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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Rio Ave, da 19ª. jornada da Liga BWIN, que resultou numa vitória por 1-0. Golo de Youssef Chermiti, 84'.
CHERMITI JÁ DÁ VITÓRIAS AO SPORTING
Um golo solitário aos 84' deu a vitória aos leões em Vila do Conde numa exibição a preto e branco, muito descolorida. A equipa enfrentou inesperadas dificuldades em lidar com a forma muito aguerrida que os jogadores do Rio Ave disputaram os duelos no meio campo. Uma primeira parte com um rendimento muito distante do que vimos contra o SC Braga, resultou em muita luta, disputas bem rasgadinhas, mas sempre longe das balizas. A equipa trouxe algumas, poucas, melhorias para a segunda parte, mas foram os vilacondenses que quase chegavam primeiro ao golo numa fífia da defesa leonina, salvou o guarda-redes espanhol. Quase ao cair do pano, Gonçalo Inácio fez um passe a rasgar que encontrou o jovem Chermiti em boa posição para marcar o seu primeiro golo da carreira na equipa principal e dar a uma vitória importantíssima que mantém o Sporting na perseguição da Liga Milionária.
DESTAQUE - YOUSSEF CHERMITI - 4 - E o Youssef Chermiti não vai poder dormir esta noite, marcou o seu primeiro golo e logo o da vitória num jogo muito difícil. Foi sempre o melhor elemento, ganhou muitas bolas por antecipação aos centrais vilacondenses, depois teve uma boa oportunidade e não a desperdiçou, foi à ponta de lança. De elogiar também a sua tenacidade e critério na luta pela bola e pelo espaço em todos os lances que participou.
ANTONIO ADÁN - 4 - Salvou a noite do leão ao 53', negando o golo com grande defesa ao Boateng que lhe apareceu na cara isolado, na única oportunidade do Rio Ave. Momento que marcou a sua exibição.
RICARDO ESGAIO - 2 - Voltou à sua versão das exibições mais fracas, nunca encontrou a fórmula de ultrapassar os seus opositores e foi uma nulidade no ataque e nos cruzamentos sempre mal dirigidos e sem a intensidade que se exigia.
JEREMIAH ST. JUSTE - 3 - Foi dos que mais deu nas vistas na defesa e nas tentativas de saída rápida, mas nunca fez a diferença desejada. Esteve envolvido na fífia monumental que isolou o Boateng e que podia ter trazido amargos de boca a todos.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Foi o melhor elemento da defesa, verdade que errou ou tentar o corte ao Boateng quando devia tê-lo acompanhado, encurtando-lhe o espaço. Tentou várias vezes, mas sem êxito, o passe a rasgar a defesa adversária até que um entrou e foi ...jackpot, resultou no golo dos 3 pontos, foi o seu grande momento.
MATHEUS REIS - 2.5 - Muita correria, muita bulha, mas pouco discernimento no critério, cruzar sem ser tenso é mero treino para o guarda-redes adversário, melhor procurar outras opções. Dava a ideia que podia fazer algo excepcional em alguns lances mas depois saiam furados. Esteve melhor a defender, a fechar o seu corredor.
NUNO SANTOS - 2.5 - Uma noite algo complicada, sem a habitual inspiração, raramente conseguiu espaço para cruzar e nunca deu a intensidade na bola, que chegou sempre fácil para o adversário matar. A defender até cumpriu, mas do Nuno espera-se sempre muito mais e por isso foi substituído muito cedo, 56'. Recorde-se que ele estava no limite dos cartões amarelos, correndo o risco de falhar o embate de domingo, e talvez esse factor o tenha condicionado.
MANUEL UGARTE - 2.5 - Uma das piores exibições que lhe vimos fazer de leão ao peito, raramente entrou no timing do jogo adversário, perdeu muitos lances e muitos passes, sentiu-se neutralizado para o apoio aos colegas da frente. Também ficou mal na fotografia no lance que isolou o Boateng.
HIDEMASA MORITA - 2.5 - Não conseguiu agarrar o meio campo como se impunha e foi aí que o jogo da equipa começou a falhar, desta vez foi comido de cebolada no meinho do Rio Ave e não conseguiu inverter a situação. Pareceu fatigado com menor capacidade de reacção.
MARCUS EDWARDS - 2 - Tirou uma das suas folgas habituais, tem alternado jogo sim, jogo não, agora o sim é contra o FC Porto, esperemos que assim seja, que mantenha esse ritmo. Ontem só deu para dar uns bocejos na bola até ir tomar banho mais cedo, junto com o Nuno Santos
PEDRO GONÇALVES - 3 - Tentou espevitar várias vezes o jogo da equipa, mas esteve sempre muito sozinho, não houve apoios quando conseguiu fugir às marcações, faltou-lhe também discernimento no critério do passe. Teve o seu grande momento, ganhou espaço e atirou para o golo de bandeira fora da área, mas a bola bateu na trave e saiu.
FRANCISCO TRINCÃO - 2 - Alguns lances com rasgos curtos que não deram o efeito final desejado, voltou a falhar passes fáceis, tem que ler muito melhor o timing do passe, muito previsível, o adversário já sabe o que vai fazer e faz o corte, gerando depois contra-ataques que geram perigo.
ARTHUR GOMES - 2 - Foi lançado (55') ainda com muito tempo para se jogar na segunda parte, mas foi pouco produtivo e não cumpriu com a sua principal função de bloquear a ala esquerda ao adversário. Em três ocasiões viu o Hernani fugir e aparecer solto na direcção da baliza de Adán, mas felizmente em posição irregular, e foi duramente repreendido pelo treinador por isso.
JOVANE CABRAL - 1 - Foi uma nulidade, sem acerto nas suas acções, não fez um passe em condições e ainda perdeu a bola várias vezes e em situações perigosas para a equipa, apanhada desposicionada.
OSMANE DIOMANDE - 2 - Pouco tempo em jogo e já deu para mostrar muito, num momento em que o Rio Ave entrava no desespero do tudo por tudo, Diomande nunca se perturbou nas suas acções de corte, mostrou critério e personalidade com a bola no pé.
HÉCTOR BELLERÍN - 2 - O espanhol fez a sua estreia e com muita utilidade, foi lançado para travar o veloz Paulo Vítor, última cartada do Luís Freire, a sua experiência ajudou a anulá-lo e nem se deu por ele. Vem com ritmo alto e com boa capacidade à reacção, não é o Porro, mas ficaremos melhor salvaguardados na defesa com o Bellerín.
RÚBEN AMORIM - 4 - Foi noite para sofrer a bom sofrer e os adeptos também, que alívio foi o golo do Chermiti, via o tempo de jogo a escoar-se e nada de oportunidades de golo. Lançou cedo na segunda parte soluções vindas do banco, mas poucas melhorias trouxeram à equipa, não estava o Fatawu que podia ter ajudado. Atento, lançou o fresco e experiente Bellerín para anular o joker que o treinador adversário fez entrar, o veloz Paulo Vítor, mas o ex-Barcelona tratou dele.
LUÍS FREIRE - 4 - Jogo muito competente contra o Sporting, que raro que não ganham há 6 jogos, porque se apresentaram com uma equipa bem arrumada, competitiva e a jogar no campo todo. Verdade que souberam desenvencilhar bem na defesa e no meio campo, mas depois a equipa ficava muito curta, nunca conseguiu estender-se para perto da área do Sporting. Só com uma fífia do St.Juste conseguiram lá chegar, no tempo todo.
MANUEL MOTA (Árbitro) - 5 - Desta vez a melhor equipa em campo foi curiosamente a da arbitragem, mais surpreendente ainda por tratar-se do árbitro Manuel Mota, um velho conhecido. Boa arbitragem com o jogo sempre na mão, bem controlado e não se deixando ir nas cantigas do costume, das simulações, bem tecnicamente e disciplinarmente. E já vai em duas boas arbitragens consecutivas nos jogos do Sporting, depois daquele inferno do Pinheiro.
BRUNO ESTEVES (VAR) - 5 - Sem lances duvidosos para análise, não interferiu para não estragar o bom trabalho do colega, nota alta para toda a equipa.
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