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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o CLUBE BRUGGE jornada nº 6 da LIGA DOS CAMPEÕES, que resultou numa derrota por 2-1. Golo de Geny Catamo 3'.
DAR AS NOZES A QUEM NÃO TEM DENTES
Já é 4ª derrota consecutiva deste novo Sporting de João Pereira, uma face do leão até então desconhecida, irreconhecível, uma diferença abismal se compararmos o volume ofensivo de algumas semanas atrás, em que o único problema era o desperdício e agora mal cria oportunidades de golo. Uma entrada que até foi forte e que expôs as fragilidades do campeão belga, colocando-o logo em sentido com o golo a abrir do jovem moçambicano Geny Catamo (3'), mas mais uma vez a equipa consentiu uma reviravolta surpreendente no marcador, sofrendo 2 golos surgidos do nada que ressuscitaram um adversário que parecia ter que se resignar ao destino da lei do mais forte. Muito contribuiu uma arbitragem tendenciosa e estranha, que não expulsou com cartão vermelho directo um jogador da casa, por clara agressão ao Eduardo Quaresma, mas também por um treinador que mostrou medo de perder e que por isso não soube ajudar a equipa a partir do banco, (só fez 3 substituições muito discutíveis), colocou sempre pouca gente nas zonas de finalização e não soube organizar a defesa que voltou a oscilar, mostrando insegurança, expondo-se aos erros individuais que originaram os golos do Brugge.
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 3 - Foi competente na maioria das suas acções, travou luta de massacre mutuo com os defesas belgas, foi forte no apoio, como prova a assistência no lance do golo do Sporting, mas perto da baliza as coisas não lhe estão a sair como antes.
FRANCO ISRAEL - 3 - Não teve culpa nos golos sofridos, mas nota-se mais inseguro e com necessidade de falar muito mais com os colegas da frente, ajudando-os a corrigir posições.
GENY CATAMO - 3 - Esteve envolvido nos melhores lances de ataque e apareceu no sitio certo para fazer o golo, numa recarga, depois do uruguaio Maxi ter acertado com a bola no poste.
EDUARDO QUARESMA - 3 - Está com malapata, directo a titular logo após curada a sua lesão ao tornozelo e sofre uma violenta e dolorosa agressão de uma adversário, que quase lhe arrancava a cabeça à cabeçada e com o cotovelo em riste. Estava a ser o melhor elemento da equipa, correndo o campo todo, atrelando a equipa na cauda de um leão em fúria. Mal orientado na área viu uma bola ressaltar-lhe no pé e entrar na baliza no golo do empate belga, mas deixou tudo em campo, a pele, suor, dor, lágrimas, sangue e ... um grande grito de revolta!
OUSMANE DIOMANDE - 3 - Na falta de treinador, é o capitão dinamarquês Hjulmand que passou a orienta-lo, no timing de saída, na distancia das linhas da frente e no momento de iniciar a construção. Tudo isso as câmaras mostraram. Não surpreende por isso a falta de organização na defesa e que o deixa à deriva nas decisões. É um jovem de muito valor, sempre muito disponível mas que necessita ainda de ser ajudado durante o jogo. Esteve melhor que nos jogos anteriores.
MATHEUS REIS - 2.5 - Atento nas dobras em que esteve bem, atento para as segundas bolas que raramente levou a melhor. Exibição sofrível de muita correria e desgaste, mas faltou mais cabeça e tranquilidade na decisão.
GEOVANY QUENDA - 2.5 - Voltou a exibir-se abaixo do que mostrou há semanas atrás. Mais assertivo no passe, esteve forte nos espaços curtos, mas faltou-lhe mais velocidade de execução. O que fazia antes de olhos fechados, agora tem que procurar os novos caminhos para os seus lances.
MORTEN HJULMAND - 3 - O elemento mais regular nos 90', cumpriu a sua parte numa exibição positiva, mas sem registos de lances que fizessem a diferença. Tentou pautar a equipa no timing de jogo do Rúben Amorim, mas as alterações actuais provocam diferenças inultrapassáveis, com as ligações a serem empurradas mais pelo exterior, limitando as ideias e a criatividade do ataque, por tudo isso percebe-se a ausência de oportunidades de golo.
JOÃO SIMÕES - 2.5 - O jovem não comprometeu mas também não entusiasmou, correu muito mas sem grandes resultados práticos, limitando o ataque pela lentidão e muitos passes para trás (o medo de falhar).
FRANCISCO TRINCÃO - 2 - Baixou drasticamente a sua forma, perdendo confiança em cada lance, parecendo mais o Trincão descrente e esforçado no após regresso de Barcelona. Necessita urgente de uma nova injecção de ânimo, de alegria pelo jogo.
JEREMIAH ST. JUSTE - 1 - Entrou para o lugar do Quaresma e a equipa perdeu bastante com a substituição. Apático e errático por não ler bem os lances e o jogo. No lance do 2-1 cometeu erro infantil por tremenda falta de concentração à linha do fora de jogo.
RICARDO ESGAIO - 1 - Sem ritmo competitivo apresentou-se muito fora do jogo, pouca reacção e sem a velocidade mínima, baralhou-se todo numa missão arcaica que ninguém entendeu. Apareceu na parte final como extremo e ponta de lança? Muitas culpas no 2-1, acompanhou o adversário e depois desistiu no momento que ele se desmarcou e se isolou para o golo, tentou emendar o erro mas sem velocidade ficou impossível.
CONRAD HARDER - 2 - Uma entrada de todo muito tardia, não se compreende o 2-1 ter acontecido aos 82' e só ter entrado aos 87'. Devia ter sido chamado logo no inicio da 2ª parte, até como mensagem clara para a equipa e para o adversário, de que o Sporting estava ali para levar os 3 pontos da vitória. Ainda conseguiu agitar o jogo nos derraeiros instantes finais da partida.
JOÃO PEREIRA - 1 - Uma noite em que mereceu a nota ZERO pela incompetência. Quem mostra medo de perder acaba perder e não pode ser treinador do Sporting. Foi incapaz de dar seguimento à boa entrada da equipa no jogo e não soube como protege-la depois do 1-0, orienta-la para uma vitória perante um adversário claramente inferior. Mostrou medo na 2ª parte, sem a leitura dos sinais que o jogo deu e lhe pedia, jogou claramente para o empate (1-1) quando só faz 3 substituições (uma forçada) mete o Esgaio para segurar o resultado? E deixa no banco o Harder e o Marcus Edwards. Depois, o mesmo discurso, quando diz que 4 derrotas não abalam a equipa, não pode ser de um treinador de equipa grande, habituada a ganhar em quase todos os jogos. Sem um grito de revolta, vai ser complicado a equipa sair deste colete de forças em que caiu.
NICKY HAYEN - 3 - As ofertas natalícias do leão continuam, um leão deveras solidário com as equipas de menor dimensão, dando-lhes numa bandeja o grande palco da fama. O Brugge aproveitou as ofertas. Ficava dificil de imaginar que conseguiria ter os mesmo pontos de um Sporting que foi sensação na Europa e no Mundo. Mas não foi só o Sporting, os árbitros e VAR também decidiram participar nessa solidariedade.
ANTHONY TAYLOR (Árbitro - Inglês) - 2 - O arrogante árbitro inglês apitou claramente inclinado para o clube da casa, nas divididas os de Lisboa eram sempre os mais castigados e sem piedade. Uma agressão violentíssima mesmo nas suas barbas (nem precisava de VAR) limpou-a com um amarelo, decisão que pode ter tido enorme influência no resultado final.
PETER BANKS (VAR - Inglês) - ZERO - Reverteu a grande penalidade que aos olhos de todos, juravam que foi dentro da area e não foram vistas quaisquer imagens que comprovem que foi fora. O VAR serve para repor a verdade dos lances que o árbitro erra, incompreensível não ter chamado o colega de campo, para rever as imagens que comprovam a violenta agressão ao Eduardo Quaresma. Estes ingleses sabem-na toda, a luta para os lugares cimeiros da classificação está no seu auge, e á que dar uma ajudinhas as equipas inglesas.
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