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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Arouca da 5ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 3 - 0. Golos de Pedro Gonçalves 24', Viktor Gyokeres 73' (Penálti) e Francisco Trincão 80'.
VITÓRIA COM NOTA ARTÍSTICA
O Leão passeou classe e muita determinação em Arouca na conquista do 5º triunfo consecutivo. Mesmo com cinco alterações no onze inicial, a equipa de Rúben Amorim manteve o mesmo registo de domínio total do jogo, impondo o seu ritmo alto e dinâmica intensa habituais que empurraram logo de início o adversário para trás, mantendo-o praticamente o tempo todo num sufoco no ultimo terço do terreno, à frente da sua baliza. Os leões sacaram sempre soluções para ultrapassarem o bloco muito baixo do Arouca, com a bola sempre a circular em velocidade e a entrar muitas vezes entre as suas linhas defensivas, criando oportunidades sucessivas de desequilíbrios e que só pecaram pela má decisão ou pobre definição do último passe e que por isso impediram mais golos para abrilhantar uma vitória indiscutível. Gyokeres fez o seu 8º golo numa noite de menor inspiração, Trincão marcou um golazo à Maradona, Pote também facturou, Debast deu show com bola e Maxi Araújo teve a sua estreia.
DESTAQUE - FRANCISCO TRINCÃO - 5 - Assistiu para o 1º golo, uma bola tão direitinha a cair na cabeça do Pote. Abrilhantou a exibição da equipa com vários lances deliciosos e terminou com nota artística, marcando um golazo a fazer recordar Maradona, o 3º que fechou o placard e que matou de vez o adversário.
FRANCO ISRAEL - 4 - Vê-se que cresceu nos aspectos em que mostrava debilidades, como os cruzamentos e o timing de se fazer aos lances, esteve perfeito e dominador nas poucas bolas que lhe chegaram com perigo.
GEOVANY QUENDA - 4.5 - Cada vez mais é uma certeza. A forma confiante que aborda qualquer lance, dando-lhe depois um critério de qualidade elevada. Emergiu mais um jovem craque em Alvalade e quem o vê jogar não fica surpreendido, por já ter alcançado o patamar das clausulas dos 100M.
ZENO DEBAST - 5 - O melhor jogo desde que chegou, na verdade até deu show com a bola no pé, na forma como pensa o passe e executa bem rápido, metendo-a com precisão por trajectórias complicadas.
GONÇALO INÁCIO - 4 - Apanhou um "sustazo" logo nos segundos iniciais, um adversário ousou escapar-se-lhe e aparecer solto dentro da área e quase que derrubava na equipa um grande balde de gelo. Serviu para abrir a pestana e já não se deixou voltar a enrolar. Subiu de produção e esteve à beirinha de fazer golo no ultimo lance da 1ª parte.
MATHEUS REIS - 3.5 - Exibição regular mas com eficiência na tarefa defensiva, no apoio da construção manteve-se discreto com a preocupação em não perder a bola para o adversário, libertando-a muitas vezes demasiado cedo.
NUNO SANTOS - 3 - Um regresso à titularidade sem brilhantismo, destruiu vários lances de ataque com cruzamentos desastrados.
MORTEN HJULMAND - 4 - Acabou por acusar os jogos da selecção. Com os dentes cerrados e muita alma de leão manteve a intensidade do seu jogo até onde pôde. A esmagadora maioria dos poucos lances do adversário que chegaram ao centro do terreno varreu-os a todos, com muitos roubos de bola, acções que foram determinantes para o grande domínio da equipa no jogo e pela defesa não ter tido muito trabalho.
DANIEL BRAGANÇA - 4.5 - Mais fresco apresentou-se com muita mobilidade, carregou a equipa na transição com a frente do ataque, com acções interiores que desgastaram em muito o adversário.
PEDRO GONÇALVES - 5 - Voltou a brilhar e a mostrar o seu grande momento de forma principalmente na 1ª parte, marcou o sempre difícil 1º golo do jogo, quase que bisa em 2 lances e foi dele o cabezazo que resultou na grande penalidade.
VIKTOR GYOKERES - 4.5 - Noite mais tranquila do furacão de Alvalade. Marcou com serenidade e qualidade o Penálti que fez o 2-0 e que matou as aspirações do Arouca. Várias arrancadas ao seu estilo muito prometedoras mas que desta vez não tiveram sucesso, quase sempre pela má decisão que tomou.
OUSMANE DIOMANDE - 3 - Perdeu o avião e não treinou, o que lhe fez perder a titularidade. Entrou durante a 2ª parte e teve um inicio hesitante, falhando os primeiros passes. Depressa se recompôs e acabou o jogo ao seu nível.
GENY CATAMO - 3 - Teve grande desgaste nos 2 jogos da sua selecção em que jogou os 90', e foi poupado por isso. Entrou para os 20' finais, depois do adversário já ter atirado a toalha ao piso provocando abrupta baixa de intensidade no jogo. Preocupou-se em manter o seu corredor bem fechado
HIDEMASA MORITA - 3 - Brilhou na sua selecção marcando golos e jogando bem, depois a longa e fatigante viagem de regresso que o atirou para o banco no jogo de ontem. Entrou a substituir o esgotado capitão nórdico (78'), com a equipa já com a vantagem de 2-0 e em gestão de esforço.
MAXIMILIANO ARAÚJO - 3 - Fez a sua estreia na equipa entrando aos 78'. No seu primeiro lance que interviu quase que faz uma assistência. Procurou entrosar-se com os colegas.
MARCUS EDWARDS - 2 - Agora tem gente de peso a acompanhá-lo no banco, de todo não vai poder acomodar-se e terá que fazer pela vida, reagindo, tem qualidade técnica para isso, veremos se terá também capacidade mental.
RÚBEN AMORIM - 5 - Foi a 5ª vitória seguida sem espinhas, mantendo um registo fabuloso de 19 golos marcados e só 2 sofridos. Vê a equipa disparar na liderança da classificação e com números impressionantes, muito distantes de toda a concorrência. Mais um jogo em que preparou tudo muito bem e com os seus rapazes a mostraram muita fome de marcar golos. O resultado só peca por escasso.
GONZALO GARCIA - 2 - Contra os factos gigantes que enfrentou, ficam-lhe quase nenhumas condições de poder responder. Tiveram a sua melhor e única chance de marcar logo no inicio (25s) e foram de seguida empurrados para trás e de lá já não conseguiram sair até final, mal puderam respirar tal o domínio avassalador do campeão nacional.
JOÃO PINHEIRO (Árbitro) - 5 - Ele quando quer até sabe apitar bem. Ultimamente tem surpreendido pela positiva, com boas arbitragens, mostrando uma inesperada isenção nas suas decisões técnicas. No capitulo disciplinar foi coerente.
JOÃO GONÇALVES (VAR) - 5 - Chamou o colega de campo para ver no monitor o lance da grande penalidade, lance que passou despercebido a todos nós no jogo corrido.
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