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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Santa Clara da 26.ª jornada da Liga BWIN, que resultou numa vitória por 3-0. Golos de Paulinho 14', Francisco Trincão 22' e Marcus Edwards 52'.
LEÃO CONFIRMOU O BOM MOMENTO
Rúben Amorim parece ter encontrado finalmente os pontos de equilíbrio da equipa, chegaram tarde na época mas talvez ainda a tempo de pelo menos poder vir a garantir um dos objectivos principais, que é o acesso aos milhões da liga milionária. Jogo muito competente, muito vivo na primeira meia hora e de um só sentido em toda a partida no regresso do leão à competição. Sem nunca facilitarem até a vitória ficar praticamente garantida ainda cedo, aos 52 minutos, quando Marcus Edwards faz o 3-0. Os açorianos acusaram a diferença no resultado que podia ter ficado ainda mais dilatado e nada fizeram para responder, mesmo quando a equipa de Alvalade baixou consideravelmente o ritmo após as substituições a meio da segunda parte. Só por uma vez criaram perigo à baliza do Sporting, quando já nos descontos, tiveram um remate enquadrado, com a bola a beijar o poste com o guardião espanhol batido.
DESTAQUE - FRANCISCO TRINCÃO - 4 - Todos da equipa titular apresentaram-se com fome de bola, com uma exibição global equilibrada sem ninguém a destacar-se, a eleição cai no Trincão pela sua enorme disponibilidade no apoio ao trio da construção (Paulinho, Marcus e Pedro Gonçalves). Finalmente mostrou a capacidade de jogar o jogo todo sem grandes oscilações, marcou o segundo da noite e podia ter bisado por duas vezes.
ANTONIO ADÁN - 3.5 - Das noites mais tranquilas que teve em Alvalade, o adversário só ameaçou e com um remate ao poste, segundos antes do final do jogo.
ARTHUR GOMES - 4 - candidato ao destaque, a sua exibição foi a boa surpresa depois das dúvidas que se levantaram pelas ausências do Ricardo Esgaio e do Bellerín. Dois piques para cortar bolas nas costas dos colegas centrais já batidos, destacaram a sua competência, até parecia que já jogava há anos naquela posição.É verdade que o adversário ajudou, fez dele mais extremo que lateral e sendo um extremo...
OUSMANE DIOMANDE - 4 - Começou o jogo a central à direita, passou para o centro da defesa com a saída do Gonçalo inácio e acabou na esquerda com a saída do Matheus Reis e não se notou diferenças; personalidade e tremenda capacidade de antecipação. Precisa sim de melhorar a precisão do passe nas combinações triangulares nas saídas.
GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Alternou passes falhados com outros de perfeição, esteve sempre mais em foco com o que fazia no apoio à construção do que a defender, contra um adversário que quase nunca conseguiu passar do meio campo. Quase que marca com um bom cabezazo após uma bola parada. O resultado no placard já dilatado na primeira parte, permitiu a sua substituição por precaução ao intervalo, por ter torcido um pé.
MATHEUS REIS - 3.5 - Exibição quanto baste, muito activo na reacção pondo à prova algumas vezes a sua boa velocidade, não facilitou e fez bem a sua parte. O momento mais alto quando saiu a meio da segunda parte para dar lugar ao regresso do Luís Neto após longa paragem.
NUNO SANTOS - 3 - No segundo terço do terreno foi rei, mais infeliz nas acções no último terço, aí nada lhe saiu bem apesar das inúmeras tentativas de cruzamentos e passes para as costas da defesa açoriana.
MANUEL UGARTE - 3.5 - Mal tinha desfeito a mala da viagem, após longas horas de avião ainda chegou a tempo para fazer uns bons kilómetros a correr no relvado de Alvalade e com um dedo da mão atado com uma protecção. Já joga de olhos fechados naquele meio campo e não sabe jogar mal.
PEDRO GONÇALVES - 4 - Também candidato ao destaque, só que não jogou o tempo todo. Construiu muito jogo pelo interior e pela ala esquerda, rompendo as linhas do Santa Clara por várias vezes. Exímio no passe curto para o espaço que inventa, mostrou estar confiante e em forma. Fez a assistência para o golo do Paulinho.
MARCUS EDWARDS - 4 - Podia ter sido o destaque do jogo, voltou a ser o atacante mais desequilibrador, marcou um belo golo com o pé direito após uma bola lhe ter sobrado já dentro da área adversária e podia ter marcado mais dois, mas não foi eficaz. Fez ainda a assistência para o golo do Trincão. Saiu aos 75' para gestão de esforço, quarta feira vai ser mais duro em Barcelos
PAULINHO - 4 - Uma exibição muito viva a confirmar o bom momento com a confiança em alta. Devia ter sido o destaque, marcou o sempre difícil primeiro golo que desbloqueou o jogo e ainda participou no 3º golo marcado pelo colega Edwards. Por duas vezes chega uma nada atrasado a cruzamentos à boca da baliza.
JEREMIAH ST JUSTE - 3 - Após um grave défice de centrais, o Sporting passou ao luxo de ter quantidade e qualidade nesse sector, com seis centrais polivalentes, quiçá a equipa da Liga melhor apetrechada no eixo defensivo. Com o regresso do malogrado Luís Neto, o treinador pode fazer a gestão ajustada para ter sempre três centrais prontos para ir a jogo e sem se notar a ausência de ninguém. St. Juste fez o seu "treino intensivo" na segunda parte, já a preparar Barcelos e Casa Pia.
LUÍS NETO - 4 - Para grande parte do público que foi assistir ao jogo, a entrada do Luís Neto aos 70' foi o principal destaque da partida, grande ovação de todos e de pé em Alvalade que emocionaram o veterano jogador e capitão. Nota alta pela perseverança e grande fé de que iria retornar à competição. Agora vai encontrar uma realidade diferente, terá que enfrentar maior concorrência para o lugar ( St. Juste e Diomande).
HIDEMASA MORITA - 2 - Mais uma viagem muito desgastante por ter ido jogar pela sua selecção do Japão, jogos que têm afectado a sua performance com a equipa do Sporting. Jogou os últimos 20', sempre num ritmo baixo, moderado, modo de gestão.
MATEO TANLONGO - 2.5 - O miúdo mostrou muita raça nos duelos, não deu espaço algum ao adversário caindo-lhe logo em cima, algo que ainda não lhe tínhamos visto. Com adversários mais subidos joga mais recuado, onde já mostrou o seu bom lançamento teleguiado. Com o Santa Clara encostado às cordas, o jovem argentino e com a língua nos dentes não lhe deu tréguas na pressão. Deixou boas indicações da sua evolução.
ROCHINHA - 2 - O treinador ao lançá-lo no jogo depois de tanto tempo ausente, quis dar-lhe a possibilidade de poder renascer a motivação que lhe permita acreditar que vale a pena sempre lutar por um lugar, terá que continuar a trabalhar e mostrar que também tem unhas de leão.
RUBÉN AMORIM - 5 - Que desperdício as derrotas com o Chaves, Arouca e Marítimo, esta equipa, este futebol estaria agora a lutar pelo título. Encontrou finalmente os pontos de equilíbrio da equipa, tarde na época, mas visando já um futuro próximo que pode trazer a consistência exibicional. Resolveu os problemas na defesa, melhorou a consistência do Paulinho, do Trincão e do Marcus, acertou nas posições onde o Pedro rende mais e com tudo isso, a equipa até parece outra.
DANILDO ACCIOLY - 2 - Não há muito para dizer. A sua equipa tem deficiências que um treinador não vai conseguir resolver sem um melhoramento significativo dos activos à sua disposição.
ANDRÉ NARCISO (Árbitro) - 5 - O melhor elogio, é que quase nem demos por ele, assim deveriam ser todos os árbitros.
TIAGO MARTINS (VAR) - 3 - Pôde dormir a sesta, tudo aconteceu muito certinho lá no relvado, sem casos.
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