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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Portimonense para a Taça de Portugal, 3ª eliminatória, que resultou numa vitória por 2 - 1. Golos de Conrad Harder 40' e 90'+4'.
SPORTING SEGUE EM FRENTE NA TAÇA DE PORTUGAL
Leões a meio gás carimbaram a passagem da eliminatória, derrotando o Portimonense no Algarve num jogo pouco atractivo, QB e sem grande história, jogado e controlado quase sempre no meio campo dos algarvios que defenderam nos 90' com um bloco compacto, muito baixo, com todos os seus jogadores amontoados na zona da sua grande área, tapando todos os caminhos da sua baliza. Ao cair do pano (87') o Portimonense teve a estrelinha, ao conseguir chegar ao empate (1-1) numa bola parada, a que obrigou o Sporting a um derradeiro forcing de aceleração para evitar o pesaroso castigo do prolongamento, com o jovem dinamarquês Harder a resolver com o seu 2º golo da noite, que matou de vez toda aquela alma sonhadora dos algarvios.
DESTAQUE - CONRAD HARDER - 4 - Voltou a mostrar que quer e pode ser também solução para os golos, bisou na partida, com dois golos de belo efeito, especialmente o segundo, por ter acontecido já nos instantes finais, com toda a carga emocional que se vivia no estádio pelo golo do empate do adversário, livrou a equipa de um prolongamento que seria severo, de um tremendo castigo muito injusto. Foi quem mais rematou à baliza do Vinícius.
VLADAN KOVACEVIC - 3 - Na falta de lances do adversário que raramente chegou à sua baliza, testou-se a si mesmo, mostrando intranquilidade a jogar com os pés e a sair da baliza.
RICARDO ESGAIO - 2.5 - Foi o "velho" Esgaio com as limitações habituais contra adversários que só defendem, pouco acrescentou e pareceu ser sempre menos um, exigia-se um elemento mais criativo que um conservador. Na função de fechar, fez bem a sua parte sem surpresa.
BRUNO RAMOS - 3 - Foi a surpresa na equipa, um desconhecido para a maioria dos adeptos presentes no estádio, percebeu a oportunidade e mandou para trás das costas o nervosismo, mostrou boa capacidade atlética, rápido e agressivo nos duelos.
ZENO DEBAST - 3 - Foi-lhe confiada a responsabilidade da posição e posto do patrão, jogou simples sem inventar, mas foi pouco acutilante nos passes em que se pedia risco. Mostrou fragilidades a defender as bolas paradas, em que terá que melhorar muito e rápido.
GONÇALO INÁCIO - 2.5 - Tem tido uma época insípida com altos e baixos, ontem voltou a ser o elo mais fraco da defesa, errando passes e perdendo duelos em que ultimamente é batido com alguma facilidade, terá que pôr um travão urgente nesse registo negativo.
NUNO SANTOS - 3 - Voltou a ter muito alta dinâmica, tentativas de ataque bastantes, cruzamentos ás carradas, depois de tudo isso espremido, saiu uma grande assistência para o Harder fazer o primeiro da noite.
MORTEN HJULMAND (Cap) - 3 - Exibição modesta do capitão, sempre em velocidade moderada, preocupou-se mais em asfixiar as tentativas de ataque do adversário e deixar para os colegas o trabalho criativo, de penetrar naquele mar de pernas do adversário estacionadas dentro da sua área.
DANIEL BRAGANÇA - 3 - Deu vários safanões no ritmo mais lento da equipa e do jogo, num trabalho de muito suor para provocar desgaste nos defesas algarvios. Esteve pouco inspirado em lances em que podia ter matado o jogo mais cedo.
GIOVANY QUENDA - 3 - Abusou daquela sua jogada preferida para dentro, para depois rematar com o pé mais forte (esquerdo) à baliza adversária, mas os remates resultaram desastrosos, inconsequentes. Brilhou num único lance, quando cruzou com a bola a passar muito perto da linha de golo. A pensar na Champions?
FRANCISCO TRINCÃO - 3.5 - Exibição distinta dos colegas nas zonas de construção, o elemento que mais vezes carregou a equipa, que mais espaços e desequilíbrios criou, por isso também o mais massacrado pelos adversários, que não hesitaram em derruba-lo por várias vezes. Esteve perto de fazer um golo monumental, depois de um lance de génio em que sacou vàrios adversários da frente.
VIKTOR GYOKERES - 2.5 - Entrou no momento em que a equipa controlava o resultado da magra vantagem do 1-0, após o golo do Portimonense teve que acelerar e foi a tempo de inventar a grande assistência para o jovem Harder carimbar a vitória, em que salvou a equipa do prolongamento.
GENY CATAMO - 2 - Entrou para o lugar do Giovany, mas não fez melhor que o colega, arrancou alguns cruzamentos que não tiveram efeito.
IVÁN FRESNEDA - 2 - Grande surpresa a não aposta do treinador na sua titularidade neste jogo da Taça, o que demonstra a pouca confiança no jovem espanhol. Entrou quase no final e viveu os momentos mais alucinantes da partida, com as alterações no resultado nos últimos instantes, ainda brilhou, quando tirou o pão da boca a um adversário, que se preparava para empatar de novo a partida.
RÚBEN AMORIM - 3.5 - Apresentou uma equipa nova, com várias ausências de peso. Enfrentou um adversário que só quis retardar ao máximo o golo do Sporting e ter o sonho de levar o campeão nacional ao prolongamento. As ausências limitaram o entrosamento que perdeu qualidade e intensidade, mas tiveram o adversário sempre controlado. As maiores traições no futebol têm origem nas bolas paradas, quase que viveu essa traição, de ter que jogar um prolongamento injusto e que iria causar danos físicos à equipa, em vésperas de Champion.
RICARDO PESSOA - 2 - Ficou logo de inicio bem definida a sua estratégia, sonhar, defender com todos muito junto da sua área e sonhar. Quase que conseguem parte desse sonho, quando nada fizeram para o alcançar, mas o futebol é fértil destas histórias, quando não se mata aparece uma bola parada como a salvação. Ficaram muito frustrados com a justiça da... derrota.
HERDER MALHEIRO (Árbitro) - 3.5 - Jogo no geral bem dirigido, escapou-lhe uma falta clara sobre Francisco Trincão mesmo em cima da linha da grande área e que seria grande penalidade. Dúvidas também num eventual fora de jogo no golo do Portimonense.
( Fase sem VAR)
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