance.
LUÍS NETO (CAP) - 2.5 - Não está bem, clara falta de confiança, voltou a ser muito pobre com a bola no pé, vários cortes de carrinho falhados aos pés do adversário que lhe custaram um amarelo. Perante um opositor fraco e sem grande velocidade nunca conseguiu marcar a diferença e impor-se como devia.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Regresso à equipa sem grande brilho, exibição modesta a ritmo moderado, alguns passes falhados junto à área que podiam ter comprometido. Foi melhorando a sua produção com o decorrer do jogo e na segunda parte mais confiante acertou melhor o posicionamento com o Feddal e executou com êxito alguns dos seus conhecidos lançamentos.
RICARDO ESGAIO - 3.5 - Não podia falhar de novo e não falhou. Fez uma partida positiva e foi dos que mais tentou romper as linhas sempre muito juntas do Leça com passes a rasgar e com constantes cruzamentos, acabou por executar uma primorosa assistência para o segundo golo de Tabata e terceiro da equipa. Pouco depois foi substituído e recebeu o carinho dos adeptos.
MANUEL UGARTE - 3.5 - O jovem uruguaio não sabe jogar mal, falta-lhe o clique para explodir para outro patamar, é muito forte fisicamente, tem técnica, lê bem o jogo, assertivo no passe e nas decisões, vai explodir. Foi brilhante no lance do segundo golo, depois de ganhar o duelo com garra no meio de 3 adversários lança o Tabata que desmarca o Matheus Nunes que depois fuzilou o Galil.
MATHEUS NUNES - 3.5 - Já não se consegue imaginar esta equipa do Sporting sem o brasileiro, é a arte pura em directo, inventa espaços e carrega a equipa, é um diamante que cresce semana após semana. Fez uma exibição irregular mas as vezes que pegou na bola fez a diferença. Marcou o segundo da equipa depois de fuzilar o guarda-redes do Leça.
RÚBEN VINAGRE - 3 - Também voltou após de lesão prolongada, mostrou vontade de fazer um bom jogo mas nem sempre as coisas lhe saíram bem, teve pela frente um adversário que metia toda a equipa junto da sua área diminuindo muito os espaços, a defender resolveu sempre os problemas. Fez uma assistência inesperada para o 4º golo, cruzou e a bola teve um desvio caindo depois redondinha na cabeça do Nuno Santos.
NUNO SANTOS - 3 - Exibição irregular mas mostrou raça e muito querer em dar uma imagem diferente da que deu nos Açores, foi mais assertivo nas decisões. Com um cruzamento de letra quase que oferece o golo ao Tabata e acaba a fechar a contagem do marcador com um golo de cabeça à boca da baliza aproveitando o cruzamento imprevisto após um ressalto.
TIAGO TOMÁS - 2.5 - O Muchacho continua longe das exibições da época passada, entrou a todo o gaz mas voltou a atrapalhar-se com a bola no pé, muito lutador e agressivo mas raramente levou a melhor nos duelos, não tem conseguido ser uma alternativa ao ponta de lança.
GONÇALO ESTEVES - 2 - Entrou já ao cair do pano com os jogadores do Leça já a pedirem pelo fim do jogo, mostrou mobilidade e a sua característica conhecida de ir para cima dos defesas adversários sem medo e com personalidade. É o terceiro na hierarquia, vai ter que esperar sempre pela sua vez.
PAULINHO - 2 - Poucos minutos no relvado não foi tempo suficiente para brilhar. Só mesmo para o banho.
RÚBEN AMORIM- 4 - Com ele a comandar a equipa é outra coisa, os próprios jogadores sentem a diferença e não ousam facilitar, com ele ali a olhar para eles andam sempre a 200. Voltam a intensidade e a dinâmica, os elementos base que fazem a grande diferença nesta equipa. Está sempre atento a tudo e reage naturalmente a corrigir imediatamente. Está nas meias finais da taça de Portugal e bem vivo em todas as restantes competições.
LUÍS PINTO - 2.5 - Equipa sem argumentos para esgrimir a eliminatória com uma equipa muito desfalcada do Sporting, foram quase sempre empurrados para a sua área e raramente de lá saíram, tornou-se por vezes um jogo monótono sem grande interesse, como um treino de cruzamentos. Viveram o seu dia que tanto ansiaram, verdade que são uma equipa com jogadores que trabalham e estudam e isso viu-se no relvado.
MANUEL MOTA (Árbitro) - 3.5 - Jogo fácil de dirigir, sem grande história e sem lances de difícil decisão. Não foi protagonista e é o melhor elogio que se lhe pode dar.
HUGO MIGUEL (VAR) - 3.5 - Um único lance para analisar, o cruzamento do Ricardo Esgaio que deu o 3º golo do Sporting. As linhas decidiram.
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