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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o FC Porto da 21ª. jornada da Liga BWIN, que resultou num empate 2-2. Golos de Paulinho e (8') Nuno Santos (34').
Surreal. No País do vale tudo, o Sporting CP escapa com vida nas contas da Liga a uma morte anunciada na visita ao recinto do azul e branco. Tudo se tentou para derrubar o Sporting, principalmente um 'apitador' que assumiu o papel de principal protagonista no claro inclinar do campo durante práticamente toda a partida, só lhe faltou meter a bola dentro da baliza do Ádan. Foram inúmeras as asneiras que precipitaram uma péssima gerência do jogo, tornando-se por de mais inevitável perder-se o controle e acabar precisamente como acabou, ao bom/mau estilo das salganhadas sul-americanas. O Sporting em igualdade numérica foi sempre mais equipa, com o futebol de melhor qualidade e mais inteligente a colocar em prática os seus processos de jogo. Anos atrás e o Sporting sairia goleado do Porto, como tantas vezes aconteceu, só mesmo uma grande equipa podia sair dali ainda viva no campeonato.
DESTAQUE - MATHEUS REIS - 5 - Heróico em todo o jogo, assumiu as ganas de o querer ganhar e foi sempre peça importante nas manobras da equipa, tanto a soltar-se no apoio aos contra-ataques - dos seus pés saíram os lances que resultaram nos golos de Paulinho e Nuno Santos - como depois na hora de defender em desvantagem numérica, sendo um gigante e dando o exemplo a todos os colegas.
ANTONIO ADÁN - 4.5 - Não conseguiu evitar os golos do FC Porto, mas esteve fantástico em tudo o resto. Aparte dos golos, só por duas vezes o adversário chegou com verdadeiro perigo à sua baliza: uma logo no início e a outra quase no final, dois lances defendidos com muita potência.
RICARDO ESGAIO - 3.5 - Tem pouco do Pedro Porro, mas fez a sua parte, mesmo que na maioria das vezes em dificuldade, principalmente nos piques curtos que exigiam melhor explosão e chegada. Tentou não complicar.
GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Foi mais um jogo em que cresceu na maturidade. Teve algumas dificuldades no início, em que raramente pôde respirar e exibir-se na primeira fase de construção. Quando a equipa assegurou a vantagem dos dois golos, acalmou e ganhou outra confiança nas marcações, mas logo depois chegou a expulsão do capitão e teve que assumir ele o comando da organização da defesa, por ali ficou até ao final.
SEBASTIÁN COATES - 4 - Mais uma expulsão injusta, tornou-se o alvo preferencial dos árbitros. Dois lances que nem falta fez e leva dois amarelos inexplicáveis e com o mesmo protagonista de sempre, o grande palhaço do Taremi. Até esse ponto estava a realizar uma excelente exibição tirando a equipa do sufoco dos primeiros minutos e mostrando depois que dificilmente o FC Porto marcaria mais golos. Não o deixaram continuar a fazer o seu trabalho.
ZOUAHIR FEDDAL - 4 - Travou uma luta muito dura no seu lado, principalmente com as constantes tentativas do adversário nos passes curtos e combinados já dentro da sua área. Mostrou estar sempre muito atento para poder reagir e nunca se deixou enganar. Menos bem na primeira fase de construção, em que sentiu algumas dificuldades, mas foi o melhor elemento da defesa nos cortes das bolas que sobrevoavam a pequena área.
MANUEL UGARTE - 5 - Que jogazo do jovem uruguaio, foi até à exaustão sem hesitar um segundo, entregando-se de corpo e alma na luta do meio campo para travar Otávio e companhia. Foi um leão fantástico, principalmente durante a hora em que a equipa ficou reduzida a dez elementos. Nunca se deixou amedrontar pelo adversário nem pelo árbitro.
MATHEUS NUNES - 5 - Parecia que iria ser jogo para levar a nota máxima, as vezes que carregou a equipa para a frente ficaram bem registadas aos olhos de todos. Jogando um nível bem acima de todos os outros no relvado, mas o árbitro traiu-o com aquela aberrante expulsão do capitão e com a equipa reduzida a dez elementos teve que deixar o corredor central e baixar para ajudar a tapar as linhas de passe aos atacantes e aí desapareceu.
NUNO SANTOS - 4 - Assumiu o facto da equipa esperar que fizesse bem a sua parte, teve uma primeira chance na cara do guarda-redes do Porto falhando o remate mas logo depois redimiu-se, estando no sítio certo para fuzilar para o segundo golo. Magnífica jogada em que a bola passou por, salvo erro, dez jogadores do Sporting.
PABLO SARABIA - 3.5 - Fez a cabeça em água ao Zaidu e quando a equipa acalmou, o seu futebol começou a aparecer mais frequentemente. Fez mais uma assistência, mas teve que ser sacrificado pela expulsão de Coates e permitir a entrada de João Palhinha para melhor equilibrar a equipa no meio campo.
PAULINHO - 4 - Fez uma boa exibição, a jogar de costas para a baliza é jogador top, sabe como movimentar-se, marcou um golo cedo pleno de oportunidade após um tremendo cruzamento sem deixar cair a bola do Matheus Reis. Instantes antes, podia também ter marcado após roubar uma bola à entrada da área portista. Ficou a ideia que o ataque da equipa perdeu claramente com a sua saída, mas talvez estivesse esgotado.
JOÃO PALHINHA - 4 - Foi surpresa ter iniciado o jogo no banco. Com a equipa reduzida a dez elementos era necessário trazer mais experiência e músculo ao meio campo e entrou no momento certo. A equipa estabilizou e conseguiu neutralizar o ataque inconsequente e aos repelões do FC Porto, que só já perto dos noventa minutos e numa falha de marcação, conseguiu empatar o jogo. Acabou também expulso na confusão que se gerou no final do jogo junto à baliza do Adán.
ISLAM SLIMANI - 1 - Ainda está longe de estar bem e ser uma mais valia para a equipa, não é o Paulinho na arte de jogar de costas para a baliza adversária, perdeu todas as bolas que lhe foram lançadas e ainda falhou passes atrasados que só provocaram contra-ataques do FC Porto com espaço para criar desequilíbrios na defesa da equipa. Foi uma má opção.
LUÍS NETO - 2.5 - A expulsão do Coates obrigou a profundas mexidas em toda a defesa o que provocou também a entrada do Luís Neto para que o Gonçalo se deslocasse para o centro da defesa, cumpriu como pôde mas foi do seu lado que originou o lance que deu o empate ao FC Porto.
BRUNO TABATA - 1 - Entrou mesmo ao cair do pano mas ainda a tempo de voltar a ser expulso no meio daquela feira sul-americanada montada no final.
RÚBEN AMORIM - 4.5 - Ao fim da meia hora de jogo viu a sua equipa silenciar e gelar o Dragão, com dois golos em lances geniais. Quando a equipa já respirava muita confiança, um inesperado deslize na zona central da área permitiu espaço ao remate certeiro para o primeiro golo azul e branco a poucos minutos do intervalo, foi uma pena. Depois a história do jogo da equipa acabou logo no início da segunda parte com a expulsão de Coates. Aí foi obrigado a alterar radicalmente a estratégia, inclusive as já programadas substituições. Viu que o Slimani foi má aposta e que ainda não está verdadeiramente apto. Saíram do Dragão de cabeça erguida como a melhor equipa em campo e ainda com vantagem importante no confronto directo.
SÉRGIO CONCEIÇÃO - 1- Levou um valente arrepio e viu a vida a andar para trás. O Sporting com um futebol mais prático e de melhor qualidade, adiantou-se no marcador ganhando com alguma facilidade uma vantagem de dois golos. Não fosse a escandalosa ajuda do árbitro e a esta hora estava em muitos maus lençóis. A sua equipa só conseguiu ter vantagem nos espaços do meio campo, quando em superioridade numérica e a praticar um futebol muito aos repelões e com pouco engenho. Todo o mundo pôde ver os truques que usaram para condicionar os jogadores do Sporting, desde das palhaçadas habituais do Taremi às provocações e agressões que ocorreram depois no final do jogo. Com um árbitro com "eles" no sítio, tinham perdido o jogo e com toda a justiça.
JOÃO PINHEIRO (Árbitro) - 1 - Já não vai enganar mais no futuro, mostrou tudo o que é. Um árbitro que provou nada valer. Inclinou o campo desde o início, numa gritante falta de critério, sempre pronto para se atirar aos jogadores do Sporting, quer para 'amarelá-los' ou para ameaçar que os expulsava. Foi mau de mais para ser verdade. Condicionou a equipa leonina, nomeadamente a partir do momento que chegou à vantagem dos dois golos. Foi fácil perceber como tudo aquilo iria acabar. Este árbitro não pode arbitrar jogos de futebol.
LUIS GODINHO (VAR) - 2 - Os lances de amarelos estão fora do protocolo do VAR mas de facto seria benéfico para o futebol se os áudios se tornassem públicos, saberíamos se pelo menos deu a conhecer ao árbitro os inúmeros erros que cometeu no relvado. Amedrontou-se depois perante o que viu nas imagens e deixou-se embalar pela música da conveniência da casa.
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