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As Notas de Julius 2024/25 (19)

Julius Coelho, em 06.12.24

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Moreirense da 13.ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa derrota por 2 - 1. Golo de Viktor Gyokeres 12' (gp).

PESADELO (PARTE ll)  EM MOREIRA DE CÔNEGOS 

INCRÍVEL, o leão há três semanas que parecia imbatível, a caminho da sua melhor época de sempre e da eventual conquista de um fácil bicampeonato, entrou numa queda vertiginosa e acelerada, já leva 3 derrotas seguidas que o atira para um clima de grande depressão. Os jogadores não conseguem reagir às adversividades, com o treinador João Pereira a ser claramente incapaz de inverter a tendência e ser ele também a acusar a pressão, somando erros e incoerências. Ontem deixou cair Marcus Edwards, optando por Bragança a extremo esquerdo e que esteve igualmente desastrado.. Nem um penálti logo ao início (12') serviu de clique para sacudir o mau momento, com a equipa a acusar grande nervosismo e com a vasta maioria dos lances muito confusos, acumulando erros inacreditáveis que lançaram o Moreirense para uma vitória surpreendente. O Sporting que era um líder incontestável, fica agora sujeito a poder vir a ser ultrapassado por Benfica e FC Porto.

Screenshot (9).png

DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 3 - Apesar dos muitos passes errados e alguns erros técnicos, foi dele o lance que resultou na grande penalidade que ele mesmo apontou. Um golo que colocou a equipa na frente, mas por pouco tempo e nada serviu os objectivos da equipa.

VLADAN KOVACEVIC - 2 - Começam a faltar-lhe argumentos que convençam para vir a ser o nº 1 da baliza do Sporting. É sempre um "ai Jesus" quando a bola ronda perto da sua baliza. Estava mal colocado no primeiro golo sofrido e no segundo, estava a dormir, quando reagiu a bola já estava dentro da sua baliza. A sua presença faz aumentar ainda mais a intranquilidade a uma defesa que  vive um momento delicado.

GENY CATAMO - 1 - Muitos passes falhados e uma gritante falta de confiança nos duelos, a somar o erro crasso do jogo, quando ofereceu o 2-1 ao Moreirense com um insólito lançamento lateral.

JEREMIAH ST. JUSTE - 2 - Exibição muito aquém da qualidade que lhe é reconhecida. Lateralizou a maioria dos passes, mostrando-se pouco inspirado para os passes de maior risco entre linhas. Desconcentrado não foi capaz de corrigir a tempo o erro do Geny e que resultou no 2-1 do adversário.

OUSMANE DIOMANDE - 2 - Erros incompreensíveis nos duelos, castigando os adversários com faltas sucessivas e desnecessárias.

GONÇALO INÁCIO - 2.5 - Por 3 vezes esteve perto de marcar, rematou de cabeça uma bola que passou perto do poste e outro da barra, um outro bateu mesmo na barra com o guarda já redes batido.

MATHEUS REIS - 2 - Conseguiu ser deveras trapalhão em quase todo o jogo, pela precipitação como disputou a maioria dos lances, não lhes dando o devido critério e timing, ora chegava atrasado ora adiantado.

MORTEN HJULMAND (Cap) - 2.5 - Teve um bom início de jogo que parecia arrancar para uma noite positiva, acusou os 2 golos da reviravolta do marcador para o lado do adversário e perdeu discernimento e confiança, acumulando muitos passes errados.

HIDEMASA MORITA - 1 - Muito ausente do jogo, inacreditável os erros sucessivos, com más decisões como o exemplo daquele passe que se pedia simples e acabou mal executado e que provocou o contra-ataque que resultou no golo do empate do Moreirense.

DANIEL BRAGANÇA - 1 - Um equívoco estratégico a sua missão como extremo na esquerda, não resultou de todo e só fez confundir os movimentos nas iniciativas da construção do ataque da equipa. 

FRANCISCO TRINCÃO - 1 - Foi um peixe fora de agua, perdendo muito o norte dos processos de jogo da equipa, teimou nas iniciativas individuais e que nunca lhe correram bem. Falhou um golo cantado.

MAXIMILIANO ARAÚJO - 1 - Não teve capacidade de fazer a diferença, deixando cair o seu futebol numa vulgarização que surpreendeu pela negativa.

GEOVANY QUENDA - 1 - Não desaprendeu de jogar futebol, mas o seu mau momento é bastante visível, mostrou-se psicologicamente desequilibrado, sem a capacidade da leitura correcta dos seus lances, sendo pouco confiante nos dribles. Algo o parece perturbar.

ZENO DEBAST - 1 - Não conseguiu provocar quaisquer incidências ou melhorias no jogo da equipa.

CONRAD HARDER - 2 - A sua entrada pouco ou nada agitou o ataque, como o treinador pretendia, faltou um plano melhor, com mais audácia nos movimentos de rotura. 

JOÃO PEREIRA - 1 - Mostrou um grande défice de energia nas suas ideias que pretendeu passar para a equipa. Desta vez até chegaram primeiro à vantagem, com o golo madrugador de Gyokeres mas que de nada serviu. A forma confusa, sempre muito em esforço e pouco confiante, provocaram muitos erros no ataque e numa defesa que ofereceu os 2 golos da reviravolta ao Moreirense. O treinador do Sporting, apareceu no final algo abatido e perturbado, com um discurso sem a chama de uma revolta que a equipa necessita, para poder acreditar que pode dar a volta ao momento de crise depressiva que vive no momento, pela surpreendente perda de 6 pontos em 2 jogos.

CÉSAR PEIXOTO - 5 - É um treinador com virtudes interessantes, sabe montar bem as suas equipas e torná-las muito competitivas, batendo-se muito bem com os grandes. O momento que o Sporting atravessa com grande défice de confiança fizeram-no acreditar que a sua equipa podia também ser bafejada por mais um presente de Natal que o Leão resolveu andar a oferecer.  Uma vitória que premiou a forma sempre bem organizada dos seus jogadores que jogaram simples e com muita eficácia nas oportunidades que tiveram.

ANTONIO NOBRE (Árbitro) - 4 - Peremptório na decisão da grande penalidade, no lance faltoso sobre o Gyokeres. Geriu bem o jogo acertando na maioria das vezes, quando teve que decidir.

JOÃO MALHEIRO (VAR) - 4 - Confirmou a grande penalidade que foi clara e não teve mais lances que pedissem a sua intervenção.

publicado às 05:30

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202 comentários

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De Leão do Norte a 06.12.2024 às 08:41

Luís Carvalho, tudo o que escreveu é indiscutível, mas os "soldados" não são autómatos. Há um nível mínimo de responsabilidade que deve ser exigido.
Por mais que o líder seja incompetente, os jogadores, em campo, têm autonomia e capacidade para, obrigatoriamente, apresentarem outro comportamento.
Só as deficiências do treinador não podem explicar que agora o Diomande pareça um "totó" em campo, que o St. Juste perca lances em velocidade, que o Inácio não domine uma bola, que o Morita não acerte um passe, que o Trincão se perca em devaneios, que o Gyökeres perca no confronto físico com os defesas ou que após 2 metros perca em velocidade...
Se a incapacidade do João Pereira justifica isto, muito me enganei com estes jogadores.

Seja no treinador, nos jogadores, espero que o presidente Varandas faça uso da sua posição.
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De Vítor Cruz a 06.12.2024 às 09:06

O que, como antigo jogador, poderia dizer neste momento, é que os jogadores, que sentiam como adquirido um optimismo e uma confiança indestrutível até há 3 semanas atrás, de repente entraram num período de frustração e desalento por não confiarem na actual liderança, sem carisma nem empatia nem capacidade de comunicar e mobilizar. Tal como os adeptos, sentem-se orfãos, e sem confiança. "Quando perdes a confiança e a crença as pernas pesam o dobro e a cabeça perde clareza e expontaneidade. Sem liderança e capacidade de mobilização do grupo é o desastre".
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De Leão do Norte a 06.12.2024 às 09:15

Vitor Cruz,
É óbvio que os jogadores "entraram num período de frustração e desalento por não confiarem na actual liderança, sem carisma nem empatia nem capacidade de comunicar e mobilizar", mas esperava outra reacção a essa adversidade.
Se nunca mais tivermos um treinador com a capacidade de liderança, o carisma e a capacidade de comunicar do Amorim, vamos eternamente ter jogadores em que as pernas pesam o dobro e a cabeça não tem clareza?

Estou a pensar que em vez de um treinador de futebol o lugar do Amorim deveria ter sido ocupado por um coach motivacional.
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De Julius Coelho a 06.12.2024 às 23:20

Se não ganha na Bélgica imagino que haverá decisões da Direção.
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De Vítor Cruz a 06.12.2024 às 09:11

O que RA tinha era a grande capacidade de fazer alguns jogadores medianos atingirem elevados níveis de rendimento e concentração. Os atletas que estavam muito valorizados (sobrevalorizados?) e eram objecto de cobiça de muitos emblemas, começarão rápidamente a tornarem-se vulgares e a perderem valor de mercado, incluindo Gyokeres.
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De Leão do Norte a 06.12.2024 às 09:17

"...alguns jogadores medianos atingirem elevados níveis de rendimento e concentração."

Tocou no ponto onde, infelizmente, começo a ter de acreditar.
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De mike1906 a 06.12.2024 às 19:36

Bastou ver, por exemplo, a reacção de Geny após falhar um passe para o Bragança. Em vez de tentar recuperar a bola, como fazia há 3 semanas, baixou a cabeça e ficou a olhar para o chão. Minutos depois faz aquele lançamento lateral.

Claramente que está ali um jogador que perdeu completamente a confiança e psicológicamente perturbado.

Os outros não estão muito melhor.

Basta ver as classificações do Julius para perceber que os jogadores não estão bem. Uma coisa é 1 ou 2 jogadores terem uma noite má, outra é quase todos.
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De Julius Coelho a 06.12.2024 às 22:54

Existe uma clara perda de confiança de todos após um passe falhado, são factos.
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De Luís carvalho a 06.12.2024 às 09:58

Ontem a ver o jogo com um dos meus filhos, fui bastante crítico dos jogadores, é até difícil entender porque jogavam muito há pouco tempo atrás e agora não acertam uma. Certamente não há por ali um sentimento de vingança pela saída de Amorim, mas parece evidente sentimentos de orfandade, de falta de confiança em quem lidera, das suas opções, para não falar do treino, que não sabemos se corre bem ou não. Frederico Varandas foi traído por Amorim e também por Viana, tem que reagir rápido e com determinação, se ainda vai a tempo não sabemos.

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