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As Notas de Julius 2022/23 (16)

Julius Coelho, em 30.10.22

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Arouca, da 11ª. jornada da Liga BWIN, que resultou numa derrota do Sporting por 1-0.

OUTRA VEZ O MESMO FILME...

Dominar no campo todo o adversário, nunca foi garantia de vitória. Um filme repetido por várias vezes na presente época. O leão voltou a dar passos atrás na recuperação aos lugares de acesso à liga milionária. A equipa com muitas alterações nos titulares, até que teve um bom início de jogo, com dinâmica e movimentações constantes no meio campo do Arouca, por várias vezes conseguiu que a bola entrasse entre as últimas linhas do adversário e criar oportunidades claras de golo, mas... não foi competente na finalização e acabou por pagar a factura; um canto ao 2º poste (mais um), a equipa voltou a sofrer e tudo se complicou ainda mais. O treinador do Sporting CP ainda tentou responder, utilizou as cinco substituições logo aos 58' , colocou vários titulares, mas já não havia chama nem inspiração de ninguém, e para piorar a situação, voltaram a ser perdulários com outras tantas oportunidades desperdiçadas.

Screenshot (1451).png

DESTAQUE - SEBASTIÁN COATES - 3 - Em tanta falta de inspiração, o capitão acabou por ser o mais regular da equipa, voltou a ter que fazer horas extraordinárias como ponta de lança e esteve perto de fazer o empate, um tremendo cabezazo a responder a um cruzamento de régua e esquadro do Pedro Porro, proporcionou a defesa da noite ao guarda-redes do Arouca.

ANTONIO ADÁN - 3 - Mais um golo a frio, sofrido ao segundo poste em que não tem responsabilidades, logo a seguir evitou o segundo com excelente defesa a um remate à queima. Já na primeira parte fez outra enorme defesa a um remate forte na cara do adversário. 

RICARDO ESGAIO - 2.5 - Voltou a fazer um jogo fraco para variar. Desastrado nos cruzamentos e quando aparece sozinho pela direita na area  adversária, podia ter fuzilado, mas atirou denunciado, contra o corpo do guarda redes Arruabarrena.  O que dá à equipa é de uma diferença abismal em comparação com o jovem espanhol Pedro Porro.

GONÇALO INÁCIO - 2 - Fez uma mau jogo, lento na reacção e com pouca dinâmica no apoio na construção, um erro grave na primeira parte, quase que oferece o golo ao Arouca, recupera a posição numa transição rápida do adversário e depois não acompanha a desmarcação do avançado que entra isolado dentro da área, valeu o guarda-redes espanhol com grande defesa a salvar a situação.

MATHEUS REIS - 3 - Foi evidente o seu desgaste e as dificuldades em acelerar o jogo, consequência do embate europeu, mas deu o máximo, tentando sempre apoiar e ligar-se com as linhas da frente, a defender e do seu lado só por uma vez entraram, mas o Adán resolveu.

FLÁVIO NÁZINHO - 1 - Fica difícil avaliar as prestações deste jovem lateral, defende deficientemente, ataca sem a garra de leão. O treinador continua a dar-lhe oportunidades mas ainda está por provar que as merece. Um momento positivo, cruzou com régua e esquadro para o espaço onde apareceu o Esgaio a esbanjar soberana oportunidade de golo. De certo modo, esteve ligado ao golo, uma vez que João Basso estava mesmo à sua frente.

DÁRIO ESSUGO - 2 - Não foi a solução que o treinador mais esperava e que a equipa necessitava, demasiado trapalhão e lento a decidir no passe, valeu alguns bons cortes em lances que podiam gerar perigo. Ficou mal na fotografia no golo do Arouca, dado que era ele que estava a dar cobertura a João Basso. Permitiu completamente o cabeceamento.

PEDRO GONÇALVES - 1 - Foi um festival de más decisões, é estranho vermos este Pedro Gonçalves tão diferente para pior, comparado com as épocas anteriores. Passes sem nexo, falhas nos cortes, tudo sempre num timing errado. Podia ter marcado por três vezes em oportunidades que por norma nunca falha, mas....que se passa Pote? Aquela perdida nos últimos instantes do jogo, uma bola que lhe sobrou redondinha na zona do penálti e atira para fora? Antes isolou-se e depois deixa-se apanhar por dois defesas antes de atirar à baliza? Este não é o Pedro Gonçalves. 

FRANCISCO TRINCÃO - 1 - Acabou o jogo como começou, cansado e sem chama. Podia ter inaugurado o marcador logo no início, isolou-se pela esquerda, mas permitiu a defesa do guarda redes do Arouca. Perdeu o pouco gás que tinha muito cedo e eclipsou-se da partida.

ROCHINHA - 2.5 - Acabou por ser o melhor da primeira parte, o mais dinâmico e que mais vezes acelerou o jogo, um bom lance pela direita em que se isolou, mas não teve a frieza de ver a desmarcação do colega Arthur que seria só encostar para dentro da baliza, preferiu rematar contra o guarda redes, que já tinha feito a mancha.

ARTHUR GOMES - 2.5 - Dos mais activos na primeira parte, também deu aceleração ao jogo  carregando a equipa em alguns lances, mas tomou quase sempre as decisões erradas, perdeu um golo cantado aos 10' com a baliza escancarada.

MANUEL UGARTE - 2 - Um dos pesos pesados que ficou de prevenção no banco de início. O golo do Arouca atirou-o para jogo, mas notou-se bem o desgaste, tentou mas nunca conseguiu imprimir ritmo alto. Num fantástico lançamento descobriu o Pedro Porro isolado que acabou por falhar o golo na melhor jogada da equipa.

JEREMIAH ST. JUSTE - 3 - Entrou bem no jogo, não perdeu um único duelo, era hora de atacar e foi dos que mais empurrou a equipa para a frente nos minutos finais, na busca do golo. Fresco mostrou velocidade e boa dinâmica.

PEDRO PORRO - 3 - Não estaria nos seus planos e do treinador ir a jogo, mas o golo do Arouca alterou tudo. Não recuperou do jogo europeu e jogou em esforço e em sofrimento físico, mas fez logo a diferença, mesmo estando a 30% valeu mais que toda a frescura do Ricardo Esgaio. Uma grande perdida após uma excelente desmarcação  em que apareceu isolado na área adversária e um cruzamento teleguiado para o melhor lance de golo, o cabezazo do Coates. 

NUNO SANTOS - 2 - Notou-se que não estava mentalmente preparado para ir a jogo, também foi chamado de urgência e tudo lhe correu mal. Faltou-lhe frescura física e mental para melhor esclarecimento dos lances. Raramente conseguiu conquistar espaço livre para cruzar, que é a sua principal e mais mortífera arma. Em duas ocasiões teve a baliza à sua frente, mas decidiu mal.

MARCUS EDWARDS - 2 - Foi a última cartada do treinador quando ainda faltava mais de meia hora para o final.  Também muito desgastado nunca conseguiu dar ritmo elevado ao seu jogo, vários lances perdidos por más decisões. Brilhou numa jogada dentro da área, em que enganou os defesas e cruzou para o meio da área, gerando uma clara oportunidade de golo desperdiçada. 

RÚBEN AMORIM - 2 - São inúmeras as oportunidades de golo que a equipa falha de forma inacreditável. A falta de frescura física não pode explicar tudo, é sempre responsável pelas escolhas da equipa e é avaliado depois pelos resultados. A equipa voltou a oferecer 3 pontos aos adversários directos e quando o FC Porto tinha escorregado minutos antes nos Açores. O título começa a ser uma miragem e com tamanha inconsistência nos resultados o acesso à Liga dos Campeões começa a estar seriamente em risco. Esperemos que todo o esforço despendido na segunda parte, na tentativa da remontada, não traga consequências para o jogo de terça feira contra os alemães.

ARMANDO EVANGELISTA - 4 - Não podia imaginar melhor cenário, tudo encaixou na perfeição, as estrelas alinharam-se no sítio exacto. Um adversário a chegar ao jogo muito desgastado e a ser obrigado a mexer radicalmente na equipa, uma equipa nova (nunca tinham jogado juntos), o desperdício de inúmeras oportunidades flagrantes de golo do Sporting, marcar um golo na tal bolita parada do costume, após erro grosseiro na defesa adversária, um árbitro encomendado e igual a si próprio nos jogos que apita do Sporting e claro por último, estacionar todos os autocarros em frente da sua baliza e fé nos deuses. Correu bem,  bateu tudo certo.

RUI COSTA (Árbitro) - 1 - Os sportinguistas esperam e desesperam pela hora de esta abécula deixar a arbitragem. Persona non grata, todos os detalhes são aproveitados para decidir contra o Sporting, até o acabar a primeira parte antes da hora, tal era a pressa... Tantos anos a apitar e tantos jogos do Sporting que apitou e não há um único jogo em que os sportinguistas não tenham fortes razões de reclamar deste Rui Costa, é de família, não apareceu em Arouca por acaso.

HUGO MIGUEL (VAR) - 3 - Pelo protocolo não existiram lances que pedissem a sua intervenção, mas o protocolo deveria alargar-se aos lances de amostragem dos amarelos. O Gonçalo Inácio leva um amarelo em que nem falta houve.

publicado às 03:04

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140 comentários

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De Elitista a 30.10.2022 às 13:40

Portanto, o que o caro Julius está a afirnar, é que Ruben Amorim foi o único treinador do Sporting que não soube lidar com as peculiaridades religiosas de Slimani e um dos treinadores, em todo o mundo que não consegue gerir atletas que cumprem o Ramadão.
Não me leve a mal, mas essa atitude faz-me lembrar uma certa massa adepta que justifica o rendimento miserável do puto 120 milhões com a escolha errada do clube e as opções do Simeone...
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De Julius Coelho a 30.10.2022 às 14:48

Em França ele dá-se bastante melhor porque lá tem muitos jogadores muçulmanos nas equipas e os treinadores são mais passivos, mas deixe que lhe conte que o ramadão não é momento religioso na mesma altura do ano, o ramadão salta todos os anos cerca de 10 dias e antes coincidia em fim de época ou antes ainda, na pré -época, na sua primeira passagem pelo Sporting é só uma questão de se fazer as contas e compreenderá porque não houve atritos com o Jorge Jesus, porque se fosse em plena competição a coisa iria azedar da mesma forma e logo com ele.

No próximo ano ainda será mais dentro da época e mais ainda nos anos seguintes. Tem impacto e quem estiver bem identificado com o fenómeno religioso sabe que tem impacto.
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De Julius Coelho a 30.10.2022 às 14:55

Agora como tornear a questão depende muito da responsabilidade de cada um com o compromisso com o clube que lhe paga, tem opções, adiar o ramadão 1 mês, ou então como a maioria faz abdica da primeira refeição e vai dormir apos a refeição da meia noite, pelo menos dorme bem e não fica acordado até as 5h da manha, hora da ultima refeição. Alguns se coincidir a segunda refeição com a hora dos jogos, comem no intervalo ou pelo menos umas peças de fruta tipo bananas.

Mas tem muçulmanos mais conservadores e radicais que levam tudo à risca e passam a noite a falar com as famílias em video chamada até chegar as 5h da manha para a primeira refeição e só depois vão dormir poucas horas , ora isto dias a fio enfraquece fisicamente não à volta a dar.
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De Elitista a 30.10.2022 às 15:11

Meu caro Julius, muitos jogadores muçulmanos já actuaram no Sporting e, que me lembre, nunca o Ramadão foi motivo de afastamento.
E o Feddal? Não é muçulmano?
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De Julius Coelho a 30.10.2022 às 15:52

Como ja expliquei acima, caro Elitista

Não é um padrão esse estado religioso tem diferenças
- Adianta 10 dias cada ano, por isso faz vários anos que coincidia com o período das férias e antes da pré - época, só agora começa a entrar em plena competição.

- Nem todos os muçulmanos vivem o ramadão da mesma forma, os profissionais de futebol podem ajustar as suas vidas à sua profissão se o quiserem, se forem menos radicais.
Têm 3 refeições, a primeira após o pôr do sol, a segunda à meia noite após a priere e a terceira e ultima às 5 da manha antes do sol nascer, a maioria fica acordado ate as 5h da manha, a passearem nas ruas ou ficam dentro casa com as famílias, os mais responsáveis abdicam da ultima refeição e vão dormir à meia noite após a segunda refeição, ou ainda cumprem a primeira que é a principal vão dormir abdicando da segunda e acordam às 5h da manha para tomarem a ultima principalmente beberem líquidos. A maioria cumpre de facto à risca e sentem-se no pleno direito do cumprimento e levam a mal a quem os questionar, ficam irritadiços.
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De Julius Coelho a 30.10.2022 às 15:54

Se recorda, por coincidência ou talvez não, o Feddal também esteve ausente dos jogos nesse período, digo talvez não, porque pode ter havido entre ele e o treinador uma outra forma de abordar a questão, mais pacífica e o treinador ter compreendido e evitou mais complicações até porque ja estava com guia de marcha.

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