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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com Farense da 7ª jornada da Liga BETCLIC, que resultou numa vitória por 3-2. Golos de Viktor Gyokeres 21' e 90' (penálti) e Pedro Gonçalves 35'.
LEÃO GANHOU, MAS SAIU CHAMUSCADO DO S.LUÍS
O Sporting saiu do Algarve na liderança isolada do campeonato após um jogo muito estranho, esteve tão perto de poder golear o adversário como o de ter saído vergado a um resultado escandaloso. A jogar em superioridade numérica e com 2 golos de diferença, permitiu com grande surpresa que o Farense chegasse ao empate com 2 tiros de livre, valeu um penálti já ao cair do pano (90'), que deram a vitória e os 3 pontos. O início da partida até que foi muito prometedor, 2 golos e expulsão de um jogador adversário, anteviam uma vitória fácil e por números expressivos, mas nada disso aconteceu, inexplicavelmente a equipa entrou numa espiral de erros individuais e colectivos que quase deitavam tudo a perder, levando os adeptos a um tremendo ataque de nervos., Estranhamente o Farense manteve-se sempre no jogo e acreditou que podia fazer história, empatou a partida e quase que chega a um escandaloso 3º golo. Terão todos que reflectir bastante no que aconteceu.
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 4.5 - Foi o herói, empurrou a equipa para a vitória. Marcou os dois penáltis com classe, não dando a mínima hipótese de defesa ao Ricardo Velho. O único elemento da equipa que nunca acusou a pressão. Teve as dificuldades esperadas em conseguir espaço num campo mais pequeno para aplicar a sua força e velocidade, nas raras vezes que o teve, fez estragos na defesa, como na primeira vez que conseguiu escapar, foi por ali fora e só parou quando cruzou para o lance que resultou no primeiro penálti.
ANTONIO ADÁN - 2 - Voltou a provar que livres directos perto da sua área são como penáltis, cada tiro cada melro, e foi sempre assim desde que chegou ao Sporting. Tem dificuldade na reacção do ataque à bola, quando reage já a bola vai a entrar na sua baliza. Fez defesa importante que evitou o terceiro golo do Farense.
RICARDO ESGAIO - 1 - Consegue com facilidade espaço para cruzar como quer, mas tudo destrói depois nos cruzamentos sempre mal direccionados, um lateral do Sporting tem que ter mais qualidade nesse tipo de lances. Um desastre.
OUSMANE DIOMANDE - 3 - Voltou a destacar-se no trio dos centrais, com melhor acerto, mas também acusou a saída do capitão (patrão), desgastou-se em acções extra, acudir para dobrar algumas bolas no centro e mesmo no lado oposto da defesa, para reparar erros dos colegas. Na hora de atacar a vitória deu preciosa ajuda aos colegas da frente nas acções de empurrar o adversário para trás , para junto da sua área.
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 1 - Teve uma saída prematura do jogo (12'), quando parecia arrancar para mais uma exibição ao seu nível, mas após um excelente corte num movimento acrobático, forçou a perna ou o joelho e sentiu dor, resolveu que era melhor parar e ficar por aí.
GONÇALO INÁCIO - 2.5 - Assumiu a posição do centro da defesa com a saída do capitão, mas nunca conseguiu assumir o comando, andou à deriva em vários lances e falhou algumas intersecções de bolas longas que causaram problemas e desgaste nos colegas na ajuda para reparar o erro. Faltou-lhe maior serenidade para poder ler melhor os lances e poder transmitir mais segurança à equipa.
NUNO SANTOS - 3 - Muito envolvido com o jogo, até porque grande parte dos lances de ataque da equipa passaram pelo seu corredor. Teve os seus momentos altos, 2 grandes remates, um voou por cima e o outro escaldou as mãos do Ricardo Velho, marcou o pontapé de canto que resultaria no segundo golo O seu pior momento quando se lembrou de fazer uma bicicleta perto da sua área na zona frontal, pôs-se a jeito e teve azar, livre, cartão amarelo e golo do adversário, terá que ter mais cabeça neste tipo de abordagem.
MORTEM HJULMAND - 1 - Jogo para esquecer do dinamarquês. Nunca conseguiu entrar no jogo e por isso tudo lhe saiu mal, foi menos um em toda a primeira parte. Uma falta disparatada que lhe provocou um cartão amarelo e um livre perigoso que resultaria no primeiro golo do adversário e pouco depois nova má abordagem à bola, lance em que acabou por escapar ao vermelho perdoado pelo árbitro. Não surpreende ter ficado na cabine após intervalo.
HIDEMASA MORITA - 3 - Exibição intermitente, teve um bom inicio de jogo, foi durante algum tempo o elo perfeito de equilíbrio da equipa, num meio campo com menos Hjulmand, mas após a vantagem de 2 golos entrou em acções mais desequilibradas, menos pensadas e com muita precipitação, deixando-se envolver depois pela pressão, quando a equipa da casa chegou ao empate.
PEDRO GONÇALVES - 3.5 - O mais esclarecido no transporte da bola, tentou várias acções com sucesso de rotura e já em zonas de finalização com remates que feriram o adversário, um deles fora da área numa execução perfeita deu o segundo golo à equipa. Manteve-se até final em alta rodagem, sem acusar o facto do adversário ter empatado a partida, teve por 2 vezes o 3º golo nos pés.
MARCUS EDWARDS - 2 - Voltou às exibições da aselhice, a mostrar grande fragilidade nos contactos físicas, (sempre que se encostam cai como uma pena) e desconcentrado, como no lance que se deixou antecipar no centro do terreno e que quase termina no 3º golo do adversário, os dribles nunca lhe saíram, com excepção precisamente na sua última tentativa, quase no final do jogo, quando apareceu estatelado no relvado, dentro da área do Farense e que resultou com o árbitro a marcar o penálti que deu o golo da vitória no jogo.
MATHEUS REIS - 2.5 - Entrou cedo no jogo, a substituir o capitão, parece estar melhor fisicamente que nos jogos anteriores, correu muito e viu-se solto sempre pronto a ir a todas, mas pecou na má leitura dos lances, muita precipitação que os danou. Por 2 vezes chegou à área adversária com espaço para cruzar, quando a equipa procurava voltar à vantagem no resultado, mas faltou precisão na direcção da bola.
PAULINHO - 3 - Deu outra dimensão ao ataque, sempre muito envolvido nas acções que obrigaram os centrais adversários a maior atenção e a ficarem mais posicionais a defender. Conseguiu chegar à bola em 2 cruzamentos, mas não conseguiu dar a força necessária nos cabeceamentos.
GENY CATAMO - 1 - Substituição falhada, não acrescentou nada à equipa quando mais precisava na hora do risco total na busca da vitória, foi sempre desarmado facilmente nas tentativas de aplicar os seus dribles rápidos, parece passar uma fase de menor convicção, de menor confiança.
DANIEL BRAGANÇA - 1 - Também pouco ou nada acrescentou com peso notado, nas suas acções nos 10' que jogou, mais fresco e com energia para ajudar a equipa a chegar ao golo da vitória, correu muito atrás da bola, mas poucas vezes a encontrou ou veio ter com ele.
RÚBEN AMORIM - 3 - Que sufoco mister. Com o ouro em ambas as mãos e quase que o entregam ao bandido. Não se compreende porque vários elementos da equipa não conseguiram decifrar o que o jogo pedia a partir da vantagem de 2 golos e ainda em superioridade numérica, porque afinal, todos os de Faro compreenderam perfeitamente e deram lição na leitura. Tão perto de golear e tão perto de um resultado que seria um escândalo e que deixaria marcas incalculáveis na equipa, escaparam de boa. Vai servir para reflectirem e conversarem todos já no treino imediato, perceberem o que afinal aconteceu. como se pode deixar o adversário alimentar-se das adversidades que a equipa lhe provocou?.
JOSÉ MOTA - 3 - Quase que viu o sonho realizar-se. O mérito da sua equipa nunca ter saído do jogo e manter-se sempre crente até ao fim, sem nunca se desmantelar, mesmo a perder por 2 e a jogar com 10 contra o líder do campeonato. Verdade que os 2 tiros certeiros de livre que deram o empate foram fundamentais, a vitamina que alimentou a fé. Aplicaram as armas que poderam e aceita-se, muito por culpa do Sporting, que as permitiu e não conseguiu contrariar.
LUÍS GODINHO (Árbitro) - 2 - Vários erros técnicos e disciplinares e que geraram discussão, atiraram o jovem arbitro alentejano para uma nota negativa. Verdade que perdoou o segundo cartão amarelo ao dinamarquês do Sporting, mas parece também ter errado no primeiro amarelo, o avançado farense faz falta primeiro, atirando com a mão ao peito do Morten, ou marcava a primeira falta ou não marcava nada. A bicicleta do Nuno é executada sem adversários por perto, é já na queda do jogador do Sporting quando um adversário se acerca precisamente para provocar o contacto, ajuizou mal o lance e com consequências. No último penálti, apitou prontamente e não foi contrariado pelo VAR.
MANUEL MOTA (VAR) - 1 - Também errou grosseiramente, devia ter chamado o árbitro para ver as imagens do lance que resultou na expulsão, nem amarelo quanto mais vermelho, o guarda redes ainda está dentro do lance e nunca se irá saber se chegaria à bola. Errou no último lance de penálti, o Zé Luís já lá tinha a perna quando a inglês lhe tocou e caiu.
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