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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o F.C.Vizela da 18ª. jornada da Liga BWIN, que resultou numa vitória do Sporting por 2-0. Golos de Pedro Gonçalves 28' e Daniel Bragança 42'.
De volta ao trilho das vitórias incontestáveis. A equipa demorou algum tempo no início em se adaptar a um adversário que quis surpreender com as suas linhas subidas, até que o João Palhinha e o Daniel Bragança colocaram ordem no jogo. Os 2 golos marcados ainda na primeira parte apareceram depois com naturalidade. Na segunda parte vimos a equipa mais tranquila e confiante a gerir o ritmo, mantendo sempre a intensidade em alta, principalmente na pressão ao adversário, não o deixando jogar.
DESTAQUE - DANIEL BRAGANÇA - 4.5 - Foi o cérebro e o distribuidor que a equipa necessitava, sempre muito assertivo no passe e na decisão desequilibrou o meio campo adversário, beneficiado pela tranquilidade e protecção que o João Palhinha sempre lhe deu. Pegou no jogo e fez com qualidade a ligação com os colegas da linha da frente. Falta-lhe acreditar que também pode ter chegada.
ANTONIO ADÁN - 4 - Voltou às suas noites tranquilas, não foi chamado uma única vez a intervir com grau de dificuldade elevado.Transmitiu à equipa a segurança do costume.
RICARDO ESGAIO - 4 - Os cruzamentos foram quase sempre desastrados, mas ofereceu uma enorme mobilidade no seu corredor a defender e a atacar, ganhando a esmagadora maioria dos lances que disputou com o adversário. Teve o terceiro golo no pé esquerdo, mas rematou por cima da trave na recepção ao excelente cruzamento do Nuno Santos ao segundo poste.
GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Voltou a demorar algum tempo a entrar no jogo com algumas iniciativas precipitadas. Acertou depois a marcação e a sua produção foi subindo com os minutos e terminou a partida em bom plano, mais rápido a responder e melhor critério na entrega da bola.
SEBASTIÁN COATES - 3.5 - Trabalha para recuperar a sua forma. Um erro quando deixou a bola fugir à sua frente custou-lhe um amarelo muito cedo de Fábio Veríssimo e com isso sentiu-se condicionado a ficar mais posicional e não embarcar para outras aventuras.
MATHEUS REIS - 4.5 - Destacadamente, foi o melhor elemento da defesa, encheu o campo a defender e a sair com a bola, provocando roturas nas linhas do meio campo do Vizela. Parecia estar em todo o lado do relvado. Tem subido em flecha a sua produção e é já um dos imprescindíveis na equipa, seja a central ou a lateral. Impressiona manter -se em alta rotação durante os 90 minutos de jogo. O melhor elogio é que está a ser já o melhor defesa do campeonato até ao momento, não obstante a fase inicial algo tremida.
JOÃO PALHINHA - 4.5 - A sua melhor forma física está quase de volta, apareceu mais rápido nos cortes e na antecipação, muito forte no contacto, manteve sempre um nível elevado na intensidade das suas acções. Foi muito importante na fase mais difícil que a equipa sentiu nos primeiros 20' de jogo. Protegeu sempre as saídas do Daniel para que a equipa mantivesse sempre as linhas bem ligadas.
NUNO SANTOS - 3.5 - A garra com que sempre se entregou ao jogo contagiou os colegas a não baixarem a intensidade, fez o último passe para o golo do Daniel e executa depois um excelente cruzamento que o Ricardo Esgaio não finalizou à boca da baliza. O negativo: podia ter evitado todo aquele sururu que provocou vários amarelos e vermelhos ao banco do Sporting quando se levantaram para o defender.
PABLO SARABIA - 3.5 - Pecou algumas vezes na definição do último passe e em vários lances que podiam ter causado danos ao Vizela e nem sempre tomou as melhores decisões no último terço do terreno. Dito isto, participou nos dois golos da equipa, especialmente na assistência ao excelente golo do Pote.
PEDRO GONÇALVES - 4 - Também parece querer voltar ao seu melhor, mais activo que nos últimos jogos, marcou um excelente golo com o remate no timing que o guarda-redes não esperava. Bem posicionado podia ter marcado em mais duas ocasiões: uma o Pedro Silva fez excelente parada e na outra a bola saiu-lhe por cima da baliza.
PAULINHO - 4 - Foi determinante a enorme luta que travou com a linha defensiva do Vizela. Foi a todas e nunca se encolheu, combinou sempre muito bem nas triangulações com os colegas da frente e com os avanços do Daniel Bragança. Teve uma oportunidade de ouro para marcar ou optar pela assistência e permitiu a defesa do guarda-redes do Vizela.
MANUEL UGARTE - 2.5 - O Palhinha viu um amarelo e Rúben Amorim não quis arriscar, fez entrar de imediato o Ugarte para o seu lugar, era hora de gerir o resultado e fê-lo bem. Muito posicional, jogou mais na expectativa do adversário, não lhe dando espaços no meio campo.
GONÇALO ESTEVES - 2 - Um quarto de hora em jogo para voltar a mostrar o seu usual atrevimento quando surge a possibilidade de se escapar e ir por ali fora a rasgar a defesa adversária.
TABATA - 2 - O resultado estava feito e entrou com missão de contenção. A fechar o pano teve oportunidade para cruzar com perigo mas perdeu tempo e o timing.
MATHEUS NUNES - 2 - Não chegou a aquecer para o banho.
TIAGO TOMÁS - 2 - Entrou nos derradeiros 5 minutos de jogo.
RÚBEN AMORIM - 5 - Equipa muitíssimo focada e de volta ao trilho das vitórias sem contestação. Teve uma entrada algo morna no jogo até a casa das máquinas aquecer bem, a partir daí os motores mantiveram-se sempre ligados em alta rotação e fizeram a natural diferença perante um adversário de rotação mais limitada. Objectivo cumprido com competência.
ÁLVARO PACHECO - 3 - A sua estratégia ficou clara: entrar a todo o gás na tentativa de marcar primeiro. A pressão muito alta iria provocar consequências mais tarde como se veio a verificar. Com o decorrer do tempo foram caindo, enquanto viam o Sporting a tomar totalmente conta do jogo com naturalidade.
FÁBIO VERÍSSIMO - 4 - No erro do Coates não podia ter tomado outra decisão perante o amarelo que lhe mostrou, já no lance do Palhinha precipitou-se, pois no limite nem falta foi. De resto, dirigiu bem o jogo no capítulo técnico. Não é dos árbitros a quem o Sporting colocou a cabeça a prémio faz tempo.
ANTÓNIO NOBRE - 4 - Sem lances de dificuldade para ajuizar não se meteu a complicar. O lance do Paulinho dentro da área do Vizela é uma disputa legal e em simultâneo dos 2 jogadores.
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