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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Rio Ave da 23ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou num empate 3-3. Golos de Morten Hjulmand 9', Viktor Gyokeres 44' e Sebastián Coates 73'.
FALTOU CABEÇA E COMPETÊNCIA !!!
Ao contrário do que prometeu o treinador do Sporting, afinal a equipa não se apresentou tão preparada para o embate em Vila do Conde, sendo surpreendida por um Rio Ave que teve a ousadia de dividir e discutir a posse e superiorizar-se a espaços na disputa dos lances. Os leões que entraram na partida praticamente a perder (3'), resultado de um erro grave do Geny Catamo que se deixou ultrapassar facilmente pelo marcador do golo, conseguiram depois a remontada, mas entraram numa espiral de erros grosseiros, alguns de difícil explicação, como as 2 grandes penalidades escusadas que ofereceram uma vitamina extra, a que os vilacondenses não se fizeram rogados. Coates ainda deu a esperança da vitória quando voltou a empatar a partida (3-3), mas faltou cabeça, organização e competência na zona de finalização. Um resultado que bem negativo na luta pelo título, mas só podem queixar-se de si próprios, independentemente dos erros grosseiros que a dupla árbitro/VAR cometeu, prejudicando o Sporting na influência directa do resultado final.
DESTAQUE - HIDEMASA MORITA - 3.5 - Acabou por ser o elemento mais regular da equipa, o que menos erros cometeu. Esteve directamente envolvido no 1º (assistência) e 3º golos da equipa.
ANTONIO ADÁN - 1 - Voltou aos desempenhos catastróficos, exibição de um guardião "finito", numa clara linha descendente da sua carreira, nestes momentos que a equipa necessitava de um grande guarda redes. desiludiu, com péssimas abordagens. Provocou insegurança em quase todos os lances que interviu, um penálti escusado por chegar atrasado, uma bola que largou e que quase deu golo, somando várias outras decisões estranhas, como o arriscar fintar adversários junto à linha de golo.
GENY CATAMO - 1 - Entrou pessimamente mal na partida, como pode ser comido daquela forma tão facil no lance do primeiro golo? Acusou o erro e nunca mais se reencontrou, andou noutra frequência diferente da do jogo, ou se adiantava ou chegava atrasado aos lances.
OUSMANE DIOMANDE - 2 - Uma sombra do que tinha feito no jogo europeu anterior, teve dificuldades em acompanhar a velocidade dos avançados do Rio Ave por má leitura nos lances. Não deu a devida cobertura ao Geny na primeira parte e acumulou erros por faltas desnecessárias no segundo tempo, quando passou para a esquerda da defesa.
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 3.5 - Seria também justo dar-lhe o destaque, impediu a derrota da equipa e deu o exemplo na raça e na concentração. Transmitiu sempre boa energia à equipa, empurrando-a por todos os meios para a muito desejada vitória que acabou por não acontecer.
GONÇALO INÁCIO - 2 - Muitas dificuldades em assentar o seu jogo, a acompanhar o ritmo alucinante da partida durante a primeira parte. Os demasiados espaços que o Nuno Santos deixava descobertos ainda lhe aumentaram os problemas. Acabou por sair com procupante lesão muscular.
NUNO SANTOS - 1 - Noite de pesadelo e inaceitável para um profissional do Sporting. Matou a equipa e no pior momento com um penálti inacreditável. O que é que lhe passou pela cabeça para atacar o lance quando só bastava fazer contenção? Além desse lance desastroso, acumulou uma série brutal de acções negativas. Terá as orelhas a arder, pelos raspanetes que levou do capitão Coates e do próprio Gyokeres. Uma atitude no jogo incompreensível, só ao nível de um juvenil e que teve consequências.
MORTEN HJULMAND - 3.5 - Esteve sempre por cima na luta pelo meio campo, pena a grande instabilidade que a defesa provocou em toda a equipa e que o tirou do sério. Com um bom remate de ressaca fez o 1-1 e tentou repetir o mesmo remate por mais 2 vezes, mas acertou mal na bola.
PEDRO GONÇALVES - 2.5 - Noite para esquecer, teve vários lances muito favoráveis para dar a vitória à equipa, mas esteve péssimo no remate e desastrado nas bolas paradas. Noutros lances no meio campo e com espaço raramente conseguiu dar a bola em boas condições aos colegas da frente.
FRANCISCO TRINCÃO - 3 - Estava a ser claramente o elemento mais desequilibrador da equipa até se lesionar fortemente, num lance de claro penálti e eventual expulsão (pé em riste de pitões do Miguel Nóbrega) a que o árbitro e VAR fizeram vista grossa. Antes voltou a estar à beirinha de marcar, numa recarga à boca da baliza que proporcionou a defesa da noite ao Jhonatan.
VIKTOR GYOKERES - 3.5 - Voltou a ser o elemento mais inconformado e que mais tentou levar a bola e a equipa até à área do Rio Ave, teve duas oportunidades, numa fez o golo da remontada quase a terminar a primeira parte e que podia ter galvanizado a equipa para a vitória, na outra o guarda-redes defendeu.
EDUARDO QUARESMA - 3 - O jogo rapidamente decifrou que devia ter sido ele o escolhido de início, conseguiu com melhor eficácia parar aquela ala direita supersónica do Rio Ave, mas também não ficou bem na fotografia quando deixou o Azis aparecer solto na área, com o Adán a provocar o penálti.
MARCUS EDWARDS - 1 - Entrou muitíssimo mal na partida, não se viu ganhar um único lance, apresentando-se particularmente inadaptado ao terreno e ao jogo do adversário, foi sempre um a menos na equipa.
MATHEUS REIS - 1 - Também não entrou nada bem no jogo, o que lhe valeu fortes reprimendas dos colegas especialmente do Hjulmand. lento e previsível no passe e quando parecia entrar finalmente no jogo, o árbitro apitou para o final.
RÚBEN AMORIM - 2 - Difícil traçar em poucas palavras o muito que deve ser dito da preparação deste jogo em Vila do Conde, queimou-se um tiro por culpa própria, vários jogadores da equipa não conseguiram apresentar a mentalidade competitiva que se exigia para as características do adversário, cometendo serie de acções de erros grosseiros que surpreenderam muito pela negativa. Quando as coisas no relvado não estão a correr bem e só se fazem três substituições, é porque a lição foi mal estudada por todos e o banco não previu soluções. Os corredores foram muito mal defendidos, fechados e nada trouxeram de útil no ataque e na profundidade. Faltou cabeça, organização e competência.
LUÍS CARLOS FREIRE - 5 - Voltou a mostrar o que já se sabia, um treinador da nova era, com futuro. Muita audácia na forma como montou a sua equipa e do pouco fez muito, olhou de frente sem medo a equipa que pratica o melhor futebol em Portugal, dividiu o jogo, os lances e a posse de bola com mérito e lealdade. Travou o Sporting, mas também beneficiou claramente dos erros grosseiros das equipas de árbitros.
ANDRÉ NARCISO - 1 - Arbitragem manhosa com tendências de inclinação nas suas decisões, prejudicando claramente o Sporting no técnico e disciplinar, deixando depois à conveniência a batata quente nas mãos do VAR nos lances capitais. Viu claramente a joelhada na cara do Gyokeres que seria expulsão, viu o penálti sobre o Trincão e viu a falta clara sobre o Pote no lance que resultou no golo do Rio Ave, a sua intenção percebeu-se também na altura dos descontos, depois do tempo que o jogador expulso demorou a sair do relvado, apitou aos 5' exactos, a missão foi cumprida?
ANTÓNIO NOBRE - 1 - Se ao árbitro ainda se lhe pode dar algum benefício da dúvida nos lances descritos, ao VAR com toda aquela artilharia de camâras e vídeos não pode haver perdão para erros tão grosseiros e agora o que vai acontecer-lhe? No futebol português, o crime é um negócio rentável, compensa sempre !!!
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