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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Arouca da Taça da Liga Allianz, que resultou numa vitória do Sporting por 2-1. Golos de Paulinho 45' e 82'.
GOLEADOR DA TAÇA DA LIGA RESOLVEU COM 2 GOLOS À PONTA DE LANÇA
Os leões entraram com tudo na primeira parte, impondo um ritmo muito forte e pressão imediata na perda da bola, foi um massacre sempre jogado no meio campo adversário, um Arouca que estacionou todos os autocarros em frente à sua baliza, a verdade é que quase conseguia levar o jogo empatado para a etapa complementar, tal foi o desperdício dos avançados do Sporting que só marcaram no derradeiro lance. Na segunda parte o leão baixou a intensidade e demorou a adaptar-se à subida do bloco do Arouca, que numa jogada fortuita fez o empate. A equipa leonina sentiu o perigo e voltou a carregar de imediato na velocidade e na intensidade empurrando os arouquences de novo para junto da sua área e o golo da vitória apareceu naturalmente num lance à ponta de lança do Paulinho.
DESTAQUE - PAULINHO - 4 - É o goleador destacado da Taça da Liga, marcou dois excelentes golos, desta vez à ponta de lança, farejou o timing para estar no sítio certo e dar a vitória à equipa. Num lance maldoso do David Simão que escapou ao vermelho, bateu forte com o ombro no relvado, lesão que o pode impedir de disputar a final no sábado.
ANTONIO ADÁN - 3 - Não foi uma noite de gloria, foi batido facilmente por 2 vezes, viu depois o VAR anular o primeiro. Verdade que no segundo o avançado do Arouca advinha onde a bola vai cair, mas a experiência do guardião espanhol deveria também dar-lhe a mesma leitura do lance.
RICARDO ESGAIO - 3 - Desta vez não comprometeu e até surpreendeu com algumas boas movimentações, mas habituados a vermos o que faz o Pedro Porro no jogo percebe-se logo a abismal diferença, a exigência dispara para um patamar em que o Ricardo Esgaio não pode chegar.
JEREMIAH ST. JUSTE - 3 - Ser-se só veloz não basta para fazer a parte que lhe compete na equipa, tem que dar melhor no passe e na decisão com critério, fez um jogo sofrível sem conseguir impor-se nos duelos.
SEBASTIAN COATES (Cap) - 3.5 - Uma exibição com altos e baixos, mesclada de bons pormenores com outros mais erráticos. Não pareceu estar na sua melhor fase.
MATHEUS REIS - 3 - Muita precipitação nas suas decisões, sem o timing que o lance pede, tem que ler melhor o jogo. Esforça-se bastante, corre quilómetros mas com pouca produção útil, meteu a bola na baliza do Thiago Rodrigues mas estava fora de jogo. Teve um erro clamoroso, atrasou a bola para o Adán perto de um adversário que a interceptou, podia ter dado no golo do empate.
NUNO SANTOS - 4 - Exibição segura e sempre focada. Ofereceu muita energia à equipa nos lances ofensivos, com passes inteligentes e bons cruzamentos. Tentou o golo por várias vezes, mas não finalizou.
MANUEL UGARTE - 3.5 - Exibição menos fulgurante, cometeu erros no passe que não é habitual e caiu a pique na segunda parte, deixou de conseguir fazer a pressão ao portador da bola, foi substituído já perto do final.
HIDEMASA MORITA - 4 - Foi o elemento mais regular na ligação do jogo às linhas da frente. Quase que marca por duas vezes, a segunda num remate que levava selo de golo, mas a bola encontrou um adversário pelo caminho. Deu mais consistência e intensidade à equipa, enquanto teve pernas e pulmão.
MARCUS EDWARDS - 3 - Fogachos explosivos na primeira parte que escancararam a defesa do Arouca. Teve o seu momento mais alto quando enganou cinco defesas já dentro da área e ofereceu a bola ao Nuno Santos que cruzou para a zona de penálti para o Morita desperdiçar.
PEDRO GONÇALVES - 3 - Foi o elemento escolhido pelo adversário para uma marcação mais cerrada, raramente se soltou e quando o conseguiu não usou o melhor critério no passe. Teve o golo nos pés, mas foi lento a decidir. No entanto, excelente desmarcação e cruzamento de cabeça para o primeiro tento de Paulinho.
GONÇALO INÁCIO - 2.5 - Entrou a meio da segunda parte quando o adversário dava o tudo por tudo, ajudou a bloquear os caminhos dos avançados na antecipação, mas pecou na saída, errando muitos passes.
PEDRO PORRO - 2.5 - Entrou com tudo e logo na sua primeira intervenção quase que faz golo, o Marcus atrapalhou o seu remate que saiu a milímetros do poste com o Thiago a defender com os olhos. Comenta-se que pode ter sido o último jogo que fez pelo Sporting, sendo verdade, será uma perda enorme para a equipa, é actualmente o melhor jogador.
ARTHUR GOMES - 2 - Entrou com muita vontade de mostrar serviço e ajudar a equipa a chegar à vitória, teve alguns lances com algum sucesso de rotura na defesa adversária, mas mantém-se muito irregular no jogo, desaparece repentinamente e não se sabe por onde anda.
MATEO TANLONGO - 2 - Vai ser craque, lê muito bem o jogo e com a facilidade que tem em meter a bola com muita precisão vem com certeza trazer algo de novo e bom à equipa. Pode vir a ser o futuro cérebro do meio campo, a pautar os timings que o jogo pede.
YOUSSEF CHERMITI - 2 - Muito móvel e com grande gana de fazer a diferença, assume os lances, o que agrada bastante, mostrou personalidade e critério quando acossado de vários adversários. Agora não pode parar, tem que se manter nos 14/15 minutos de cada jogo.
RUBÉN AMORIM - 4 - Objectivo cumprido e está em mais uma final da Taça da Liga. Enfrentou um Arouca a jogar a sua final da Champions e foi deveras difícil derrubá-los, disputavam cada lance como se fosse o último das suas vidas e quando é assim fica mais complicado. A primeira parte da equipa foi muito boa, de muito bom nível, com todos os elementos a darem muita intensidade ao jogo, a provocarem um carrossel com tremenda velocidade, obrigaram o Arouca a recuar à sua área, num bloco de pernas que cortaram quase sempre os caminhos da sua baliza.
ARMANDO EVANGELISTA - 2 - A sua equipa fez um jogo muito sério e sempre no limite das suas capacidades, tentaram a sorte de tudo lhes sair bem e terem um Sporting em dia não, já tinha acontecido no campeonato. Mas saiu-lhes um Sporting prevenido e com as ganas de ganhar e estar na final, contra factos ficam poucos argumentos, mesmo com os autocarros estacionados na frente da sua baliza não impediram o Paulinho de marcar por duas vezes. Talvez no andebol tivessem melhor sorte.
FÁBIO VERÍSSIMO (Árbitro) - 4 - Nota alta numa arbitragem regular e coerente nas suas decisões. Ficam mesmo assim dois lances em que devia ter decidido de outra forma, existe falta para penálti sobre Paulinho e aquela entrada ao cair do pano do David Simão é para vermelho directo, conduta imprópria para um profissional que nunca se dignou em pedir desculpa ao seu colega de profissão.
LUÍS GODINHO (VAR) - 3.5 - Correcta e corajosa a decisão da anulação óbvia do golo do Arouca na primeira parte, mas errou ao não alertar o árbitro para o empurrão ao Paulinho na área do Arouca e ainda ao não despertar o Fábio Veríssimo para o vermelho ao David Simão.
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