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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Arouca da 8ª jornada da Liga BETCLIC, que resultou num vitória por 2-1. Golos de Gyokeres 31' e Morita 68'.
A FÚRIA DO VIKING
O Sporting CP segurou a liderança da Liga contra todas as adversidades. Num erro gravíssimo do árbitro sofreu uma expulsão e logo a seguir o golo do empate do Arouca que fez soar todos os sinos de alarme em Alvalade. Foi necessário arregaçarem as mangas e com um extraordinário espírito de união, liderados pelo fantástico Viktor Gyokeres que empurrou a equipa para a vitória merecida. Conseguiram manter sempre o equilíbrio do jogo estando em inferioridade numérica desde os 42', muito mérito do treinador que respondeu sempre bem ao que a equipa e o jogo pediam.
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 5.5 - Empurrou a equipa para a vitória, incorporou todas as dores da equipa perante a injustiça da expulsão e partiu para a guerra com a fúria de vingança, ostentando o estandarte do Leão com muita firmeza. Marcou o golo inaugural após uma excelente desmarcação e depois ...foi destruindo sozinho toda a defesa do Arouca. É de facto um ponta de lança fantástico.
ANTONIO ADÁN - 3 - Voltou a ser fuzilado, mas desta vez com um cabezazo, teve reacção tardia à bola que passou por cima da sua cabeça, fica a ideia que podia ter feito algo mais. Brilhou já na parte final segurando a vitória com defesas seguras a remates que levavam perigo.
RICARDO ESGAIO - 2.5 - Ameaçou surpreender quando arrancou logo no início 2 cruzamentos bem intencionados mas, baaah! Voltou à sua versão normal e claro, foi substituído no início da 2ª parte..
OUSMANE DIOMANDE - 2 - Viu-se expulso pelo árbitro sem ter feito nada, uma das expulsões mais estranhas que temos visto. O jogo também não lhe estava a correr de feição, viu o primeiro amarelo após uma quezília desnecessária com um adversário e aos 4' de jogo oferece uma bola que tinha controlada ao avançado do Arouca, que quase se isola na área do Sporting.
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 3.5 - Exibição de bom nível, oferecendo sempre o peito às balas, pena que não tenha visto o Rafa escapar nas suas costas e ir cabecear para o golo do empate e que colocava a equipa líder do campeonato em sérios apuros. Acabou em bom plano, também ele a empurrar a equipa para a vitória.
GONÇALO INÁCIO - 3.5 - É a segunda boa exibição em jogos seguidos, o que indica ter encontrado o seu bom momento de forma, muito rápido a decidir o ataque aos lances, assumindo liderança nos duelos. Mostrou confiança no passe entre linhas.
NUNO SANTOS - 2.5 - Muita parra, muita energia...desperdiçadas! Nada saiu com resultados práticos das suas acções e também foi substituído após o início da 2ª parte.
MORTEN HJULMAND - 3 - Na fronteira da nota positiva. Exibiu-se sem selo de qualidade, muito esforçado e preocupado em querer fazer tudo bem. Assumiu pouca autoridade nos lances, dando algumas poucas mordidas nos adversários e falhou algumas intersecções que provocaram espaços abertos para o adversário poder contra atacar.
HIDEMASA MORITA - 4 - O elemento mais regular da equipa em todo o jogo e quando a equipa mais necessitou. Apareceu de rompante na área do Arouca a fazer o golo da vitória que fez levantar as bancadas quase cheias do estádio.
PEDRO GONÇALVES - 3.5 - Ainda anda longe da sua melhor forma, não consegue definir bem na maioria dos lances, mas brilhou no melhor momento da noite, desta vez saiu uma lebre da cartola, quando serviu redondinha a bola para o Morita fuzilar para o golo que segurou a liderança no campeonato.
MARCUS EDWARDS - 3.5 - Foi o sacrificado com o disparate do árbitro, saiu para entrar o Matheus Reis. Com um início fulgurante, parece ter reencontrado o caminho das boas exibições, executou vários cruzamentos brilhantes que desequilibraram a defesa adversária, um deles resultou no 1º golo.
MATHEUS REIS - 3 - Também na fronteira da nota positiva, procurou sempre correr mais que a bola mas deu importante disponibilidade física, o que fez equilibrar na desvantagem numérica. Assegurou as costas dos colegas da frente que tentavam com maior risco passar de novo para a frente do marcador.
GENY CATAMO - 3 - Entrou com a missão de aproveitar os espaços que o avançado sueco provocava na defesa do Arouca, era o momento do risco total e correu bem, 10' após a sua entrada a equipa fazia o 2º golo. Decidido correu em largas diagonais pelo centro do terreno a provocar o caos nas linhas adversárias.
EDUARDO QUARESMA - 2 - Surpreendeu a sua entrada a substituir o Nuno Santos e fez exibição irregular. Dificuldades visíveis no início em acompanhar a intensidade dos lances. Foi ultrapassado uma vez e quase dava o 2º golo do Arouca, recompôs-se e teve melhor reacção na antecipação e nos cortes, não inventou no passe. Por estratégia foi substituído nos derradeiros instantes da partida (era necessário meter água na fervura, a vitória estava praticamente garantida).
DANIEL BRAGANÇA - 2.5 - Entrou bem na partida, deu o equilíbrio que podia perder-se num momento muito decisivo do jogo. Mostrou personalidade em prender e esconder a bola, teve critério no passe para os colegas em espaços mais abertos livres de adversários.
LUÍS NETO - 1 - Estratégica a sua entrada nos instantes finais, o seu treinador jogava já com o relógio, com a liderança do campeonato a segundos de estar assegurada.
RÚBEN AMORIM - 5 - Ufff, que jogo mister! Suou a bom suor no banco e com a alma apertada. Manteve-se sempre (aparentemente) calmo depois de 2 violentos murros no estômago, o árbitro ter inventado uma expulsão e o golo do empate logo a seguir. Teve a cabeça fria e foi dando à equipa o que ela necessitava, os jogadores foram muito solidários dentro do campo, mas tiveram um líder no banco que os soube orientar para atingirem o objectivo. Superaram uma das provas mais complicadas que tiveram até agora no campeonato e que vai unir ainda mais o grupo.
DANIEL RAMOS - 2.5 - Já esfregava as mãos de contente, uma expulsão caída do céu e logo a seguir ver a sua equipa fazer o golo do empate, diga-se, que após um excelente cruzamento que foi meio golo. Mas não contou com a força do leão liderado por um Viking em fúria, nem com 3 e por vezes 4 defesas à volta do gigante sueco o fizeram parar, foi missão impossível e teve que arrear na ideia de pontuar. Levaram sim um tremendo pesadelo para as próximas noites, o Viking de verde e branco em fúria ainda a correr atrás deles.
ANTÓNIO NOBRE (Árbitro) - 1 - Como uma decisão de todo imbecil de um árbitro pode estragar um jogo e dar cabo dos objectivos de uma equipa! Fica assim tão fácil expulsar um jogador do Sporting? Colocar a equipa a jogar mais de 50' em inferioridade numérica? E não foi só esse erro, teve outros, menores mas igualmente incompreensíveis. É grave!!! No intervalo deve ter-se dado conta das tremendas asneiras que fez, porque regressou para a segunda parte de consciência bem pesada.
BRUNO ESTEVES (VAR) - 3.5 - As asneiras fé-las o árbitro, o muito pouco mas não menos importante que lhe tocou a si fazer, fé-lo correctamente.
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