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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o SC Braga da 11.ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 4 - 2. Golos de Hidemasa Morita 58', Morten Hjulmand 81', Conrad Harder 89' e 90+4.
TEMPESTADE NÓRDICA PARA UMA DESPEDIDA ÉPICA
Os astros voltaram a alinhar-se ontem em Braga e a era Amorim fechou com chave de ouro, numa vitória épica, inacreditável, que lança o Sporting ainda mais líder para uma nova fase. Será difícil encontrar na história o Braga na sua casa, estando a ganhar por 2-0 a meio da segunda parte e acabar derrotado. Tal como no jogo de terça feira contra o City a exibição resultou instável, com duas partes muito distintas, com os leões a terem uma péssima entrada no jogo, mas a reagirem de forma fantástica na 2ª parte, fazendo da crença a sua força à boleia da "tempestade nórdica" liderada pelo capitão Morten Hjulmand que gelaram as bancadas da Pedreira, quando já festejavam a primeira derrota do Sporting na presente época. Harder foi o herói com 2 golos em cima dos 90', Morita fez o golo da esperança; Hjulmand empatou com "golazo"; Quenda pintou arte; Pote voltou a lesionar-se.
DESTAQUE - MORTEN HJULMAND (Cap) - 6 - "que partidazo" do médio dinamarquês, uma segunda parte brutal coroada com um "golazo"... um remate pleno de fúria do meio da rua que esteve perto de furar as redes da baliza do Matheus. Sempre inconformado, injectou crença na equipa, liderando-a até à vitoria final.
FRANCO ISRAEL - 3 - Foi impedido, por falta clara, de poder reagir no lance do 1.° golo do Braga e no 2.° deixou a ideia que podia ter feito algo mais.
GEOVANY QUENDA - 6 - Deu grande recital da arte de bem jogar futebol, intenso e imprevisível fez gato sapato do seu opositor que terá muitos pesadelos no sono das próximas noites. Cresce de jogo para jogo e já é um indiscutível na equipa.
ZENO DEBAST - 1 - Uma noite muito para esquecer. Muito desconcentrado provocou vários erros, alguns inexplicáveis, como quando com espaço e tempo para controlar a bola acabou por a oferecer de bandeja ao Ricardo Horta que atirou para o 1° do jogo.
OUSMANE DIOMANDE - 4.5 - Muito contagiado pelo desacerto do colega belga fez uma má 1.ª parte. Voltou para a 2.ª parte decidido e de mangas arregaçadas a redimir-se, esteve mais concentrado e reactivo com melhor leitura dos lances, secando a linha avançada do Braga.
MATHEUS REIS - 2.5 - Exibição frouxa e muito inconsequente em que acrescentou muito pouco, principalmente nos momentos quando a equipa a perder por 2 - 0 procurava chegar à baliza do Braga.
MAXIMILIANO ARAÚJO - 2.5 - Não conseguiu adaptar-se ao esquema de bloco baixo e fechado do Braga, tomando sucessivas más decisões. Não surpreende a sua substituição que se impunha, pouco tempo depois do inicio da 2.ª parte.
DANIEL BRAGANÇA - 2 - Uma noite muito má, nunca conseguiu entrar no jogo chegando sempre tarde à bola na maioria dos lances e quando a teve não tomou as melhores decisões, uma perda infantil originou o 2.° golo do Braga e que colocou a equipa em situação muito complicada.
PEDRO GONÇALVES - 2 - O azar bateu-lhe duas vezes; voltou a lesionar-se com problema muscular quando na disputa de um lance em que esticou excessivamente a perna, a meio da 1.ª parte.
FRANCISCO TRINCÃO - 3 - Exibição intermitente, com alguns poucos lances de bom registo em que conseguiu levar a melhor entre as linhas da defesa do Braga, faltou depois critério e inspiração para definir melhor.
VIKTOR GYOKERES - 4 - Nota puxada para cima, teve noite mais apagada, mas foi muito decisivo no desgaste da defesa do Braga e na forma como ajudou a abrir espaços que o Harder bem aproveitou para carimbar os golos da remontada.
GENY CATAMO - 3.5 - Entrada positiva no jogo a substituir o azarado Pote, trouxe fantasia e pulmão na hora do tudo por tudo e que permitiu a remontada.
JEREMIAH ST. JUSTE - 5 - Trouxe com ele a solução para o lado direito da defesa que o jovem belga não conseguiu encontrar, fez o seu melhor jogo depois do regresso após a lesão prolongada. Foi decisivo no lance em que com uma entrada felina atirou um "cabezazo" com a bola a bater no poste da baliza do batido Matheus, a bola sobrou para o Morita e à segunda não perdoou o 1.° da remontada.
CONRAD HARDER - 6 - Foi o herói de uma noite que jamais esquecerá, o epicentro da tempestade nórdica, marcou os 2 golos da remontada que garantiram a vitoria épica já em cima do minuto 90 e que provocou uma brutal explosão de alegria que contagiou toda a nação sportinguista. Na noite de menor inspiração do professor Viking sueco, apareceu o jovem aluno Viking dinamarquês a resolver. Mostrou potência, facilidade de remate e colocação.
HIDEMASA MORITA - 5 - Determinante a sua entrada, com golo e assistência, conseguiu unir o jogo de ideias da equipa em que o Bragança falhou, lendo melhor os lances por antecipação. Muito decisivo quando reduziu para 2-1, fez a equipa acreditar que ainda podiam ganhar o jogo, como veio a acontecer.
GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Entrada muito positiva, trouxe precisão no no passe e mais velocidade na circulação. Assistiu o Hjulmand no golo do empate 2-2.
RUBEN AMORIM - 6 - É um treinador de estrelinha, mas ontem deu-lhe muito trabalho pó-la a brilhar. Tremenda adversividade a ver a equipa vir para intervalo com dois golos de desvantagem na casa do Braga, onde o Sporting tradicionalmente perde pontos, fez jus à sua grande qualidade na leitura do jogo, agindo determinado com as mexidas que se impunham e tudo virou para o lado dos leões, o jogo e o resultado. Quisa o jogo que mais o emocionou, como se viu no final a forma como festejou efusivamente o triunfo, abraçado a jogadores e staff técnico. O Sporting apesar do susto, saiu ainda mais líder da Pedreira e pronto para iniciar o novo ciclo.
CARLOS CARVALHAL - 3 - Tentou surpreender o Leão e ainda teve ajudas preciosas; da sorte, das vezes que foram à baliza do Sporting fizeram golo e ainda dos árbitros, que validaram mal o 1.° golo, ferido de ilegalidade. Tudo parecia correr demasiado bem, mas ficou provado que não fica de todo fácil derrubarem esta equipa do Sporting, não conseguiu parar a grande fúria nórdica que gerou a tremenda tempestade que alagou e sufocou por completo a sua equipa.
LUÍS GODINHO (Árbitro) - 3 - Salva- se no limite da nota negativa, sacudiu a água do capote deixando para o VAR a decisão da validação do 1.º golo que foi precedido de falta grosseira sobre o guarda-redes do Sporting. Na apreciação das faltas também já teve dias melhores, acumulou vários erros e com maior prejuízo para o Sporting.
ANDRÉ NARCISO (VAR) - 1 - Inacreditável não ter alertado o árbitro no lance do 1.° golo do Braga, o guarda-redes do Sporting sofreu uma falta grosseira que o impediu de exercer qualquer reacção de defesa, um erro que é pura e simplesmente inaceitável do VAR, o golo teria que ser invalidado.
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