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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o AVS SAD da 6ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 3 - 0. Golos de Conrad Harder 15' e Viktor Gyokeres 45+4 e 71'.
SPORTING METE A 6ª COM ALVALADE A (H)ARDER E A DERRETER O ADVERSÁRIO
Amorim apostou em Harder para o lugar de Pedro Gonçalves e o jovem dinamarquês correspondeu com uma estreia de sonho, fazendo explodir Alvalade com o 1º golo do jogo e a grande assistência para o 2º que derrubou o AVS SAD, sentenciando praticamente a partida ainda antes do intervalo. Um jogo com sentido único em que os leões engoliram o adversário em todos os momentos do jogo e nunca lhe permitiram incomodar sequer uma única vez a baliza de Franco Israel. Marcaram por 3 vezes, fechando um resultado que peca por muito escasso, em que só a grande exibição do mítico Guillermo Ochoa e a desastrada actuação do árbitro Ricardo Baixinho impediram uma goleada. Os 3 vikings brilharam e resolveram; Gyokeres bisou, Harder marcou e assistiu e Hjulmand esteve em 2 golos.
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 5.5 - Nunca abranda, nem aos 90', sempre insaciável e já com os 10 golos que lhe dão a liderança bem destacada na tabela dos melhores marcadores. É um animal danado com a "doença crónica" do golo, e ontem voltou a persegui-lo em todos os lances que participou, mesmo que grosseiramente massacrado à margem das leis pelo trapaceiro central francês Baptiste Roux que escapou à expulsão (2 º amarelo) em pelo menos 3 ocasiões. O "extra terrestre" merecia claramente o hat-trick.
FRANCO ISRAEL - 3.5 - Que grande emprego arranjou, sem trabalho. Com uma defesa assim até pode levar um baralho de cartas. Nem deu para aquecer.
GEOVANY QUENDA - 3.5 - Faltou-lhe a chama do costume, ameaçou aos repelões em vários lances a explosão, mas foram sempre cartuchos secos, está a passar uma fase de menor exuberança. Cumpriu sem risco.
ZENO DEBAST - 4 - Passeou técnica e visão de jogo, ganha confiança em cada minuto após um excelente passe ou um corte de grande execução, fez uma partida sem falhas. Está a conquistar com mérito o seu espaço e a torcida.
OUSMANE DIOMANDE - 5 - Intransponível, com o seu jeito discreto e de pantufas secou tudo à sua volta, um fantasma que aparecia sempre a antecipar-se e a roubar a bola aos apavorados avançados do Aves, deixando-os sempre sequinhos a morrer de sede. Quase que faz o 4º da noite, negado pela grande defesa de Ochoa.
MATHEUS REIS - 3.5 - Foi o que sentiu mais dificuldades do trio do centro da defesa, percebeu-as e optou e bem por não inventar, jogando sempre mais simples e mantendo-se mais posicional.
NUNO SANTOS - 3.5 - A bulha do costume, muita parra mas tudo espremido saiu um único cruzamento muito bem medido, uma bola rasteira cruzada em arco que viajou à frente de todos, guarda redes e defesas do Aves e também.... do Gyokeres.
MORTEN HJULMANDE (Cap) - 5 - Monstruosa actuação, um super polvo que pareceu ter uma dúzia de tentáculos em que absorveram todo o meio campo só para si. Esteve ainda ligado directamente a 2 golos, numa participação de grande nível também a ligar a linha da frente do ataque.
DANIEL BRAGANÇA - 4.5 - Correu kilómetros, um autêntico box to box, mostrou que ganhou também calo nos pulmões, foi o elemento que mais jogou para a equipa, participando nas saídas e na ligação das linhas e ainda meteu cérebro na construção dos lances de ataque.
FRANCISCO TRINCÃO - 4 - Voltou a ser o mais irreverente, com as habituais arrancadas ziguezagueando entre as pernas dos defesas, desgastando-os e baralhando-os, mas faltou-lhe maior eficácia no ultimo passe, com a maioria dos seus lances a morrerem na praia.
CONRAD HARDER - 5 - Vive o seu sonho e mostrou a grande energia como o vive e quer continuar a viver: Chegou viu e venceu, não tivesse um colega "extra terrestre" e seria ele o destaque. Marcou um golo explosivo que empolgou as bancadas que já lhe estão rendidas e ainda fez tremenda assistência para o 2º, aparte um numero considerável de bons lances com bom critério e grande disponibilidade e uma enorme fome de...vencer.
MAXIMILIANO ARAÚJO - 3 - Por duas vezes Gyokeres ofereceu-lhe o golo, a primeira uma bola cruzada teleguiada para a sua cabeça, mas não teve o instinto matador e a segunda rematou ao poste. Bons detalhes técnicos mas ainda longe do entrosamento que a sua missão de jogo o exige, a juntar algumas dificuldades ainda a posicionar-se quando sem bola.
HIDEMASA MORITA - 2.5 - Entrou e escassos segundos depois abraçou o Gyokeres para a comemoração do 3º da noite que resultou no xeque mate ao adversário. Depois ajudou a gerir o esforço de todos até final, com a intensidade a cair naturalmente a pique para descontentamento do seu treinador.
GENY CATAMO - 2.5 - Viveu situação idêntica do colega japonês, entrou para abraçar o Gyokeres pelo 3º golo e passou depois também ao modo gestão.
RICARDO ESGAIO - 2.5 - Uma aparição surpresa para o quarto de hora final, fez os primeiros minutos da época com a equipa já a gerir o resultado e o esforço.
ÍVAN FRESNEDA - 3 - Rúben Amorim deu sinais do jovem espanhol poder vir a ser a 4ª opção para o centro da defesa à direita pelas ausências dos lesionados (St.Juste e Eduardo Quaresma). Cumpriu bem, querendo mostrar aptidões para o lugar, muito activo, intenso e participativo nos poucos minutos que jogou.
RÚBEN AMORIM - 5 - A equipa meteu a 6ª ... vitória consecutiva na Liga, em que continua a liderar destacada, mais pontos, mais golos marcados e menos sofridos. Ontem foi mais uma demonstração de força e qualidade, sem facilitismos, apesar das alterações a que foi obrigado a fazer pela ausência por lesão do cérebro da equipa, Pedro Gonçalves. Não se notou grande diferença, o jovem Harder mostrou que é opção clara e muito válida, trazendo outras coisas à equipa, acrescentando na qualidade, creatividade e pujança.
VÍTOR CAMPELOS - 2 - Percebeu-se que trabalhou bastante durante a semana para tentar virem a surpreender o Leão campeão no seu próprio covil, viu-se o grande esforço da sua equipa em que tentaram de todas as formas, mas cedo perceberam que era tarefa impossível, passaram o tempo a farejar a bola e nem o cheiro da baliza contrária lhes permitiram chegar. Encontraram um Leão deveras gigante.
RICARDO BAIXINHO (Árbitro) - 1 - Arbitragem incompreensível deste novato, fartou-se de errar e coincidência sempre em prejuízo do mesmo lado, desde quando é que o braço no lance do penálti está em posição natural? Como foi possível deixar em campo até ao final o central francês, que já amarelado insistiu nas várias faltas grosseiras, massacrando o Gyokeres? Fez vista grossa ao forte pisão ao Debast e ainda perdoou outro amarelo que seria o segundo a um elemento do Aves após falta dura sobre o Francisco Trincão. Foram erros a mais que não têm explicação.
RUI COSTA (VAR) - 3 - Salva-se a nota positiva o facto de ter chamado o árbitro pelo braço estendido em que teria que ser marcada a grande penalidade. Não sabemos quais foram as imagens que lhe mostrou e o diálogo que teve com ele, em que o devia ter chamado a atenção sobre as sucessivas faltas grosseiras do central francês que já estava amarelado, pôde ver os lances todos, quando só existe interesse pela isenção, não permitem tantos erros.
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