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As Notas de Julius 2023/24 (35)

Julius Coelho, em 26.02.24

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Rio Ave da 23ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou num empate 3-3. Golos de Morten Hjulmand 9', Viktor Gyokeres 44' e Sebastián Coates 73'.

FALTOU CABEÇA E COMPETÊNCIA !!!

Ao contrário do que prometeu o treinador do Sporting, afinal a equipa não se apresentou tão preparada para o embate em Vila do Conde, sendo surpreendida por um Rio Ave que teve a ousadia de dividir e discutir a posse e superiorizar-se a espaços na disputa dos lances. Os leões que entraram na partida praticamente a perder (3'), resultado de um erro grave do Geny Catamo que se deixou ultrapassar facilmente pelo marcador do golo, conseguiram depois a remontada, mas entraram numa espiral de erros grosseiros, alguns de difícil explicação, como as 2 grandes penalidades escusadas que ofereceram uma vitamina extra, a que os vilacondenses não se fizeram rogados. Coates ainda deu a esperança da vitória quando voltou a empatar a partida (3-3), mas faltou cabeça, organização e competência na zona de finalização. Um resultado que bem negativo na luta pelo título, mas só podem queixar-se de si próprios, independentemente dos erros grosseiros que a dupla árbitro/VAR cometeu, prejudicando o Sporting na influência directa do resultado final.

Screenshot (1333).png

DESTAQUE - HIDEMASA MORITA - 3.5 - Acabou por ser o elemento mais regular da equipa, o que menos erros cometeu. Esteve directamente envolvido no 1º (assistência) e 3º golos da equipa.

ANTONIO ADÁN - 1 - Voltou aos desempenhos catastróficos, exibição de um guardião "finito", numa clara linha descendente da sua carreira, nestes momentos que a equipa necessitava de um grande guarda redes. desiludiu, com péssimas abordagens. Provocou insegurança em quase todos os lances que interviu, um penálti escusado por chegar atrasado, uma bola que largou e que quase deu golo, somando várias outras decisões estranhas, como o arriscar fintar adversários junto à linha de golo.

GENY CATAMO - 1 - Entrou pessimamente mal na partida, como pode ser comido daquela forma tão facil no lance do primeiro golo? Acusou o erro e nunca mais se reencontrou, andou noutra frequência diferente da do jogo, ou se adiantava ou chegava atrasado aos lances.

OUSMANE DIOMANDE - 2 - Uma sombra do que tinha feito no jogo europeu anterior, teve dificuldades em acompanhar a velocidade dos avançados do Rio Ave por má leitura nos lances. Não deu a devida cobertura ao Geny na primeira parte e acumulou erros por faltas desnecessárias no segundo tempo, quando passou para a esquerda da defesa.

SEBASTIÁN COATES (Cap) - 3.5 - Seria também justo dar-lhe o destaque, impediu a derrota da equipa e deu o exemplo na raça e na concentração. Transmitiu sempre boa energia à equipa, empurrando-a por todos os meios para a muito desejada vitória que acabou por não acontecer.

GONÇALO INÁCIO - 2 - Muitas dificuldades em assentar o seu jogo, a acompanhar o ritmo alucinante da partida durante a primeira parte. Os demasiados espaços que o Nuno Santos deixava descobertos ainda lhe aumentaram os problemas. Acabou por sair com procupante lesão muscular.

NUNO SANTOS - 1 - Noite de pesadelo e inaceitável para um profissional do Sporting. Matou a equipa e no pior momento com um penálti inacreditável. O que é que lhe passou pela cabeça para atacar o lance quando só bastava fazer contenção? Além desse lance desastroso, acumulou uma série brutal de acções negativas. Terá as orelhas a arder, pelos raspanetes que levou do capitão Coates e do próprio Gyokeres. Uma atitude no jogo incompreensível, só ao nível de um juvenil e que teve consequências.

MORTEN HJULMAND - 3.5 - Esteve sempre por cima na luta pelo meio campo, pena a grande instabilidade que a defesa provocou em toda a equipa e que o tirou do sério. Com um bom remate de ressaca fez o 1-1 e tentou repetir o mesmo remate por mais 2 vezes, mas acertou mal na bola.

PEDRO GONÇALVES - 2.5 - Noite para esquecer, teve vários lances muito favoráveis para dar a vitória à equipa, mas esteve péssimo no remate e desastrado nas bolas paradas. Noutros lances no meio campo e com espaço raramente conseguiu dar a bola em boas condições aos colegas da frente.

FRANCISCO TRINCÃO - 3 - Estava a ser claramente o elemento mais desequilibrador da equipa até se lesionar fortemente, num lance de claro penálti e eventual expulsão (pé em riste de pitões do Miguel Nóbrega) a que o árbitro e VAR fizeram vista grossa. Antes voltou a estar à beirinha de marcar, numa recarga à boca da baliza que proporcionou a defesa da noite ao Jhonatan.

VIKTOR GYOKERES - 3.5 - Voltou a ser o elemento mais inconformado e que mais tentou levar a bola e a equipa até à área do Rio Ave, teve duas oportunidades, numa fez o golo da remontada quase a terminar a primeira parte e que podia ter galvanizado a equipa para a vitória, na outra o guarda-redes defendeu.

EDUARDO QUARESMA - 3 - O jogo rapidamente decifrou que devia ter sido ele o escolhido de início, conseguiu com melhor eficácia parar aquela ala direita supersónica do Rio Ave, mas também não ficou bem na fotografia quando deixou o Azis aparecer solto na área, com o Adán a provocar o penálti.

MARCUS EDWARDS - 1 - Entrou muitíssimo mal na partida, não se viu ganhar um único lance, apresentando-se particularmente inadaptado ao terreno e ao jogo do adversário, foi sempre um a menos na equipa.

MATHEUS REIS - 1 - Também não entrou nada bem no jogo, o que lhe valeu fortes reprimendas dos colegas especialmente do Hjulmand. lento e previsível no passe e quando parecia entrar finalmente no jogo, o árbitro apitou para o final.

RÚBEN AMORIM - 2 - Difícil traçar em poucas palavras o muito que deve ser dito da preparação deste jogo em Vila do Conde, queimou-se um tiro por culpa própria, vários jogadores da equipa não conseguiram apresentar a mentalidade competitiva que se exigia para as características do adversário, cometendo serie de acções de erros grosseiros que surpreenderam muito pela negativa. Quando as coisas no relvado não estão a correr bem e só se fazem três substituições, é porque a lição foi mal estudada por todos e o banco não previu soluções. Os corredores foram muito mal defendidos, fechados e nada trouxeram de útil no ataque e na profundidade. Faltou cabeça, organização e competência.

LUÍS CARLOS FREIRE - 5 - Voltou a mostrar o que já se sabia, um treinador da nova era, com futuro. Muita audácia na forma como montou a sua equipa e do pouco fez muito, olhou de frente sem medo a equipa que pratica o melhor futebol  em Portugal, dividiu o jogo, os lances e a posse de bola com mérito e lealdade. Travou o Sporting, mas também beneficiou claramente dos erros grosseiros das equipas de árbitros.

ANDRÉ NARCISO - 1 - Arbitragem manhosa com tendências de inclinação nas suas decisões, prejudicando claramente o Sporting no técnico e disciplinar, deixando depois à conveniência a batata quente nas mãos do VAR nos lances capitais. Viu claramente a joelhada na cara do Gyokeres que seria expulsão, viu o penálti sobre o Trincão e viu a falta clara sobre o Pote no lance que resultou no golo do Rio Ave, a sua intenção percebeu-se também na altura dos descontos, depois do tempo que o jogador expulso demorou a sair do relvado, apitou aos 5' exactos, a missão foi cumprida?

ANTÓNIO NOBRE - 1 - Se ao árbitro ainda se lhe pode dar algum benefício da dúvida nos lances descritos, ao VAR com toda aquela artilharia de camâras e vídeos não pode haver perdão para erros tão grosseiros e agora o que vai acontecer-lhe? No futebol português, o crime é um negócio rentável, compensa sempre !!!

publicado às 04:30

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77 comentários

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De De Perry a 26.02.2024 às 08:16

Com uma equipa de arbitragem a gamar e um guarda redes a frangar perdemos 2 pontos. . Agora lembrem-se de renovar o contrato ao Adam e não vão buscar um guarda redes que ganhe pontos e não os perca, até o maior cego vê isto, também temos que dar mérito que o teve pelo jogo que fez ao Rio Ave e o seu treinador que fizeram excelentes jogos no Dragão e na Luz. Luís Freire é um excelente treinador que por acaso também joga no 3-4-3.
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De Julius Coelho a 26.02.2024 às 10:32

Um bom dia de segunda feira para todos...

Perry

O Luís Freire terá as suas oportunidades no futuro, sabe montar muito bem as suas equipas e tem excelente diálogo e é sportinguista por isso nunca se sabe no futuro...

Sem dúvida que temos que dar mérito ao Rio Ave, mas mais daríamos se não cometêssemos tantos erros consentidos principalmente quando oferecemos 2 penaltis.
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De Verdinho a 26.02.2024 às 12:04

Sem tirar mérito ao Rio Ave, mas ontem se o jogo fosse jogado com outras condições meteorológicas provavelmente não estaríamos a "gabar" Luís Freire. Além da chuva houve muito vento forte o que dificultava a perceção de onde a bola ia verdadeiramente parar. Foi sempre um ai jesus quando o Rio Ave atirava a bola para a nossa área. A bola nunca ficava junto ao pé. Fugia sempre. Aliás, a oferta do DC do Rio Ave ao Gyokeres, se a bola não tivesse pesada, provavelmente chegaria ao destino...
O erro foi os jogadores do Sporting não fazerem o mesmo. Tentaram fazer o jogo habitual de transporte de bola e variações de flanco, com a bola super pesada, piso escorregadio e muito vento à mistura. Quando variavam a bola para o Geny/Nuno Santos, só para receber a bola longa e controlá-la, perdiam a vantagem, porque não a rececionava bem.
Depois, nos últimos 15 min Coates na frente e nem uma bola cruzada...
Independentemente disto, levar 4 DC no banco parece-me má opção. A única opção de ataque no banco era o M. Edwards que não é jogador para estas condições de chuva intensa... (tal como o Pote) Portanto, mais do que os jogadores individualmente, muito má abordagem do grupo (jogadores+treinador) às condições do jogo.
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De De Perry a 26.02.2024 às 12:16

Concordo em absoluto. O Koba que é médio, nem calçou para que o compraram ? Era melhor estar a ganhar ritmo no Estoril, se jogasse e compravam-no no final da época. Para o mercado de Janeiro tinha que ser um jogador para ser útil ao plantel de imediato.
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De Julius Coelho a 26.02.2024 às 13:17

Subscrevo Verdinho,

o que surpreende e falo por mim, porque fiquei tranquilo com o que o treinador falou no dia anterior ao jogo, foi afinal a deficiente preparação do jogo pela equipa técnica, na forma da abordagem aos lances, nas escolhas no banco quando só foram feitas 3 substituições, não à volta agora a dar, tudo correu mal e todos aprenderam a lição mas... insisto, não aceito aquele erro do Nuno Santos depois de fazermos o mais difícil que foi chegar na frente do marcador e em cima do intervalo, aquele lance resultou no momento mais adverso que abalou a equipa e teve consequências entre alguns elementos da equipa. O Coates subiu mas a equipa não conseguiu adaptar-se ao jogo directo, assumi-lo. O Edwards foi um equivoco no jogo, teve comportamento de um juvenil no meio de todos aqueles profissionais.
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De AlexandreP a 26.02.2024 às 23:01

Só um pormenor,aquele lance podia acontecer 100vezes contra o benfica que NUNCA marcariam penalty. O Nuno Santos ganhou a posição uma fração de segundo antes dele adiantar a bola,e esta de costas para o jogador. Para mim é um penalty tão ou mais rebuscado ao que o pote sofreu ao ser agarrado e puxado na area,em que ele foi logo prentorio a dizer que nao havia nada. O que me deixou mesmo irritado foi nem um segundo de compensação no prolongamento. O benfica marcou nos o segundo golo mais de um minuto depois,e tivemos mais de meia hora a jogar com menos 1. Só para terminar,se a expulsão do Inácio nesse lance foi dentro das regras do jogo, dadas as faltas que fazem jogo apos jogo contra o Gyokeres, NENHUMA equipa a jogar contra o Sporting terminava com 11 jogadores em campo.
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De RCL a 26.02.2024 às 17:26

Caro Verdinho
Excelente análise.
Amorim tem que meter os putos lá dentro; há bons atacantes na B, entre eles um miúdo que faz 17 anos no dia 30/4, Geovany Quenda.
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De Rui Gomes a 26.02.2024 às 17:53

Se a equipa B tivesse bons atacantes, estaria a competir na fase de apuramento de campeão da Liga 3.
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De Rui Gomes a 26.02.2024 às 18:02

Tantas teorias...!?!

Só comento duas:

- A bola moderna não fica "mais pesada" com a chuva. A bola corre mais ou menos mediante as condições do relvado. O vento afecta muito mais!

- Com o sistema de jogo do Sporting, 4 defesas centrais é obrigatório. Alinham três de início e se um deles se lesiona, como aconteceu ontem com Inácio, é preciso ir ao banco.

Até parece que é a primeira vez que este Sporting joga à chuva. As condições do dia tiveram alguma influência na performance da equipa, mas não foram um factor decisivo.
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De Verdinho a 26.02.2024 às 18:32

RA levou 7 centrais. Quando eu refiro 4, refiro 4 no banco de suplentes: Neto, Quaresma, St. Juste e Matheus Reis, todos no banco de suplentes.
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De Rui Gomes a 26.02.2024 às 20:44

A ideia do Luís Neto é outra e St. Juste procura minutos para recuperar o ritmo. O jogo não permitiu a sua utilização.

Matheus Reis apesar de jogar a central é lateral esquerdo.

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