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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Vitória de Guimarães da 13ª jornada da Liga BETCLIC, que resultou numa derrota por 3-2. Golos de Gonçalo Inácio 41' e Nuno Santos 77'.
FALTOU CABEÇA, ESTOFO E UM ÁRBITRO & VAR HONESTOS
O Sporting caiu em Guimarães e é derrotado pela segunda vez em duas semanas a oportunidade de cavar uma vantagem confortável na liderança agora repartida com o FC Porto, que recebe em Alvalade na próxima jornada. A equipa conseguiu o mais difícil, chegar à vantagem no marcador, mas um penálti inventado pelo árbitro deu o empate ao adversário, mesmo ao cair do pano da primeira parte (45+7). A entrada do Nuno Santos (fez o 2-2) na segunda parte, trouxe à equipa maior velocidade na procura de voltarem à vantagem, ofereceu de bandeja ao Francisco Trincão soberana oportunidade para fazer o 2-1 (rematou à figura do guarda redes vimaranense), mas os erros de Morita e sobretudo de Adán repartidos com a defesa, mataram a noite do leão, num jogo em que no conjunto de Rúben Amorim houve vários momentos de desconcentração de alguns jogadores que tiveram uma prestação de sub-rendimento.
DESTAQUE - GENY CATAMO - 3.5 - Dos mais regulares em todo o jogo, tentou várias vezes dar ritmo mais acelerado para contrariar a lentidão com que a equipa construía os lances de ataque. Ganhou a maioria dos duelos, obrigando o Guimarães a jogar quase sempre com as suas linhas muito recuadas.
ANTONIO ADÁN - 2 - Continua a alternar o bom (fez 2 excelentes defesas a negar o golo ao Guimarães) e o péssimo, voltando a borrar a pintura, uma má abordagem em que se colocou a jeito no lance que abriu caminho ao penálti de João Pinheiro. Tem também responsabilidades, repartidas, no terceiro golo que ditou a derrota da equipa, fazendo mal a mancha quando o poste estava a seu cargo.
RICARDO ESGAIO - 1 - Jogar bem um jogo muito de vez em quando é manifestamente curto para se ser jogador do Sporting. Ontem voltamos a ver a sua versão normal, uma fraca prestação com vários erros no passe e na abordagem dos lances. Sempre muito limitado quando o adversário não dá espaços.
OUSMANE DIAMONDE - 2.5 - Fazer de Coates, só mesmo o Coates. Começou bem, imperial no corte mas o segundo golo do adversário perturbou-lhe a concentração e o norte dos espaços, com culpas directas no 3º golo, comido numa tabela tão simples.
GONÇALO INÁCIO - 3 - O Pote e o Trincão fizessem os golos cantados na baliza do Bruno Varela e o jogo teria tido um outro desfecho, com o jovem central a sair de uma noite muito positiva. Fez o primeiro da noite pleno de oportunidade, mas depois também acusou a forma como sofreram o segundo golo e foi por ali abaixo, perdeu serenidade e precipitou-se várias vezes, errando vários passes.
MATHEUS REIS - 2.5 - Quando encostado à linha é uma nulidade no apoio da construção, com muita falta de critério na decisão no último terço e com cruzamentos disparatados. Demasiado previsível nos seus movimentos.
MORTEN HJULMAND - 3 - Cauteloso no tempo de entrada pelo receio do amarelo que o retiraria do clássico, atacou a bola e o adversário só pela certa. Evitou o contacto físico o que lhe retirou muito do seu potencial, ainda assim teve exibição positiva, com vários cortes importantes pela boa leitura que teve dos lances.
HIDEMASA MORITA - 2 - Continua em evidente sub-rendimento e com o agravante de ter cometido erros e falhas de concentração que não lhe são habituais, precipitou-se quando não leu bem o lance que resultou no 2º golo do Guimarães, desviando a bola para dentro da sua baliza quando ia direitinha para as mãos do Adán. Momento alto, quando num passe acrobático assistiu para o Gonçalo Inácio fazer o primeiro golo do jogo.
PEDRO GONÇALVES - 3.5 - Com mais concentração podia ter feito o 2-0 aos 45+1', precipitou-se no timing na sua arrancada em que se isolou e chapelou o Bruno Varela, golo anulado por muito pouco. Esteve nos dois golos da equipa, no passe para Morita no 1º e desmarcou o Nuno Santos no 2º.
MARCUS EDWARDS - 2 - Exibição muito cinzenta, nunca conseguiu concluir os lances, perdendo vários por antecipação dos defesas adversários e por não largar a bola no momento certo, deu muito pouco à equipa.
VIKTOR GYOKERES - 2.5 - A pior exibição desde que chegou, tudo lhe saiu errado, teve grande oportunidade de isolar facilmente o Nuno Santos para eventual remontada (seria a segunda da noite), mas mediu muito mal o passe. Deixou-se aprisionar na teia montada pelos centrais vimaranenses que abusaram do contacto físico, várias (muitas) vezes na falta clara, a que o árbitro fez vista grossa em toda a primeira parte.
NUNO SANTOS - 3.5 - Esteve à beirinha da remontada, mas o passe de morte do Viktor saiu para as suas costas e logo a seguir de ter feito o 2-2 após fuzilar o Bruno Varela. Mostrou sempre inconformismo até ao derradeiro segundo, empurrando a equipa sempre para a frente.
PAULINHO - 2 - Compreende-se a sua entrada e no momento certo, mas foi ineficaz nas suas acções, sempre muito precipitadas e que pediam melhor decisão.
FRANCISCO TRINCÃO - 2.5 - Tentou levar a sua magia ao ataque, com alguns (poucos) movimentos bem executados na diagonal, na procura de espaços a rasgar a última linha da defesa vimaranense, mas faltou uma melhor sincronização com os colegas. Teve soberana oportunidade de fazer o 2-1, rematou de primeira mas à figura do guarda redes Bruno Varela, podia e devia ter feito melhor.
RÚBEN AMORIM - 2 - O que conta são os resultados e o Sporting vai no 4º jogo sem ganhar aos cinco primeiros classificados na Liga, terá que reflectir, não pode ser só coincidência, estará a faltar algumas coisas importantes e terá que analisar a fundo. Verdade que é sempre por detalhes que acabam mortos na praia, mas só ao Sporting acontecem esses detalhes? Tem sido sempre com muito esforço e muito trabalho para a equipa chegar ao golo e depois o adversário em lances muito simples mete a bola na baliza do Adán, algo não estará a bater certo. As experiências antes feitas com o Esgaio a central nunca resultaram, porquê repetir? Com a saída do Hjulmand quem ficou a cargo de fechar à frente dos centrais? Foi treinado ou foi solução de recurso? Ficou confuso e deu em mais um derrota no espaço de 2 semanas, com 6 pontos a voarem.
ÁLVARO PACHECO - 4 - Preparou bem o jogo, recuar a equipa para sair só em contra-ataque, anular algumas das peças principais do Sporting, especialmente Gyokeres, mas teve um grande aliado, será que já sabia? O árbitro permitiu o vale tudo para pararem o sueco e ainda lhes ofereceu um penálti em lance escandaloso. Aproveitou e bem depois os erros da defesa do Sporting para marcar mais dois golos, teve mérito na ousadia.
JOÃO PINHEIRO (Árbitro) - 1 - Mais uma arbitragem habilidosa deste árbitro que soma erros e mais erros nos jogos do Sporting, fácil e inteligente a sua estratégia, deixar o jogo correr para os 2 lados, sabendo que grande parte do tempo estaria o Sporting no ataque e com isso a defesa contrária iria cometer faltas que ignorou, para depois seguir o mesmo critério nos raros lances de ataque do Guimarães e nas pouquíssimas faltas (6) cometidas pela defesa do Sporting e com isso limpou-se, deu uma imagem de igualdade, mas muito mentirosa. A cereja no topo do bolo, a prontidão ao assinalar um penálti escandaloso, como mostraram as imagens.
HUGO MIGUEL (VAR) - 1 - Um mistério, alguém que explique o reaparecimento deste árbitro no VAR, precisamente num jogo complicado para o Sporting, depois de ter sido castigado com 2 meses de ausência por um erro em que beneficiou precisamente o mesmo Sporting, curioso!. Que coragem teve ele em não chamar o árbitro para ver as imagens do lance escandaloso do penálti!!! E agora vai acontecer-lhe o quê?...
Talvez, a exemplo de António Nobre e Artur Soares Dias, vai ser premiado com jogos nas Arábias, com Pinheiro a seu lado. Quando pensamos que mau trabalho vai ser punido, acaba por ser premiado, tal a podridão do sistema vigente.
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