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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com S.C. Braga da 19ª. jornada da Liga BWIN, que resultou numa derrota do Sporting por 2-1. Golo de Pedro Gonçalves 24'.
Um chorrilho de erros individuais (os centrais estiveram irreconhecíveis) na segunda parte e com isso ofereceram uma vitória inesperada, caída do céu, ao adversário. Após um domínio absoluto durante os primeiros 45 minutos de jogo, a equipa descontrolou-se emocionalmente com o golo do empate do Braga, perdeu o controle dos timings do passe e das movimentações, muito pela precipitação em querer jogar depressa, faltou depois serenidade e maior concentração nas várias oportunidades flagrantes que tiveram e que dariam certamente a vitória. Um início do ano de todo imprevisto e que já somam duas derrotas com os consequentes 6 pontos perdidos na Liga. É hora de reunir toda a gente.
DESTAQUE - BRUNO TABATA - 3.5 - Com a queda emocional a pique da equipa após o golo do Braga, a entrada do Bruno Tabata trouxe alguma esperança de chegarem de novo à vantagem. Entre tanto desacerto e precipitação foi o que melhor definiu, empurrando e carregando a equipa para a frente, ganhou sempre o espaço para cruzar ou para o passe a rasgar entre as linhas do Braga.
ANTONIO ADÁN - 3 - A noite desastrada dos centrais afectou a sua usual tranquilidade. Não esteve tão seguro nem assertivo no jogo de pés e no segundo golo do SC Braga pareceu demasiado descaído para a direita e por isso chegou tarde; também não acreditou que o avançado iria rematar dali.
RICARDO ESGAIO - 3 - Fez uma boa primeira parte, principalmente no plano táctico, mas contra uma equipa como o SC Braga não pode existir tanto espaço entre ele e o Gonçalo Inácio no corredor. Na segunda parte enervou-se e precipitou muito as suas decisões.
GONÇALO INÁCIO - 1 - Temos escrito que está fora de forma. Quando o Braga subiu as linhas logo a abrir a segunda parte, entrou numa espiral de erros que não se compreende, lento a recuperar bolas que já estavam na sua zona de domínio, desastrado a construir e no passe, muito desconcentrado na leitura dos lances. Está a passar uma péssima fase.
SEBASTIÁN COATES - 1 - Já indicámos várias vezes que o capitão entrou neste novo ano muito desalinhado das exibições que têm sido a sua grande marca. A maior parte do jogo de construção passa pelos seus pés, raramente acertou com os lançamentos largos e baixou excessivamente o ritmo. Depois, aquele erro inacreditável que levou ao lance do penálti e que acabou por afundar equipa. No momento que ela tanto necessitava de comando para voltar a assentar o seu jogo, não esteve lá.
ZOUHAIR FEDDAL - 2 - O menos culpado do desastre da defesa, mas também mostrou demasiada lentidão com a bola nos pés a construir, acabou por ser o primeiro sacrificado substituído por Bruno Tabata.
MATHEUS REIS - 2 - O jogo menos conseguido das últimas semanas, esteve ligado ao momento do penálti, devia ter tido outra abordagem na leitura do lance. Depois deixou-se contagiar pela lentidão dos colegas da defesa na fase de construção. Logo a seguir ao golo do empate do Braga, ofereceu de bandeja uma bola para golo que o Paulinho esbanjou.
JOÃO PALHINHA - 3 - Fez uma boa primeira parte, cortando todas as investidas do adversário, mas surpreendeu bastante o nervosismo que apresentou e transmitiu à equipa logo após o golo do empate do Braga. Precipitado e fora do timing nos cortes e no passe, querendo fazer tudo muito depressa. Caiu a pique na segunda período, até ser substituído pelo Ugarte.
MATHEUS NUNES - 3.5 - Uma primeira parte em que encheu o campo, previa-se que seria mais uma daquelas noites para recordar, executou passes mágicos teleguiados com um deles a colocar a bola redondinha na frente do Pote para o primeiro golo do jogo. Depois, deixou-se também afundar na segunda parte, perdendo o tino da leitura do jogo. Meteu-se nas confusões com investidas com bola mas sempre muito atabalhoadas, caiu no engodo do jogo físico que o adversário queria.
PABLO SARABIA - 2 - Seguramente o jogo menos conseguido do extremo espanhol desde que chegou a Alvalade. Esteve invariavelmente eclipsado no meio das linhas defensivas do adversário, errando frequentemente nas decisões que tomou. Pedia-se a sua substituição mais cedo. Desinspiradíssimo.
PEDRO GONÇALVES - 3.5 - Excelente primeira parte, sempre muito disponível nas linhas de passe e construiu espaços de desequilibro nas linhas da defesa do Braga. Pensou-se que iria disputar o destaque do jogo com o Matheus Nunes, marcou o primeiro golo do jogo, podia e devia ter resolvido os problemas da equipa no momento quando esta perdeu a confiança, teve duas oportunidades soberanas na cara do guarda-redes do Braga para dar a vitória ao Sporting, em ambas permitiu a defesa do Matheus.
PAULINHO - 2.5 - O perdulário, um cruzamento de régua e esquadro de Matheus Reis que cabeceou a tirar a tinta ao poste, o guarda-redes nem se mexeu. Um lance praticamente a seguir ao golo do empate do Braga e que traria de novo a confiança à equipa. Depois voltou a falhar o golo que seria o do empate num remate ao lado do poste.
MANUEL UGARTE - 1.5 - Desta vez não entrou muito bem no jogo, não acertou um passe, também contaminado pela precipitação, não meteu a água na fervura que se lhe pedia. Foi opção falhada, nem defendeu bem e ajudou pior os colegas no ataque.
JOVANE CABRAL - 1.5 - De todos o menos culpado por a equipa não ter conseguido o golo que impediria a derrota. Saúda-se o seu regresso mas no jogo nada fez que acrescentasse, muito fora de órbita. Era o Daniel Bragança que o jogo pedia.
RÚBEN AMORIM - 3 - Viu chegar ao fim uma bonita e longa série de vitórias em casa, um jogo muito inglório porque tiveram oportunidades suficientes para assegurarem os três pontos. Têm que voltar a treinar com muito mais afinco a definição frente à baliza, nas zonas de remate. Não foi muito feliz com as substituições, salvo o Bruno Tabata. Quando o SC Braga empatou e viu a equipa perder confiança e precipitar-se, devia ter feito entrar o Daniel Bragança, ele sabe manter a frieza dos seus bons passes e está a passar por um bom momento de forma, foi o maior pecado que cometeu.
CARLOS CARVALHAL - 4 - Finalmente ganhou o seu dia de festa, têm carradas de razões para festejar, ganharam ao campeão, ganharam a uma grande equipa. O Sporting pôs-se a jeito e aproveitaram da melhor forma a noite desastrada da defesa leonina, depois a sorte e a ineficácia dos avançados do Sporting ajudaram para a festa. Um triunfo bem caídinho do céu.
HUGO MIGUEL (Árbitro) - 3 - Tecnicamente muito implicativo, a apitar a tudo o que mexia, prejudicou com isso bastante a dinâmica que o Sporting tentava colocar no jogo na procura do golo da vitória, beneficiando muito mais os bracarenses. No lance do penálti foi chamado pelo VAR. Disciplinarmente teve decisões mais justas e acertadas.
JOÃO PINHEIRO - 3 - O lance do penálti deixa muitas dúvidas na intensidade, mas em outra zona do campo seria falta, por isso...
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