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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o SC Braga da 21ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 5-0. Golos de Francisco Trincão 8', Eduardo Quaresma 18', Viktor Gyokeres 71', Daniel Bragança 73' e Nuno Santos 85'.
EM NOITE DE INVERNO, CHOVERAM GOLOS
A CÂNTAROS NA BALIZA DO BRAGA
O Leão voltou a atropelar, brindando o SC Braga com mais uma 'manita' (repetição da época passada). Numa primeira parte, em que ofereceram à multidão de adeptos que quase encheram Alvalade, um prato de futebol de excelência e glamour, com a equipa do Minho a ser totalmente arrasada, sem conseguirem qualquer reacção que incomodasse a baliza de Adán uma única vez. A equipa de Amorim entrou para a segunda parte com um ritmo e intensidade mais baixos, a que o Braga quase que aproveita para reduzir, na sua única e grande oportunidade, os leões perceberam o perigo e voltaram a carregar no acelerador, assumindo de novo o comando da partida e com naturalidade apareceram mais golos, o terceiro, quarto, quinto e quase o sexto. O Sporting voltou à liderança, em igualdade pontual com o rival, mas com o "tal jogo" a menos.
DESTAQUE - EDUARDO QUARESMA - 5.5 - Viveu finalmente a sua primeira (de muitas) noite de sonho, exibição praticamente perfeita, a defender (anulou o Abel Ruiz) e a desequilibrar o adversário com as suas arrancadas plenas de convicção e arte, marcando um golazo numa delas, um golo que jamais irá esquecer, um lance com pinceladas de Beckenbauer, Maradona e Messi e viu Alvalade a seus pés. Agora o céu é o limite, onde pode chegar afinal este jovem herói imprevisto?
ANTONIO ADÁN - 4 - Voltou a querer ameaçar com os seus pés zarolhos naqueles passes que fazem arrepiar, mas na hora H, quando foi preciso, esteve lá, marcando presença com tremenda intervenção a uma bola bem puxada e de muito perto.
GENY CATAMO - 4 - Notória a sua evolução na competência de fechar o seu corredor, procura agora consistência e equilíbrio nas outras tarefas que o obrigam a uma exigente leitura do jogo, principalmente do adversário, perceber quando pode carregar a bola e ir por ali fora para cima dos defesas, ensaiou algumas vezes com sucesso, faltou depois uma melhor definição, no último passe e na direcção do remate.
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 5 - Voltou a mostrar que está em forma, rápido a chegar na antecipação, pelo chão e pelo ar, ensaiou alguns bons raids que provocaram crateras no meio campo adversário. Foi imperial a matar as poucas bolas que chegaram à sua área. Muito responsável pela ineficácia do ataque do Braga.
GONÇALO INÁCIO - 5 - Fez um jogo de grande desgaste sempre atrás do avançado mais perigoso e veloz do Braga ( Alvaro Djaló), que só por uma vez lhe escapou e quase que faz golo. Aplicou várias vezes mas com menor sucesso, a sua arma já conhecida, a dos passes teleguiados para as costas dos defesas adversários.
NUNO SANTOS - 4 - Exibição no geral competente e equilibrada a fechar e na ajuda na construção pelo seu corredor, mostrando-se sempre disponível a dar linhas de passe. Marcou de trivela o último golo do jogo, pleno de oportunidade, teve ainda outro remate que passou muito perto do poste.
MORTEN HJULMAND - 4.5 - Num ritmo de cruzeiro, voltou a pautar com critério os lances da construção da equipa, na ligação entre as linhas do meio campo. Também muito "culpado" por emperrar a casa das máquinas bracarense (o seu ponto mais forte) do centro do terreno.
HIDEMASA MORITA - 3.5 - Reapareceu na equipa como titular mas ainda em 'modos' enferrujado, todavia com restos do chip da Taça Asiática. Tentou simplificar no passe e sempre muito solidário nas dobras, faltou mais ambição e risco.
PEDRO GONÇALVES - 4.5 - Também em boa forma, com prestações mais consistentes em jogos seguidos. Carimbou a sua exibição com 2 assistências, uma excelente marca para o "cérebro" da construção da equipa.
FRANCISCO TRINCÃO - 5 - Estará mesmo de volta o "velho" Trincão? Quando a esmola é grande o pobre desconfia. Voltou a desequilibrar em vários lances com a inteligência de um craque. Marcou o sempre complicado golo inaugural e ajudou depois a matar o jogo, assistindo com um passe fenomenal o Gyokeres para o terceiro da noite.
VIKTOR GYOKERES - 3.5 - Não foi desta vez o grande destaque, mas fez um dos golos mais importantes do jogo, o terceiro que matou o Braga, uma execução que fez recordar Hector Yazalde, com a imagem da sua marca, inúmeros golos marcados na antecipação à boca da baliza. Foi sempre marcado em cima e de forma implacável por dois defesas do Braga, especialmente pelo Paulo Oliveira.
DANIEL BRAGANÇA - 3.5 - Entrou muito bem no jogo a exemplo do anterior em Leiria. Muito activo com ganas de bola a ganhar todos lances. Marcou o 4º, uma bola que lhe apareceu com espaço aberto a pedir fuzilamento.
MARCUS EDWARDS - 2 - Pouco tempo em jogo e já com a vitória garantida, não deu nem para aquecer os "motores".
MATHEUS REIS - 2 - Entrou para substituir o Eduardo Quaresma que recebeu a grande ovação da noite, cumpriu a fechar no restante tempo que faltava jogar (15').
RICARDO ESGAIO - 2 - Jogou os instantes finais ainda a tempo para participar no último golo, lance que teve origem no seu cruzamento.
PAULINHO - 2 - Menos de 10' em jogo, podia ter marcado num lance confuso com vários ressaltos na área do Braga.
RÚBEN AMORIM - 6 - A rábula do jogo de Famalicão ainda está longe do fim, a equipa voltou para Lisboa com uma paragem em Leiria para aviarem o assunto da Taça de Portugal e agora na chegada à Capital aviaram também os guerreiros do Braga, com mais um cumprimento sempre muito especial de uma "manita". Preparou muito bem a desforra da Taça da Liga, o Braga nem sequer incomodou uma única vez a baliza do Adán em toda a primeira parte, a equipa voltou a mostrar o melhor futebol que se pratica em Portugal a uma distância considerável dos rivais. Voltou justamente à liderança e com o tal jogo da rábula ainda por disputar.
ARTUR JORGE - 1 - Levou um novo amasso, a facer lembrar a mesma goleada da época passada, foi deveras um tremendo sacrifício ter que assistir à enxurrada de golos na sua baliza e sentir-se impotente para travar esta equipa do Sporting. Agora cruzarem-se de novo esta época, só será possível na Liga Europa. Foi derrotado sem espinhas.
ANTONIO NOBRE (Árbitro) - 5 - Boa arbitragem, sem nunca complicar deixando o jogo correr e tendo-o sempre na mão. Uma ou outra punição disciplinar que faltou aplicar, mas no geral uma arbitragem muito positiva.
ARTUR SOARES DIAS (VAR) - 5 - Também não complicou, nunca se intrometeu nas decisões do colega do relvado e sem casos difíceis no jogo, também não os inventou.
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