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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Rio Ave, da 2ª. jornada/grupo B da Taça da Liga Allianz, que resultou numa vitória do Sporting por 2-0. Golos de Gonçalo Inácio 62', Emanuel Boateng (autogolo) 73'.
TANTO DESPERDÍCIO EM VILA DO CONDE
Os leões voltaram ao festival dos golos falhados, alguns de forma bem escandalosa. Só com 2 lances de bola parada apareceram os golos de uma vitória incontestada, sendo um deles na própria baliza, quando tiveram oportunidades na cara do guarda redes para fazer 6/7 golos cantados, que podiam ter acabado com o jogo muito mais cedo. Com uma primeira parte muito cinzenta, mesmo mal jogada, muitos passes perdidos no meio campo e na decisão, deram a imagem da falta de inspiração dos criativos da equipa que passaram a noite numa espécie de concurso bizarro, de quem falhava mais vezes isolados à frente da baliza adversária, ganharam todos, porque ninguém acertou. (Trincão, Paulinho, Nuno Santos, Sotiris tiveram perdidas incríveis).
DESTAQUE - PEDRO PORRO - 4 - Destacou-se claramente dos colegas, mais concentrado carregou a equipa às costas protagonizando vários lances que desequilibraram o meio campo do Rio Ave. Podia ter contribuído com várias assistências, tantos foram os golos que ofereceu ao Nuno Santos, Trincão e Paulinho. Como não aproveitaram, "ofereceu" ao Boateng... esse não falhou à boca da baliza, fazendo autogolo.
ANTONIO ADÁN - 3.5 - A noite do desperdício podia ter saído bem amarga, atento o guardião espanhol evitou por duas vezes o golo dos vilacondenses com saídas felinas aos pés do adversário. Um único erro, quando só agarrou uma bola à terceira tentativa, num lance que podia ter acabado da pior forma.
GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Como os avançados não marcavam de baliza aberta, foi lá à frente mostrar como se faz, um cabezazo fulminante a um cruzamento bem medido do Marcus Edwards que levou a bola a entrar como um bólide na baliza do Jhonatan. Na defesa cumpriu sempre bem.
JOSÉ MARSÁ - 3 - Sempre muito activo na reacção e no apoio da construção. Um erro que podia ter saído caro, demorou ao não soltar a bola num lance ainda dentro da sua área e que acabou interceptada pelo adversário, foi a tempo de emendar estorvando a acção do avançado que ficou em boa posição para marcar.
MATHEUS REIS - 3 - Prometeu muita uva nos minutos iniciais da partida, mas foi sol de pouca dura, rápidamente desapareceu do jogo.
DÁRIO ESSUGO - 3 - Muito jovem ainda mas já com um tremendo cabedal que se destaca dos colegas e adversários, muito forte na reacção e na chegada à bola, mas depois, com ela nos pés surgem os problemas, terá que evoluir e melhorar nesse tão importante capítulo.
PEDRO GONÇALVES - 1 - Oh Pedro, a equipa ontem jogou com 10 elementos, será mais uma noite para reflectires. O que te falta afinal? Verdade é que assim dessa forma não dá. Tens noites como a de ontem em que jogas como um veterano já em fim de carreira.
NUNO SANTOS - 3 - Não lhe correu nada bem o jogo, podia ter marcado por duas vezes em lances que já nos habitou a não falhar. Brilhou depois num remate brutal sem preparação que deixou seguramente as mãos do Jhonatan a arder.
FRANCISCO TRINCÃO - 2.5 - Fica difícil de encontrar justificação para as suas perdidas incríveis de baliza aberta ou na recarga a bolas rechaçadas pelo guarda redes. Urge melhorar a sua definição, deixa a ideia que se auto-bloqueia e acaba por complicar lances que de forma simples colocaria a bola dentro da baliza.
MARCUS EDWARDS - 2.5 - Ontem também não era a sua noite, exibição aos repelões, muito inconsequente. Raramente apareceu no jogo, quando o fez desequilibrou ou cruzou com peso e medida para o Gonçalo fuzilar.
PAULINHO - 2.5 - No mesmo registo do Francisco Trincão, péssimo na finalização, sem o timing ou a criatividade para tirar a bola do alcance do guarda-redes nas varias boas oportunidades que teve para marcar.
MANUEL UGARTE - 2 - Foi de férias para o Qatar, onde aqueceu o banco do Uruguai e chegou agora sem ritmo. Vai ter que sofrer nos próximos dias para recuperar o tempo perdido.
ARTHUR GOMES - 2 - É forte no um para um mas depois falta-lhe o timing de largar a bola ou o bom critério do que fazer a seguir. Jogou no último quarto de hora, já com o adversário a oferecer muitos espaços nas suas costas que o Arthur não soube aproveitar com eficácia.
ROCHINHA - 1 - Poucos minutos em campo, não deram para nada.
ALEXANDROPOULOS - 1 - Muito corre este grego, gosta de correr, ainda terá que reflectir se não será melhor experimentar o atletismo. Tremendo sprint para ficar isolado com a bola na cara do guarda-redes do Rio Ave para depois acabar solidário com os colegas que levaram a noite a falhar.
JOVANE CABRAL - 1 - Entrou já ao cair do pano, sem registo a assinalar.
RÚBEN AMORIM - 3.5 - Mister Amorim, a equipa consegue para já o pleno na competição, em duas vitórias em tantas jornadas e terá ontem praticamente assegurado a passagem à fase seguinte. Mas o jogo foi muito cinzento, principalmente na primeira parte, muitos passes falhados e por último, é forçosamente necessário que a equipa treine a definição, mostra ausência de técnica em colocar a bola dentro da baliza em lances com a baliza à mercê. Conseguem o mais difícil, que é construirem as oportunidades e depois falham clamorosamente de baliza aberta.
LUÍS FREIRE - 2 - Numa noite em que estranhamente foi muito mal aproveitada pelos leões, a sua equipa pouco ou nada produziu para poder equilibrar os acontecimentos da partida que penderam claramente e sempre para o Sporting. Numa noite de melhor acerto dos verdes de Alvalade e podia ter levado uma meia dúzia de golos.
MIGUEL BERTOLO (Árbitro) - 4 - Vários erros técnicos de interpretação dos lances faltosos que não assinalou, a virtude de ter sido coerente nas decisões, errando para os dois lados sem prejuízo para nenhuma das equipas.
VASCO SANTOS (VAR) - 3 - Sem lances duvidosos que merecessem a sua análise, deixou-se estar sossegadinho sem atrapalhar ninguém.
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