Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Estoril da 7.ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 3 - 0. Golos de Geny Catamo 24', Hidemasa Morita 31' e Daniel Bragança 90+1'.
A PRIMEIRA PARTE DO LEÃO FOI UM HINO AO FUTEBOL
Mais um vitória tranquila do Sporting no campeonato (sexto jogo seguido sem sofrer golos) e chegando já aos 25 golos marcados, com a fantástica média superior a 3,5 golos por jogo. Foi uma entrada com enorme domínio, em que tudo saiu quase perfeito, um hino ao futebol de ataque que os leões apresentaram na casa do Estoril, com um volume ofensivo permanente, sem deixaram o adversário sequer poder respirar. Provocaram constantes desequilíbrios, abrindo crateras na defesa adversária, faltou um melhor aproveitamento das inúmeras oportunidades criadas. A contrastar, uma segunda parte bem diferente, com os leões já com a cabeça na Holanda a gerirem o resultado, mas a abusaram da falta de intensidade e velocidade, deixando o Estoril a acreditar que podia chegar à baliza do Sporting. Geny e Morita marcaram e Bragança fechou as contas. Israel nem foi testado.
DESTAQUE - GENY CATAMO - 4 - A sua posição no corredor de origem é desde logo uma inspiração para que o jogo lhe corra de feição, combinou de olhos fechados com o Trincão várias jogadas pela direita, que quebraram por completo a defesa estorilista. Fez o 1º da partida e teve ainda oportunidades claras para bisar.
FRANCO ISRAEL - 3.5 - Nem foi testado durante os 90'. Mostrou atitude de grande concentração em que transmitiu sempre muita tranquilidade aos colegas.
ZENO DEBAST - 3.5 - Um perito no passe à distância a rasgar linhas, com a bola a entrar pelo lado menos esperado dos defesas. Sempre muito veloz na resposta às bolas lançadas nas suas costas.
OUSMANE DIOMANDE - 3.5 - Depois de uma primeira parte intensa em que jogou quase sempre no campo do adversário, desactivou a intensidade na 2ª parte e sentiu problemas inesperados por isso.
MATHEUS REIS - 4 - Sensacional, foi o melhor elemento da defesa, participando activamente na ajuda da construção, mostrando claramente que subiu de forma. Brilhou no lance fantástico que resultou no 1º golo. Funcionou como o joker que o adversário menos esperava, provocando-lhe muitos desequilíbrios.
NUNO SANTOS - 3.5 - Levou a intensidade que lhe é reconhecida e ensaiou um grande numero de cruzamentos tensos que criaram suspense, mas nenhum deles teve sequência. Pressionado cometeu um erro na defesa que quase deu golo ao Estoril.
MORTEN HJULMAND - 3.5 - Exibição equilibrada, intensa em toda a primeira parte e moderada na segunda, até ser substituído, poupado para o jogo da Champions.
HIDEMASA MORITA - 4 - Foi o melhor elemento do centro do terreno e com muitas (llegadas) à área do Estoril, numa delas fez o 2º da noite, com um remate competente a passe de bandeja de Trincão.
FRANCISCO TRINCÃO - 3.5 - Uma primeira parte muito participativa e activa, de grande intensidade, mas quase que desapareceu na segunda, reaparecendo depois na parte final do jogo, quando o Estoril já sem força física e anímica desistiu do jogo. Duas assistências e um remate para um golo de antologia que foi roubado pelo poste.
MAXIMILIANO ARAÚJO - 3.5 - Excelentes lances técnicos individuais que provocaram problemas sérios da defesa do Estoril, ainda não está apto para combinar bem com os colegas próximos e caiu a pique na intensidade muito cedo. Vive no Sporting uma realidade bem diferente da que tinha e está a tentar adaptar-se rapidamente.
VIKTOR GYOKERES - 3 - O jogo menos conseguido até agora, evitou os piques e a habitual pressão constante na saída de bola dos rapazes da defesa do Estoril e por isso ficou pela primeira vez na época em branco. Foi substituído aos 75', poupado para o jogo da Liga milionária na Holanda.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Reapareceu após a lesão, jogou algum tempo da segunda parte para recuperar o ritmo.
DANIEL BRAGANÇA - 3.5 - Está num muito bom momento, entrou aos 59' e agarrou nos colegas obrigando-os a retomar a intensidade, com a equipa a voltar ao comando das operações e a criar novas oportunidades para fazer mais golos. Acabaria por fechar o marcador com um bom golo num remate forte, rasteiro e traiçoeiro, que trouxe maior justiça ao resultado.
CONRAD HARDER - 3 - Entrou a substituir o compatriota Hjulmand, voltou a mostrar detalhes interessantes mas não brilhou em nenhum deles. com a equipa a jogar já em baixa intensidade viu-se prejudicado em vários lances em que pediam mais apoio e velocidade de passe.
GEOVANY QUENDA - 3 - Entrou com a corda toda, fez-lhe bem descansar. Fresco, fez provar aos adversários o veneno dos seus dribles desconcertantes e mudanças de direcção, junto com o Bragança deu vitamina à equipa após o colapso da intensidade que a atacou no início da segunda parte.
EDUARDO QUARESMA - 2 - Grande e saudoso regresso após a lesão, percebeu-se a fome de bola no pouco tempo que pisou o relvado. Ainda teve um lance para colocar à prova a sua grande arma da recuperação, quando è ultrapassado por um adversário e ... foi buscá-lo, à Quaresma. Agora necessita de recuperar o ritmo, mas com o nascimento do monstro belga, vai ter a vida complicada.
RÚBEN AMORIM - 4.5 - Um grande teste num campo sempre difícil, acrescido pela deslocação já na terça feira à Holanda para enfrentar o PSV na Liga milionária. Ficou impossível garantir a concentração dos jogadores durante os 90' e já com a vantagem de 2 golos. Uma primeira parte jogada com grande brilhantismo, em que engoliram totalmente o adversário. Sabia que teria que agir quando viu a equipa a cair e fé-lo prontamente, com a entrada simultânea de 3 jogadores, como mensagem clara para todos, o facilitar iria trazer dissabores, o Estoril a querer arrebitar e acreditar que "si se puede". Foi a 7ª vitória seguida, numa liderança imaculada no campeonato.
IAN CATHRO - 2.5 - Equipa bem construída e bem trabalhada, com todos bem identificados com os processos que o jogo pediu. Esbarraram na 1ª parte contra um super leão que não deu quaisquer hipóteses e que podia ter logo ali acabado com o jogo. Percebeu as facilidades inesperadas que lhe foram oferecidas na 2ª parte e tentou sonhar, ameaçaram poder entrar de novo no jogo, mas as entradas do Bragança e do Quenda destruíram por completo o sonho.
JOÃO GONÇALVES (Árbitro) - 3 - Geriu o jogo com vários momentos de fragilidade, principalmente no capitulo disciplinar em que deixou os estorilistas excederem-se em faltas sucessivas.
BRUNO ESTEVES (VAR) - 3 - Ficaram dúvidas num lance na área do Estoril com a bola a bater num braço claramente aberto de um defesa dos canarinhos.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.