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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Famalicão da 21ª. jornada da Liga BWIN, que resultou numa vitória do Sporting por 2-0. Golos de Pablo Sarabia (6') gp e Matheus Reis (63').
Vitória leonina indiscutível mas que deu tremendo trabalho. A equipa permitiu mais espaços no seu meio campo do que o habitual, o Famalicão usou e abusou da estratégia da muita pressão individual, principalmente nos jogadores que tinham o 4º amarelo, que por isso se sentiram amarrados e condicionados em meter o pé. Foi a noite de todos vestirem o fato de macaco, de serem muito solidários na luta para defender o precioso resultado, que deu no final os merecidos três pontos. De registar também a entrada do Slimani na segunda parte que provocou uma forte explosão de entusiasmo e energia nos adeptos para um maior apoio à equipa que estava já a necessitar de um empurrãozinho.
DESTAQUE - MATHEUS NUNES - 4.5 - Saúda-se o seu regresso à sua melhor forma e num momento crucial do campeonato. Protagonizou várias arrancadas abrindo espaços e roturas num bloco adversário muito unido e muito solidário, faltou depois uma melhor decisão no último passe. Foi dos elementos que mais procurou dar linhas de passe aos colegas e recuou sempre na ajuda à sua defesa na reacção à perda da bola. De notar que acabou o jogo ainda com energia para dar mais e mais.
ANTONIO ADÁN - 4.5 - Foi protagonista de um dos momentos mais importantes do jogo, defendendo com muita categoria a grande penalidade que daria o empate ao Famalicão ao cair do pano da primeira parte, o que poderia causar problemas à equipa. Sempre muito atento e seguro voltou a brilhar quase no final da partida negando com a ponta dos dedos o golo ao adversário.
PEDRO PORRO - 3 - Um bola no poste, o penálti evitável que o Adán acabou por defender e o cartão amarelo que o tira do jogo do título no Dragão na próxima jornada, foram os momentos de maior registo do espanhol. Verdade que se não pára ali o adversário ele iria isolado para um contra ataque perigoso do Famalicão.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Exibição mais discreta no seu regresso à sua posição, cometeu alguns deslizes no passe mal direccionado que valeram reprimendas do seu capitão. A permanente chegada perto da sua área dos dianteiros do Famalicão limitaram-no a ficar mais posicional e mais atento às dobras.
SEBASTIÁN COATES - 4.5 - O muito acerto do timing no corte da bola é sinal claro que está de volta à boa forma que sempre nos habituou. Preencheu sempre sempre bem os espaços da sua responsabilidade e voltou a comandar com mestria toda a defesa, manteve sempre uma boa organização defensiva, principalmente na leitura do ataque à zona que limitou bastante as manobras do adversário quando tentavam ficar mais perto da área do Sporting. Teve uma noite de inesperado muito trabalho.
ZOUHAIR FEDDAL - 3 - Foi muito bravo e leão na luta do um para um, mas teve algumas dificuldades no preenchimento dos espaços na sua zona e na do Matheus Reis; valeu-lhes o capitão no acerto nas dobras mas não se livraram dos raspanetes que este lhes deu. Com o amarelo, foi sacrificado e era necessário ter ali alguém mais rápido na resposta às bolas em profundidade.
MATHEUS REIS - 3.5 - Foi das exibições porventura menos conseguidas que lhe vimos fazer nos últimos jogos, cometeu erros baralhando-se com o Feddal na leitura do espaço e foi por isso ultrapassado algumas vezes, mas foi da sua autoria um dos momentos mais importantes do jogo, quando marcou um grande golo. Muito merecido há muito e que trouxe maior tranquilidade à equipa.
JOÃO PALHINHA - 4 - Apesar da equipa acusar algum desgaste e falta de energia nesta partida, o João Palhinha foi dos elementos que mais correu. Mostrou estar preparado para o jogo do Dragão, forte na pressão ao adversário, eficaz no desarme e já se viu também a sair bem com bola. Fez a sua parte e foi poupado a meio da segunda parte.
PEDRO GONÇALVES - 3 - Ainda não saiu da muito ingrata fase cinzenta do desacerto e da desinspiração. Atirou-se ao jogo com muita vontade, participando em triangulações bem definidas mas ainda não conseguiu voltar aos seus grandes momentos de explosão em que faz a diferença. Saiu com queixas numa perna, esperamos que não seja problema muscular e que esteja apto para sexta-feira.
PABLO SARABIA - 3.5 - Marcou o penálti com a tranquilidade que lhe conhecemos e foi o seu grande momento, o de maior brilho que realizou no jogo. Sempre muito bem marcado na primeira parte só conseguiu ter mais espaço na segunda parte quando o Famalicão teve que arriscar mais, mas o desgaste geral da equipa não permitiu dar melhor sequência aos bons passes de rotura que fez.
PAULINHO - 3.5 - Fez uma exibição bem positiva, muito activo a colaborar também nas acções defensivas nos momentos de maior pressão. Sempre marcado, foi alvo de muitas faltas no meio campo adversário que raramente o deixou rodar e ficar de frente para a baliza do Luís Júnior.
RICARDO ESGAIO - 3 - O treinador percebeu que tinha que fechar o flanco esquerdo que estava a meter água pelas dificuldades e alguma inércia do Feddal e do Matheus Reis, entrou bem no jogo e ajudou a estancar as investidas do Famalicão por aquele lado, depois com o resultado já assegurado e com a entrada do Nuno Santos passou para o lado direito.
MANUEL UGARTE - 3.5 - Entrou muito bem no jogo e voltou a mostrar que é uma mais valia para a equipa. Controlou a sua zona, saindo sempre por cima nos duelos.
BRUNO TABATA - 2 - De facto, parece render muito mais quando é titular. Pouco ou mesmo nada acrescentou com a sua entrada e optou sempre pelas decisões que não deram boa sequência aos lances que protagonizou.
NUNO SANTOS - 2 - Jogou o último quarto de hora, quando era o momento de manter bem fechado o flanco esquerdo e segurar a vantagem dos dois golos para a conquista dos três pontos e por isso não pôde aventurar-se no ataque.
ISLAM SLIMANI - 2 - Com o resultado assegurado, Rúben Amorim ofereceu aos adeptos um dos momentos que mais desejavam na partida, fez entrar o Slimani e foi um estrondo no estádio. O argelino entrou com todas as ganas de se mostrar e foi a todas, sempre que a bola passava para o meio campo do Famalicão mostrou boa reactividade.
RÚBEN AMORIM - 5 - Cumpriu com a vitória, mantendo a distância dos 6 pontos para o FC Porto. Viu um adversário que tentou sempre complicar ao máximo a tarefa da equipa (o Famalicão tem sido das equipas mais difíceis de vencer). Reagiu pontualmente ao que o jogo exigia e com a vantagem de dois golos no marcador decidiu finalmente fazer alguma gestão, recorrendo às cinco substituições. Não quis facilitar e proteger os jogadores que tinham quatro amarelos, mesmo sabendo que iriam jogar condicionados.
RUI TEIXEIRA DA SILVA - 3.5 - Esta equipa está no 16º lugar da Liga?... Mas só com o Sporting jogam o seu jogo da época da "champions"? Dividiram o jogo com o Sporting numa luta como se fosse o último jogo das suas vidas. A jogar desta forma em todos os jogos iriam com certeza às provas europeias, pena que se transformem tanto quando jogam com os outros dois rivais do Sporting. Exploraram ao máximo o facto de quase meia equipa do Sporting estar condicionada com quatro amarelos.
ANDRÉ NARCISO (Árbitro) - 5 - Excelente arbitragem, manteve a cabeça fria no capítulo disciplinar e só dessa forma pôde segurar o jogo, não o deixando que se descambasse pela via dos cartões que poderia ter mais tarde um desfecho muito imprevisível. Agarrou-se bem ao deixar margem para poder decidir.
BRUNO ESTEVES (VAR) - 5 - Noite difícil com vários lances para analisar. No capítulo disciplinar, pelas confusões que os jogadores protagonizaram com algumas discussões e em três lances na área passíveis de grande penalidade decidiu sempre bem, dois foram penálti e último lance de uma suposta mão na bola na área do Famalicão, não foi claro.
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