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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Rio Ave da 6ª jornada da Liga BETCLIC, que resultou numa vitória por 2-0. Golos de Paulinho 10' e Marcus Edwards 26'.
LEÃO GANHA, NUMA GRANDE DEMONSTRAÇÃO DE FORÇA
Com mais uma vitória sem espinhas, vencendo o Rio Ave (uma das melhores equipas da Liga), o Sporting recuperou a liderança do campeonato. Os leões entraram muito fortes no jogo, sem darem a mínima chance ao adversário, que logo de início foi obrigado a montar acampamento no seu meio campo, tal a avalanche dos ataques rápidos da equipa de Alvalade. Liderados principalmente por Marcus Edwards e Paulinho sobre a batuta de Morita, chegaram aos golos com naturalidade, marcando 2 e com mais uma mão cheia de oportunidades desperdiçadas na primeira meia hora e que dariam ainda mais cor à exibição bem conseguida em toda a primeira parte, de encher o olho aos adeptos que encheram as bancadas do estádio. O Rio Ave que nunca conseguiu chegar à baliza de Adán nos primeiros 45', entrou mais decidido a arriscar tudo na segunda metade da partida, avançando todo o bloco e fixando uma linha de 3 avançados, mas a equipa de Rúben Amorim já tinha trancado as portas, gerindo a vantagem num ritmo mais moderado mas com segurança, até final.
DESTAQUE - MARCUS EDWARDS - 5 - O inglês deu espectáculo, surpreendente na rapidez com que subiu de forma, correu quilómetros entregando-se de corpo e alma ao jogo e à equipa, teve o seu bem merecido prémio, no excelente lance que executou com velocidade, intensidade e boa visão, que resultaria no primeiro golo do jogo e pouco depois com nova execução de génio, a meter a bola na baliza pelo buraco da agulha, fazendo o seu primeiro golo na Liga esta época. Notável também, nas recuperações sem bola em várias acções defensivas bem executadas. É deste Edwards que a equipa necessita.
ANTONIO ADÁN - 3.5 - Foi espectador a maior parte do jogo. Na primeira parte só uma bola chegou mais perto da sua baliza, sobrevoando nas alturas e que foi parar na bancada, na segunda parte teve mais trabalho, principalmente nas bolas lançadas através de alguns pontapés de canto, mas que as suas mãos de ferro agarraram sempre com segurança. Viu por uma vez a bola entrar na sua baliza num lance que o VAR anulou por fora de jogo.
RICARDO ESGAIO - 3 - Fica o grande esforço e a dedicação que dá em todos os lances que disputa, mas teve a sina de destruir todas as bolas que lhe chegaram aos pés. O jovem espanhol esteve atento no banco...
OUSMANE DIOMANDE - 4 - Voltou a estar em grande destaque na defesa, nas acções dos cortes, a fechar, na antecipação e na saída com a bola no pé, sempre interessante a forma como decide com os pezinhos de veludo. Num dos últimos lances do jogo sentiu uma dor na coxa, saiu por precaução?.
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 4 - Boa exibição do capitão, intransponível e foi muitas vezes libero na antecipação a lances com bolas que chegavam pelo ar e que matou de raiz. Errou ontem menos nos passes curto e longo.
GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Exibição positiva e regular em todo o jogo, mais atento na antecipação e nos espaços que tinha que fechar, solto e desinibido também nas saídas com passe seguro.
NUNO SANTOS - 3 - Espevitou várias vezes o jogo no seu estilo habitual, conseguiu várias vezes ficar solto para cruzar para onde queria, mas pecou na definição. Participou nas várias triangulações rápidas que confundiram o adversário em toda a primeira parte, forçando-o a recuar no terreno.
MORTEN HJULMAND - 3.5 - Manteve a sua exibição regular e em bom plano em toda a primeira parte, com muita eficácia no desarme e a fechar os espaços no meio campo mesmo em zona alta, foi aí, que numa recuperação fez o passe lançando a fuga do Marcus que terminou no 2º e último golo do jogo. Mais discreto na etapa complementar acabou substituído (67').
HIDEMASA MORITA - 4.5 - Voltou a encher o campo e a mostrar pulmão que não acaba mais, muito competente nas suas tarefas, o que o torna cada vez mais fundamental na ideia de jogo do treinador, não sabe jogar mal e parece estar sempre em todo o lado. Fez assistência para o golo do Paulinho.
PEDRO GONÇALVES - 4 - Protagonizou lances que lhe dariam por larga margem o destaque do jogo, mas não era a sua noite, incrivelmente todos lhe saíram mal, ou por má decisão ou por má definição. Teve chances de fazer 2 ou 3 golos cantados e acabou no final a noite, sem glória. Correu muito, deu-se sempre ao jogo, mesmo em acções defensivas junto à sua área, por tudo o que fez e jogou, merecia ter recebido os festejos de pelo menos um golo marcado.
PAULINHO - 5 - Uma primeira parte de leão com juba, foi mortífero na luta, levando a maioria das vezes a melhor com os defesas de equipa de Vila do Conde, provocando-lhes tremendo desgaste e desorientação. Marcou o primeiro (estava no sítio certo para empurrar a bola) e protagonizou uma mão cheias de lances que tiveram o golo iminente, uma delas isolado, podia ter marcado, mas quis oferecer o golo ao Francisco Trincão.
DANIEL BRAGANÇA - 3 - Uma primeira parte jogada em muita velocidade, uma vantagem de 2 golos a juntar ao desgaste do jogo europeu na Áustria, fizeram a equipa baixar a intensidade na segunda parte, foi a vez de dar palco ao Daniel para controlar melhor a posse da bola que corria riscos de perder-se para o adversário, pautou e bem o jogo no ritmo que a equipa podia dar naquela altura sem correr maiores riscos.
FRANCISCO TRINCÃO - 1 - Nova entrada em falso, não acerta com o seu futebol, tem sempre algo errado nas suas acções, ou porque perde o timing do passe, ou porque teima em meter-se por caminhos impossíveis, vai somando más exibições que o comprometem e a equipa necessita do Trincão que todos conhecemos.
GENY CATAMO - 2 - Entrou na fase final da partida para explorar os espaços que o adversário já oferecia nas suas costas. Acabou mais posicional em zonas mais recuadas a ajudar a fechar o seu corredor, só por 2 vezes conseguiu libertar-se e fugir no contra ataque com espaço, mas acabou por decidir mal no ultimo passe.
MATHEUS REIS - 2 - Entrou também já na parte final da partida, mas com exibição muito modesta, bem distante das prestações que lhe vimos fazer em épocas anteriores. Muito preso na posição e pouca alegria nas intervenções fizeram-no passar despercebido.
LUÍS NETO - SEM NOTA - Entrou já no fechar do pano do jogo, a substituir o Diomande por lesão.
RÚBEN AMORIM - 5 - Podemos comparar as dificuldades dos rivais na jornada após os jogos europeus, só o Braga ganhou com folga no resultado, beneficiando de um cartão vermelho que o colocou em superioridade numérica muito cedo na partida. O Rúben fez uma preparação irrepreensível de um jogo que se antevia complicado e difícil, as equipas treinadas pelo Luís Freire dão sempre muita luta, jogando em toda a largura do campo, olhos nos olhos com o adversário, só com uma entrada daquelas muito forte, de leão, do melhor que lhe vimos fazer esta época, podia garantir os 3 pontos e o retorno à liderança da Liga.
LUÍS FREIRE - 2.5 - Foi enganado, não esperava aquela tremenda entrada, fortíssima do leão. Viu a sua equipa muito desorientada, aos papeis no relvado durante toda a primeira parte, sem conseguir responder à velocidade de passes e movimentações dos jogadores do Sporting, sabe que escapou a uma goleada que mataria o jogo para a segunda parte. Juntou depois as tropas ao intervalo e tentou surpreender na segunda parte, avançando as linhas, ainda meteram a bola na baliza do Adán, mas golos fora de jogo não valem e por aí ficou.
CLÁUDIO PEREIRA (Árbitro) - 5 - Uma das melhores arbitragens que assistimos na Liga. Este jovem árbitro parece ter futuro se não se deixar estragar, sempre bem no controle do jogo com boa visão dos lances. Um só erro e já na segunda parte, o central do Rio Ave Aderllan Santos devia ter ido tomar banho mais cedo, depois de um lance bem duro sobre o Paulinho, lance para amarelo e que seria o segundo e expulsão.
NUNO ALMEIDA (VAR) - 4 - Protagonizou o momento mais expectante da noite, a longa espera para a decisão do lance em que a bola entrou na baliza do Sporting, mas 6 cm já são muitos centímetros para um fora de jogo. De resto não se meteu em mais nada e foi o melhor que fez.
ADENDA
Todas as notas incluindo as dos árbitros e VAR são escritas imediatamente a seguir ao jogo sem a possibilidade de rever eventuais imagens novas que posssam ser apresentadas posteriormente. Com as imagens do jogo que nos foram apresentadas pela Sport TV não conseguimos identificar a enorme dureza do lance do Bruno Ventura sobre a perna do Morita a que o árbitro e VAR deviam ter dado vermelho.
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