Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com E. Frankfurt, da 6.ª e última jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões e que resultou numa derrota dos leões por 2-1, golo de Arthur Gomes 39'.
CAMPEÕES NA ATITUDE, MAS NO FINAL, GANHARAM.....OS ALEMÃES
Alvalade viveu uma noite louca, fria e cruel que terminou em grande decepção. A equipa chegou a estar na liderança do grupo com o golo de Arthur Gomes até aos 72', mas com a reviravolta dos alemães viram-se eliminados de tudo, até que no último minuto do jogo em Marselha, o golo inglês ofereceu o prémio que ninguém queria, a Liga Europa. O Frankfurt a precisar de ganhar, entrou com tudo logo no início, com a agressividade por vezes excessiva em alguns lances, que roçaram a fronteira da violência e sempre com o beneplácito do árbitro, os leões responderam sempre com atitude muito competitiva e chegaram à vantagem justa de um golo ao intervalo. As saídas forçadas por lesão do Nuno Santos e principalmente do Ugarte a juntar a pelo menos dois erros clamorosos e graves da arbitragem precipitaram o jogo para uma segunda parte inclinada, os leões recuaram no terreno a que os alemães não se fizeram rogados e aproveitaram para fazer os dois golos da vitória.
DESTAQUE - ARTHUR GOMES - 4 - Acabou por ser a melhor notícia da noite, mostrou que é reforço. Lamenta-se que apareça só agora, com alguns dos objectivos principais já afastados, inalcançáveis. Fez uma bom jogo, marcou e carregou a equipa em vários lances.
ANTÓNIO ADÁN - 3 - Sofreu 2 golos, um penálti bem marcado e um fuzilamento em que pouco podia fazer. De resto raramente teve que reagir a lances complicados. Os alemães exploraram os cruzamentos para a sua área, a que o guardião espanhol respondeu sempre bem.
PEDRO PORRO - 3 - Noite muito difícil do jovem espanhol perante um Pellegrini sempre agressivo (no osso) e com marcação muito apertada. Não fez a diferença dos outros jogos.
JEREMIAH ST.JUSTE - 4 - Foi dos melhores elementos da equipa. O primeiro jogo que faz sem se lesionar, sempre muito forte nos duelos (não perdeu nenhum) e deu qualidade à equipa na saída de bola.
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 3.5 - Que injustiça, ficar marcado na história do jogo pelo penálti mal assinalado que deu o primeiro golo ao Eintracht, um lance em que a falta é claramente do alemão. Fez um bom jogo perante a tremenda agressividade do adversário que usou e abusou do habitual 'chuveirinho', disputou nos céus uma luta de titãs, merecia a passagem aos oitavos.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Estava a fazer uma excelente exibição quando comprometeu ao minuto 72', não leu bem o lance que se tornou capital da partida, consentiu que o poderoso Randal ao seu lado se antecipasse à bola, depois o físico e a velocidade do jogador alemão fizeram a diferença para se isolar e fuzilar o Adán, no golo da eliminação do Sporting.
NUNO SANTOS - 3 - Noite que não vai poder esquecer, aos 30' torceu violentamente um pé que o impediu de continuar no jogo. O bravíssimo trofense que estava a fazer um bom jogo, principalmente a fechar o seu corredor, complicou com a sua saída forçada e muito prematura a estratégia que o treinador tinha preparado.
MANUEL UGARTE - 4 - Foi um leão de juba, desde muito cedo que ficou fragilizado com um forte pisão, fruto da agressividade dos forasteiros, foi vê-lo a coxear todo o tempo que permaneceu em jogo, dos 18' aos 63' quando já não aguentou mais as dores e teve que sair. A coxear e com os dentes serrados correu para chegar primeiro parando vários ataques do adversário, foi ainda à frente assistir para o golo do Arthur e quase que consegue isolar-se na área alemã para poder fazer o segundo golo. Que tremendo sacrifício, não merecia a derrota, foi um herói e deve ser recordado na história.
PEDRO GONÇALVES - 3.5 - Finalmente um ar da sua graça, voltou a jogar mais atrás, no meio campo e foi o jocker da equipa nas tentativas de ligar o jogo. Foram raras as vezes que conseguiu rasgar as linhas alemãs, optando a maior parte das vezes com futebol muito directo, mas lutou sempre de olhos nos olhos com o adversário.
MARCUS EDWARDS - 2 - O mais fraco da equipa, nunca se libertou da marcação em cima e muito agressiva que os calmeirões alemães propositadamente lhe fizeram, foi inoperante e inconsequente e foi bem substituído, quiçá tardiamente.
PAULINHO - 4 - Atirou-se aos alemães como um leão sem medo, nunca fugiu aos duelos físicos e aéreos, sofreu um bom número de faltas, algumas a roçar o limite da violência e que estranhamente não foram sancionadas pelo árbitro esloveno. Correu muito por todo o campo atrás a ajudar a defender e ainda na pressão à primeira linha alemã. Na segunda parte já com o campo muito inclinado e esgotado foi perdendo fulgor.
MATHEUS REIS - 2.5 - Exibição muito tremida, entrou para o lugar do lesionado Nuno Santos mas não veio acrescentar muito, voltou a recorrer às faltinhas desnecessárias que lhe provocaram a amostragem do amarelo (35'), com ainda bastante tempo para se jogar.
DÁRIO ESSUGO - 2 - Entrou mal no jogo, mostrou que ainda não tem pedalada para estes desafios muito alucinantes, a forma como se posicionava no terreno foi um convite para os alemães avançarem ainda mais. Perdeu várias bolas na saída e uma delas resultou no lance do segundo golo alemão. Gonçalo Inácio também falhou a intercepção porque também foi surpreendido.
FRANCISCO TRINCÃO - 1.5 - Uma substituição com pólvora seca, o único momento positivo, quando engana dois adversários e obriga o Jakic a falta grosseira a que o árbitro estranhamente (ou talvez não) perdoou o segundo amarelo.
JOVANE CABRAL - 2.5 - Era a hora do tudo ou nada, Jovane foi lançado para o quarto de hora final. Houve alguns momentos em que conseguiu levar a bola e a equipa para perto da área alemã, mas os lances acabaram por ser inconsequentes.
RÚBEN AMORIM - 3 - Mais um grande objectivo que caiu e se perdeu no lamaçal, este com tremendo estrondo pelo leque de consequências, incluindo as financeiras. A equipa até conseguiu na primeira parte o mais difícil, marcar primeiro e pensou-se que a partir daí poderia gerir melhor o jogo. Com a saída forçada do Nuno Santos e as dificuldades físicas do Ugarte a equipa perdeu claramente muita qualidade e foi obrigada a muito jogo directo, raramente conseguindo ligar as linhas e ter bola. Agora, só os ratos abandonam o navio e o Rúben é um grande comandante, tem capacidade para dar a volta e encontrar a melhor solução para a equipa. Verdade que se perdeu um jogo importante, mas nunca o futuro.
OLIVER GLASNER - 3.5 - Sem fazer uma grande exibição ao nível técnico, a sua equipa levou de vencida a partida quase pela força dos muitos panzers que tinha no campo, tremenda agressividade em cada lance, era uma final e foram mais competentes e eficazes, não se deixaram abanar pelo golo dos leões mas tiveram uma pequena/grande ajudinha na arbitragem, com consequências determinantes no resultado.
(Foram ao bolso do leão)
SLAVKO VINCIC (Árbitro) - 1 - Deu o empurrão que os alemães necessitavam e na hora certa. Transforma uma falta clara sobre o capitão do Sporting num penálti, Kamada salta atirando-se de costas com costas contra o uruguaio Coates que tinha a posição ganha para dominar a bola. Depois novo erro, perdoa a expulsão (segundo amarelo) ao Jakic quando o Francisco Trincão se preparava para isolar na direcção da área alemã. Por último, mostrou ter alguma antipatia com o Paulinho que foi travado várias vezes com faltas duras e que não assinalou.
JUAN MARTÍNEZ MUNUERA (VAR) - (SEM NOTA) - No lance do penálti onde estava o VAR? Não é para este tipo de lances que ele existe? Onde estava? Pelos vistos não havia, por isso não pode ter nota.
NOTA ESPECIAL: As declarações do treinador alemão no final da partida...
"É incrível o rendimento dos jogadores e como conseguem lidar com o revés. Tivemos uma primeira parte má, com pouca presença. No intervalo, estávamos de cabeça baixa, disse-lhes para jogarem com convicção e a acreditar no que fazemos. Não queria nada a meio gás, era erguer a cabeça. Eles corresponderam e é incrível como se apoiaram uns aos outros. Jogámos muito no meio-campo do adversário. Tivemos sorte com o penálti, fizemos o 2-1 e conseguimos passar aos oitavos de final, ainda nem consigo acreditar".
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.