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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Santa Clara para as meias-finais da Taça da Liga que se realizou em Leiria, que resultou numa vitória do Sporting por 2-1. Auto golo de Mikel Villanueva (40') e Pablo Sarabia (65')gp.
Um jogo longe da perfeição, mas o suficiente para carimbar a presença na segunda final consecutiva da Taça da Liga. Marcaram superioridade em quase todos os momentos da partida e deram muito justamente a volta a um resultado negativo que era de todo injusto, tal o domínio e com ocupação de 2/3 do campo. A equipa controlou a posse de bola mas teve dificuldades na primeira fase de construção com os médios Palhinha e Ugarte, ficando Matheus Reis a sair-se melhor nessa tarefa. O penálti e a expulsão ajudaram no resultado final mas nem por isso trouxe maior tranquilidade à equipa, curiosamente passou a jogar mais ansiosa a partir daí, com superioridade numérica e na frente do marcador.
DESTAQUE - MATHEUS REIS - 4.5 - Esteve em grande nível e voltou a encher o campo; nas dificuldades dos colegas João Palhinha e Ugarte a construir, assumiu ele a tarefa da condução e fê-lo sempre bem, ligando o jogo ao trio do ataque. Continua a mostrar uma invejável capacidade física a galgar terreno, a desequilibrar e a recuperar a sua posição, fez um jogo aparte e começa a merecer ele também o seu golo. Foi dele o cabezazo no lance do penálti.
ANTONIO ADÁN - 2 - Errou no golo do Santa Clara. Com um exímio rematador pela frente, não pode defender aquele livre só com dois homens na barreira, repetiu a asneira de Famalicão e levou de novo com o golo, por coincidência da mesma forma e no mesmo lado. Meteu a equipa em apuros.
RICARDO ESGAIO - 3 - Tinha ordens para se encostar à linha para atacar as costas da defesa 'açoriana'. Essa parte ele cumpriu bem, mas depois voltou a ter as dificuldades do costume, nos cruzamentos ou nas decisões do último passe.
LUÍS NETO - 2 - Raramente assumiu com bola despachando-a sempre demasiado cedo, mostrou-se sempre inseguro e excessivamente preocupado com o timing de entrada nos cortes. Refugiou-se muito na posição.
GONÇALO INÁCIO - 2.5 - Também muito acanhado, falhou os dois primeiros passes e foi logo repreendido pelos colegas, pareceu acusar a péssima exibição que fez contra o Braga, está a passar uma fase de menor confiança. Preferiu arriscar menos, jogando pelo seguro lateralizando para os colegas e sem sair para longe da sua posição.
NUNO SANTOS - 3.5 - Foi dos que mais prometeu no início do jogo, impondo velocidade e dinâmica nas suas movimentações, procurando criar espaços e roturas pelo seu corredor. Conseguiu alguns cruzamentos de perigo com a bola bem tensa que causaram calafrios na defesa adversária. Foi muito castigado com faltas duras pelos 'açorianos' para com isso provocarem o seu temperamento.
JOÃO PALHINHA - 3 - A destruir as investidas do adversários foi imparável em todo o seu raio de acção, pior foi depois com a bola no pé quando era hora de conduzir e construir. Não ligou bem com Ugarte aparecendo muitas vezes os dois na mesma zona de terreno. É uma dupla que necessita de treinar mais para que melhor entendam a separação de tarefas no jogo.
MANUEL UGARTE - 2.5 - Não fez uma grande exibição, melhor a destruir, mas voltou a cometer faltas escusadas, de uma delas nasce o golo 'açoriano'. Na construção esteve muito atabalhoado e confuso, principalmente com as acções de ligação com o Palhinha.
PEDRO GONÇALVES - 1.5 - Não esteve no jogo, tentou muitas movimentações mas quase sempre mal decididas e sem a dinâmica que os lances exigiam, esperemos que reapareça o Pote que conhecemos na final de sábado contra o Benfica.
BRUNO TABATA - 3.5 - Do trio dos baixinhos da frente, foi sempre o mais ousado com várias aproximações à zona de finalização. Esteve nos dois golos da equipa e mostrou-se sempre inconformado. Dois bons remates colocaram à prova o guarda-redes 'açoriano'.
PABLO SARABIA - 3.5 - Exibição de altos e baixos, foram poucos os lances que criou e que provocarem desequilíbrio na defesa adversária, infeliz muitas vezes na decisão do passe. Acabou por ser decisivo no resultado final com o cabeceamento à boca da baliza, com a bola a ser desviada pelo braço do defesa; no penálti marcou sem hipóteses para o Ricardo Fernandes.
MATHEUS NUNES - 1 - Fez em tudo no inverso do que devia ter feito. Entrou demasiado precipitado na recepção e depois na decisão foi uma nulidade. Foi um dos culpados da equipa ter sofrido nos minutos finais, ficando intranquila sem necessidade. Esperemos que volte com a cabeça limpa no jogo da final e que jogue o seu futebol de grande nível.
PAULINHO - 1 - Felizmente a equipa conseguiu o objectivo da vitória porque se viesse a necessitar daquele golo que ele falhou escandalosamente, teria um caso complicado para resolver. Seguramente que não foi um lance de azar e a baliza também não desviou. Terá que ter forçosamente outro tipo de concentração no momento da finalização.
RÚBEN VINAGRE - 1 - Não veio acrescentar nada à equipa; foi repreendido pelos colegas pelos chutões para o meio campo do adversário nos derradeiros minutos do jogo, quando o Santa Clara tentava o tudo ou nada.
GONÇALO ESTEVES - 2 - O mais jovem do grupo que foi a Leiria; foi o elemento dos que entraram na segunda parte que mais deu nas vistas, assertivo no passe, no desarme e na decisão.
TIAGO TOMÁS - 1 - Não deu para aquecer para o banho.
RÚBEN AMORIM - 4 - Terceira final consecutiva para o jovem treinador que começa a construir um palmarés interessante na sua ainda curta carreira. Terá que treinar melhor a dupla Palhinha/Ugarte se quiser repeti-la de novo no futuro, ganhou no abafar sem bola o adversário no meio campo mas perdeu no transporte, na primeira fase de construção e na ligação do jogo. As substituições voltaram a nada acrescentarem ao jogo da equipa. Mas a vitória foi justíssima, foram a melhor equipa.
MÁRIO SILVA - 3.5 - Jogou com as poucas armas que tinha mas soube usá-las da melhor forma. tem um fora de série na equipa: inteligente na leitura do jogo e excelente nas bolas paradas, tudo passa muito por ele. Conseguiram a proeza do primeiro golo do jogo, mas não tiveram argumentos para se aguentarem na frente do marcador muito tempo perante um Sporting que foi superior em toda a linha.
ANTÓNIO NOBRE (Árbitro) - 4 - Fez uma boa arbitragem, com poucos erros técnicos. Compreende-se que não tenha visto a bola no braço que deu origem ao penálti na área do Santa Clara e a demora foi para analisarem se era ou não lance também para vermelho, já que as imagens não deixaram dúvidas sobre a falta.
NUNO ALMEIDA (VAR) - 4 - Viu bem o braço a impedir a bola de ir para a baliza aberta e chamou o árbitro. Como era lance para golo, foi obrigatório exibir o cartão vermelho ao infractor.
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